Desafio Profissional-1º Semestre-Letras
Por: Sara • 30/4/2018 • 1.924 Palavras (8 Páginas) • 430 Visualizações
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Sendo que na verdade ele está ali para ser uma ponte entre professor e aluno (surdo).
Por isso que agora é lei, os próximos profissionais com licenciaturas de ensino têm que terem aulas e conhecimentos em Libras, para o aluno que for enviado para sua responsabilidade em sala, ser adaptado diretamente com ele. Saindo da escola e assim se ele almejar um curso superior não será prejudicado, essa é a meta. Observa-se que no Brasil, as pessoas surdas têm sido excluídas do espaço escolar.
Há casos em que é impossível desenvolver essa habilidade e conseqüentemente a falta de comunicação torna-se obstáculo nas relações humanas e o maior problema causado pela surdez que eu vejo, é a barreira da comunicação em Língua Portuguesa.
E em muitas “escolas inclusivas” da rede regular de ensino, a inclusão ainda é muito discutida. Dificultando ainda mais a vida de muitas crianças que gostariam de aprender mais e que não possuem recursos.
2.2 Proposta de Mudança
A primeira coisa é analisar e entender como é feito uma inclusão social de uma criança especial (surda). Que além da deficiência de audição, ainda tem uma bagagem de outras dificuldades, (indisciplina, dificuldade de concentração, atraso na aquisição de leitura e escrita).
Mudar o conceito de avaliação do aluno.
Planejar atividades em sala e fora de sala, (para que se inclua não só em seu ambiente de sala de aula, mais também em seu ambiente geral escolar).
Um professor de reforço também é essencial, para apoio complementar com escrita e leitura.
Desenvolver estratégias que envolva o pleno conhecimento, (através de conversas, desenhos, comparação com objetos, frutas, brinquedos, coisas, figuras e fotos, para separar o seu EU).
Plano de aula diferenciado, com atividades individuais e com seus colegas, para que desperte o interesse de concentração.
Estratégia que o ajude e o ensine a ter regras a ser cumpridas (para entender o que é disciplina).
Estabelecer regras desde o primeiro dia de aula.
Acompanhamento com especialistas, como, assistente social, fonoaudiólogos e psicólogo, para ajudarem no ensino e desenvolvimento do garoto.
Manter-se sempre a comunicação entre aluno, professores, pais, psicólogo, fonoaudióloga, assistente social e espaço escolar.
2.3 Principais Diferenças Metodológicas Quanto ao Ensino da Língua Portuguesa Para Ouvintes e Pessoas Surdas.
Atualmente contamos com vários recursos para a educação de uma criança surda, como as classes especiais, salas de recursos e espaços educacionais para surdos, apesar disto o que percebemos alguns obstáculos, como exemplo a falta de recursos didáticos especiais para a educação, falta de profissionais devidamente capacitados para trabalhar com nossas crianças, entre outras.
A criança surda deve, então, se submeter a um processo de reabilitação que inicia com a estimulação auditiva precoce, ou seja, que consiste em aproveitar os resíduos auditivos que quase a totalidade dos surdos possuem e possibilitá-las a discriminar os sons que ouvem e deve chegar à compreensão da fala dos outros e por último começar a oralizar. Este processo, que deve ser iniciado ainda no primeiro ano de vida, dura em torno de 8 a 12 anos, dependendo das características individuais da criança.
A comunicação total esta entre o meio termo da comunicação para os surdos e comunicação para o ouvinte e vice versa, não deixando de lado os aspectos cognitivos, emocionais e sociais para o pleno exercício da aprendizagem das crianças surdas. No entanto faz se necessário à utilização de recursos espaço visual como método de facilitador da aprendizagem.
Contudo defende-se o uso de qualquer recurso lingüístico para facilitar a comunicação – sinais, oralidade, códigos manuais.
O Bilingüismo aceita e convive diretamente com a diferença, procurando aproximar e facilitar a comunicação entre crianças surdas e ouvinte. O ideal seria que nas instituições de ensino regulares, ou seja, de ouvintes, é que as mesmas se preparassem para dar aos alunos surdos os conteúdos pela língua de sinais, através de recursos visuais, tais como figuras, língua portuguesa escrita e leitura, a fim de desenvolver nos alunos a memória visual e o hábito de leitura, que recebam o apoio de professor especialista conhecedor de língua de sinais e enfim, proporcionando interprete de língua de sinais brasileira, para o maior acompanhamento das aulas. O que geralmente não ocorre, por causa da falta de interprete de Libras, causando mais ainda as diferenças metodológicas no meio do ouvinte e surdo.
2.4 Orientações para o Professor em sala de Aula
Manter-se em constante comunicação e integração com o interprete de Libras.
Manter-se um trabalho sistemático visando à participação da família no processo educacional.
Aceitar-lhe sem rejeição.
Incentivá-lo a pensar, raciocinar, não lhe dando soluções prontas
Não manifestar-lhe conduta de superproteção.
Tratá-lo normalmente, como qualquer aluno, sem discriminação ou distinção.
Jamais ficar de costas para o aluno, ou de lado, quando estiver falando.
Dirigir-se diretamente a ele, usando frases curtas, porém com estruturas completas e com o apoio da escrita.
Falar mais pausadamente, porém sem excesso e sem escandir as sílabas. O falar deve ser claro, num tom de voz normal, com boa pronúncia.
Verificar-se ele está atento. O surdo precisa “ler” nos lábios para entender, ao contexto das situações, todas as informações veiculadas.
Colocá-lo nas primeiras carteiras da fila central ou colocar a turma, ou o
grupo em círculo ou semicírculo, para que ele possa ver todos os colegas, e para que seus colegas laterais possam servir-lhe de apoio.
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