EAD X ENSINO PRESENCIAL: Rompendo com paradigmas e revelando novos espaços na educação.
Por: Salezio.Francisco • 19/11/2017 • 3.095 Palavras (13 Páginas) • 475 Visualizações
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reflexão, oferecidas pelas instituições de nível superior e fruto de parcerias com os sistemas mantenedores em função de políticas públicas bem definidas. O mercado de trabalho vem exigindo cada vez mais profissionais com perfis diferenciados e com conhecimentos específicos para dar conta das demandas particulares de cada empresa.
Ao refletirmos a respeito do ensino presencial e o ensino a distância, temos que primeiramente, destacar o termo educação: uma pratica social que, em interface com outras práticas, contribui para a construção de significados culturais, reforçando e / ou confrontando interesses sociais e políticos.
Silva afirma que a educação, o currículo, e a pedagogia estão envolvidas em uma luta em torno de significados. Esses significados são construídos a partir de relações estabelecidas entre o sujeito da prática educativa, por meio da organização e desenvolvimento do currículo compreendido como:
...um discurso que, ao corporificar narrativas particulares sobre o indivíduo e a sociedade, nos constitui como sujeitos – e sujeitos também muito particulares. Pode-se dizer, assim, que o currículo não está envolvido num processo de transmissão ou de revelação, mas num processo de constituição e de posicionamento: de constituição do individuo como sujeito de um determinado tipo e de seu múltiplo posicionamento no interior das diversas divisões sociais. (SILVA. 1996 b, p. 165)
Diante disso as Instituições de ensino sempre tiveram o papel de preparar o homem, com um conjunto de conhecimento construído ao longo da história humana, aqueles que julgam necessários e pertinentes para estabelecer a base da inserção no mundo do conhecimento e na preparação do processo de aprender a aprender.
O ensino neste sentido cumpre um papel social que é ao mesmo tempo conservador e transformador. Conservador porque a ele cabe propor às novas gerações os conhecimentos construídos a partir da história humana. E transformador porque deve preparar criticamente os alunos, capacitando-os a analisar sua sociedade, avaliar as relações existentes, equacionar seus problemas e propor transformações. O homem é produto e produtor de sociedade.
Segundo, Paulo Freire no ensino tradicional o educando recebe os conhecimentos passivamente e afirma: “O professor ainda é um ser superior que ensina ignorante. Isto forma uma consciência bancária [sedentária e passiva]. Educa-se para arquivar o que se deposita”. Assim a afirmação transmite a mensagem de que o conhecimento é transmitido de forma seca, e o aluno se limita ao que ele arquitetou previamente.
É claro que não podemos afirmar que o ensino presencial só possui elementos negativos, pois este sempre terá seu espaço no processo educativo, e é um sistema que não dispensa a presença do professor e do aluno, fortalecendo os laços afetivos e a consolidação do processo do ensino- aprendizagem.
O embate existe porque muitos defensores do ensino presencial defendem que o convívio com outras pessoas e o diálogo reiterado com experiências fornece uma bagagem a mais no processo de ensino e formação de cidadania das pessoas. No ensino presencial é possível trocar essas informações e experiências de modo mais atuante e essa condição de se encontrar frente a frente contra os problemas de convívio humano podem fornecer a bagagem necessária para os desafios que serão enfrentados durante o processo de ensino.
Porém, a educação diante dos novos paradigmas se torna renovada e transforma o modelo de recepção clássica com sua forma de difusão. Não há improvisos, infelizmente comum numa relação presencial – aluno/ professor. Na EAD os educadores estão descobrindo que a verdadeira educação deve ter a participação ativa do aluno. Respondendo o processo por inteiro. Daí a necessidade, não de suplantar a educação presencial, mas sim trazer alguns frutos para a mesma, aperfeiçoá-la, torná-la um instrumento mais efetivo no processo de transformação social através da mesma.
Desde o advento da Internet e ao passo que esta ficou mais difundida entre os meios sociais, os serviços não pararam de surgir, a educação não seria diferente. É possível ver a profusão de universidades, ensinos superiores de curta duração e diversos ensinos num estimulo constante para que a sociedade Brasileira adentre ao ensino superior, facilitando a realidade de muitas pessoas que não tem condição de pagar por uma educação presencial. Que em geral é mais cara que o Ensino à distância ou porque não possuem tempo suficiente disponível para cursá-lo em uma universidade.
2.1 As características sobre a EAD no cenário educacional
As características do EAD permitem que um novo paradigma dê sustentação às ações educativas: de uma compreensão da educação como sistema fechado, voltado para a transmissão e a transferência, ela (EAD) permite a compreensão da educação como um sistema aberto e implica processos transformadores que decorrem da experiência de cada um dos sujeitos da ação educativa. Essa modalidade exige troca, dialogo e interação entre os atores da ação pedagógica, uma vez que o aluno e o tutor não ocupam o mesmo espaço no processo de interlocução. Isso permite a reintegração do aluno como sujeito da construção do conhecimento, redirecionando o paradigma tradicional, que se concentra mais nas condições do ensino do que na aprendizagem.
A autonomia do aluno passa ser um dos ideais da ação educativa. Pois o tutor estimula e instiga seus alunos a ser ativo no processo de construção do conhecimento. Esta modalidade exige do aluno grande envolvimento e compromisso com a produção de seu conhecimento, uma vez que este processo todo é flexível e com enfoque aberto concebido como resultado da ação e da interação pedagógica por ambos envolvidos.
Portanto, é possível afirmar nesta pesquisa que o termo Educação a Distância engloba todas as situações de ensino e de aprendizagem nas quais o instrutor se encontra geograficamente separados dos seus alunos, necessitando, por, isso, de recorrer a materiais impressos e eletrônicos para disponibilizar os conteúdos dos programas junto dos destinatários.
Não diferente do ensino presencial esta modalidade também exige troca, dialogo interação entre os atores da ação pedagógica, uma vez o aluno e o professor não ocupam o mesmo espaço neste processo de interlocução. Isto permite a reintegração do aluno como sujeito da construção do conhecimento, redirecionando o paradigma tradicional, que se concentra mais nas condições de ensino do que na aprendizagem. A autonomia do aluno passa a ser um dos ideais da ação educativa. Ele é estimulado,
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