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SÍNTESE COMPARATIVA ENTRE OS PARADIGMAS DA HISTÓRIA

Por:   •  9/10/2018  •  1.137 Palavras (5 Páginas)  •  251 Visualizações

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- Escola dos Annales

A escola dos Annales foi um movimento intelectual, importantíssimo para a construção de uma história científica que afirmou-se como uma ciência social – daí, já percebe-se o contraste com a história positivista.

Nas obras dos fundadores dos Annales não se encontra uma doutrina histórica sistematizada, sendo que o historiador deve abrir-se ao mundo exterior, participando da vida e de seu tempo. Além disso, muda-se o foco: o interesse passa dos “grandes heróis” e suas conquistas para as interpretações dos indivíduos que sofreram as conquistas desses “heróis”.

O movimento não possui normas rígidas, entretanto, é possível destacar pontos em que os historiadores da Escola dos Annales convergem, e que divergem dos paradigmas anteriores:

1. Necessidade de se passar da “história narração” – muito comum ao positivismo e ao historicismo – para a “história problema”, com a construção mais rigorosa de seu objeto através da formulação de hipóteses explícitas pelos historiadores;

2. O contato e o debate crítico permanente com outras ciências sociais – a história deixa de se fechar em torno de si, aceitando problemáticas, métodos e técnicas de tais ciências a serem utilizadas pela História;

3. Ambição por ampliar os horizontes da História, vinculando os diversos níveis articulados da estrutura social – técnicas, economia, poder, mentalidades coletivas, etc. Abandonava-se a História dos meros acontecimentos.

4. Insistência nos aspectos sociais, coletivo e cíclicos do sócio-histórico, em lugar dos “biógrafos” e sua fixação nos indivíduos (os “grandes homens”), grupos dominantes e fatos “singulares” e “irrepetíveis”;

5. Abertura para a utilização de todos os tipos de fontes disponíveis e o consequente abandono da preocupação exclusiva com os documentos escritos.

6. Construção de temporalidades múltiplas em lugar da limitação ao tempo simples e linear até então utilizado na História – sendo essa uma grande contribuição: repensar da função temporal na análise histórica.

Os Annalistes são acusados de produzirem um conhecimento histórico onde se percebe a ausência de uma História da estrutura de classes e dos conflitos sociais – tão importantes para o marxismo. Eles teriam deixado de lado questões de ordem política; mas o que teria sido negligenciado, de fato, teria sido a “história política utilitária”, aquela feita com o objetivo de buscar resultados políticos.

Em suma, pode-se dizer que a Escola dos Annales fornece um instrumental bastante propício para tratar de questões de dimensão simbólica da vida humana, trazendo à tona a história dos marginais, questões sobre a memória e a mentalidade, noções de história estrutural e conjuntura.

Bibliografia

HEINSFELD, Adelar. Uma introdução ao estudo da história. 2. ed. São Paulo/Passo Fundo: Digital publish & print editorial, 2013.

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