UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA
Por: Hugo.bassi • 25/10/2018 • 1.542 Palavras (7 Páginas) • 344 Visualizações
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três: Ética e Religião, nós compreendemos a relação que existe entre a religião e a ética. Percebemos como a religião foi e é, grande influenciadora dos conceitos éticos. Nessa parte do livro, o autor mostra o salto que teve na (influencia) ética, quando houve a transição, por exemplo, da religião antiga grega para o cristianismo. A partir dessa transição, vemos sempre Deus em primeiro lugar, enquanto o indivíduo fica em segundo plano.
Um filosofo importante, citado nesse capitulo, foi Ludwig Feuerbach (1804-1872). Não podemos deixar de citar a contribuição desse pensador “que tentou traduzir a verdade da religião, especialmente a cristã, numa antropologia filosófica que estivesse ao alcance de todos os homens instruídos” (p.39). Suas ideias foram de grande influência, para as ideias de Marx que “desenvolve, então, uma nova visão do mundo e da história humana, que, num certo sentido, deveria substituir a religião” (p.39). Além da nova visão formulada por Marx, surgem também outras formas de visão: determinista, racionalista utilitarismo e positivismo lógico.
No capitulo quatro: Os ideais éticos, Valls nos apresenta os diferentes ideais que a ética possuiu a partir de cada ideologia, cultura, história, civilização. Para os filósofos da Grécia antiga, o principal ideal da ética seria a busca pela felicidade. Contudo haviam outras formas de pensar, por exemplo, alguns gregos acreditavam que o ideal ético era viver de acordo com a natureza. “No cristianismo, os ideais éticos se identificaram com os religiosos” (p.44), qual o homem devia tentar se aproximar ao máximo de Deus. “Com o Renascimento e o Iluminismo [...] o ideal seria viver de acordo com a liberdade pessoal [...]” (p.45). O pensamento social e dialético, por sua vez, buscou como ideal uma vida social mais justa. Em Hegel, a discussão do ideal ético é voltada as noções de estado. Por fim, chegamos ao século XX, onde a sociedade capitalista, nos impões a busca do prazer (semelhante aos gregos) sem moderação (posse de materiais e bens). “A reflexão ético-social do século XX trouxe, além disso, uma outra observação importante: na massificação atual, a maioria hoje talvez já não se comporte mais eticamente, pois não vive imoral, mas amoralmente” (p.47).
A liberdade, é o foco do quinto capitulo. Valls continua sua obra, agora falando a respeito da intrínseca relação de ser livre com a ética. “Falar de ética significa falar da liberdade” (p.48), afirma o autor.
O autor fala que as doutrinas da ética se encontram em dois extremos, o que interfere na existência da ética. Esses extremos seriam o determinismo e a liberdade absoluta. Das várias formas de determinismo, citado pelo autor, todos são contra aos princípios da ética, do mesmo modo que a liberdade absoluta.
Ainda nesse capitulo, o autor cita Hegel, e sua ampla fala a respeito da liberdade: “Hegel mostra que a liberdade não pode ser apenas exterior, nem apenas interior, e que ela se desenvolve na consciência e nas estruturas” (p.52). Contudo, traz, ainda, as fortes críticas que esse pensador recebeu de K. Marx e Kierkegaard.
Em o “Comportamento moral: o bem e o mal” (sexto capitulo), a discussão trazida por Valls, gira em torno do ser ético relacionado ao fazer o bem e evitar o mal. Com isso, é apresentado novas perspectiva de estudos da moral. “O que a ética agora desenvolve principalmente é a preocupação com a autonomia moral do indivíduo” (p.63). Para Kant, o indivíduo tem o direito de ser contra as imposições religiosas, de seguir as virtudes, como diria Platão, para se assemelhar a Deus. Segundo Kant, o ser livre, seria o que segue sua natureza racional. Para Kierkegaard, ser ético, seria pautar suas escolhas entre fazer o bem ou o mal.
Para o fim das discussões sobre a ética, Valls, no sétimo capitulo: A ética hoje, traz a discussão sobre a ética numa sociedade moderna. O autor fala que os problemas éticos atualmente, estão voltados para a família, a sociedade civil e ao estado.
Com relação a família, Valls apresenta um aspecto interessante, ao se referir ao amor: questões de fidelidade, celibato, relações homo afetivas, feminismo. Exigindo reformulações das doutrinas. “As transformações histórico-sociais exigem hoje igualmente reformulações nas doutrinas tradicionais éticas [...]” (p.72). Com relação a sociedade, o foco está na desigualdade. Vivemos em um país, qual privilégios são para poucos. Valls aponta até a falta de emprego um exercício antiético. Com relação do Estado, o autor trata da liberdade do individuo. “A liberdade do indivíduo só se completa como liberdade do cidadão de um Estado livre e de direito” (p.74). Não há possibilidade de o estado ser livre, se os indivíduos desse estado não forem livres.
Nos dias de hoje, falar de liberdade é um pouco complexo, já que estamos sujeitos a manipulação diária, seja esta, feita pelas mídias digitais (imprensa),
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