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A VISÃO MESSIÂNICA NO “SERMÃO DOS BONS ANOS” DO PADRE ANTONIO VIEIRA

Por:   •  28/3/2018  •  15.921 Palavras (64 Páginas)  •  527 Visualizações

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1.2 Contexto histórico e cultural............................................................................9

1.3 O Profetismo....................................................................................................21

2 O SEBASTIANISMO E O QUINTO IMPÉRIO........................................................32

2.1 A BANDARRA E O ENCOBERTO...................................................................32

2.2 Análise do Escrito...........................................................................................33

3 Simbologia do Quinto Império.............................................................................39

CONCLUSÃO………………………………………………………………………………51

REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………….52

INTRODUÇÃO

Esta monografia busca tratar a visão messiânica abordada insistentemente pelo Padre Antônio Vieira, no “Sermão dos Bons Anos”, após o domínio Castelhano do território português no ano de 1580.

Diante do objeto de pesquisa, aqui delimitado, tem-se como problema de pesquisa a seguinte formulação, a quem poderia servir a concepção messiânica do Padre Antônio Vieira no contexto social, político, econômico e histórico de Portugal do século XVII.

Serão identificados os traços messiânicos no “Sermão dos Bons Anos” do Padre Antônio Vieira, analisando a importância da concepção messiânica contida nesse sermão especificamente, para a sociedade portuguesa do século XVI dentro do contexto histórico, político e econômico.

Esta monografia procura traçar as origens da concepção messiânica, através da análise das correntes históricas que provocaram o surgimento de correntes messiânicas, existentes ao longo dos séculos em Portugal. Além disso, mostrar como o simbolismo e o misticismo contidos no “Sermão dos Bons Anos” resgataram os valores e a dignidade da sociedade portuguesa após o domínio Espanhol.

Será utilizada uma metodologia sob uma análise bibliográfica descritiva, após, estudo exploratório de levantamentos bibliográficos e instrumentos ou programas de coleta de dados já existentes sobre o assunto abordado.

Um dos principais mecanismos de pesquisa será o de agrupamento de dados para posterior análise de resenhas, que são de fundamental importância na organização da pesquisa bibliográfica, ele permite um rápido resumo de leituras importantes para a elaboração da monografia, já que as resenhas apresentam todas as informações necessárias para a composição bibliográfica.

A fundamentação teórica que irá direcionar esta pesquisa terá base nos estudos de autores como Ivan Lins, Luís Felipe Silvério Lima e Alfredo Bosi, entre outros estudiosos e teóricos que estudam e comentam sobre a questão da visão messiânica contida no “Sermão dos Bons Anos”, do Padre Antônio Vieira e sua contribuição para a retomada da independência portuguesa após o domínio espanhol.

A análise acumulada durante a pesquisa será desenvolvida em caráter seletivo, os documentos utilizados como fontes de pesquisa podem ser verificados de forma a obter informações substanciais que proporcionarão posterior acervo de informações.

1 CONSTRUÇÃO DA VISÃO MESSIÂNICA

1.1 Breve biografia do Padre Antônio Vieira

Antônio Vieira nasceu em 6 de fevereiro de 1608, em Lisboa e morreu em Salvador, em 18 de julho de 1697. Com seis anos de idade, em 1614, Antônio Vieira embarca com a família para a Bahia. Em 1623, no Colégio dos Jesuítas em Salvador, formou-se como Mestre em Artes, e ingressou no noviciado da Companhia de Jesus.

Estreou no púlpito, em 1633, um ano antes de se ordenar, na igreja da Conceição, na Bahia, com o sermão "Maria, Rosa Mística". No ano seguinte foi ordenado e lecionou Teologia no mesmo colégio.

Em 1641, voltou para Portugal, vindo a ser pregador régio, conselheiro e embaixador junto à França, Holanda e Roma, do rei Dom João IV.

Em 1649, sofreu pressão do Tribunal do Santo Ofício devido às suas posições em defesa dos índios e dos judeus e, em 1652, acabou transferido para as missões jesuíticas no Maranhão, onde pregou e lutou em defesa da liberdade dos índios contra os colonos escravocratas. Em 1654, ele retornou à Portugal e, em 1655, após conseguida a lei em favor da liberdade dos índios e retornou ao Maranhão. Em 1661, foi hostilizado pelos colonos e expulso do Maranhão junto com outros jesuítas, retorna à Lisboa.

Em 1662, por força de uma revolta palaciana, é expulso de Lisboa e vai para o Porto. Em 1665, foi preso pela Inquisição, por acreditar na ressurreição do Infante Dom João e profetizar em Portugal o Quinto Império , ficou sob custódia inquisitória em Coimbra. Em 1667, o Tribunal do Santo Ofício tira o direito de Antônio Vieira de pregar publicamente e o condena à reclusão, onde permanece por um ano, quando lhe é restituída a liberdade.

Em 1669, parte para Roma, retomando a carreira de orador ilustre, tanto no Vaticano quanto nos famosos saraus literários da Rainha Cristina da Suécia, de quem foi confessor.

Em 1675, volta à Portugal, e em 1679, iniciou a edição da obra com seus Sermões Completos. Em 1681, retorna a Salvador, onde ficaria até sua morte aos 89 anos, em 1697, no mesmo colégio em que estudou e lecionou. Os sermões continuaram a ser publicados em Lisboa e, o êxito como escritor acabou por compensar o profundo desgosto do homem público.

1.2 Contexto histórico e cultural

Segundo António Sérgio (1983, p. 21), o Infante Dom João, filho de Dom João III, morreu em 1554, pouco antes do monarca, que foi sucedido por seu filho póstumo, Dom Sebastião, chamado o Desejado, sob a regência da avó, Dona Catarina. Dom Sebastião retirou-se para a Espanha em 1562, deixando

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