Resumo Origens pensamento grego

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Capítulo 6

O desenvolvimento do direito não é único. Surge também o desenvolvimento de um novo padrão moral dentro de grupos religiosos. Estes seguem o princípio do equilíbrio, e Sólon acaba por reinterpretar este equilíbrio tornando-o algo não divino mas sim humano. Para o espartano isto é imposto: o cidadão deve ser equilibrado, controlar seus instintos.

Este autocontrole se reflete na necessidade de reflexão e no pensamento moral. Isto auxilia a vida na polis e reflete na busca pela igualdade social: os ricos dão aos pobres. Isto pode representar uma dominação nas relações sociais, e daí os democráticos, através de Clístenes, buscam o equilíbro.

Clístenes separa a sociedade em de tribos, envolvendo tanto os homens do litoral, das planícies e das montanhas em cada uma das tribos. Cada uma governa durante um período do ano, resultando em um maior equilíbrio político entre diversos grupos.

Capítulo 7

A origem da filosofia grega acontece como um modo de reflexão da natureza, onde os deuses e homens formam um único universo. No pensamento mítico, o cotidiano era explicado pelos deuses, mas no jônico, torna inteligível. Este pensamento abre caminho, segundo Burnet, para a ciência, a explicação dos fatos. Cornford se opõe a essa ideia, e vê nos jônios não uma explicação científica, mas sexual de tudo.

Na teogonia grega existe a exaltação da luta entre o bem e o mal, entre Zeus e o caos, assim como na babilônica, de acordo com Cornford, possivelmente tendo sido influenciada pela mesma. Para os orientais e para os jônios, o monarca, que ao incorporar as virtudes dos deuses, está apto a governar e garante o equilíbrio das forças da natureza e do homem.

As teogonias gregas enxergam o universo como uma estrutura hierárquica. A ordem é consequência da ação de um agente. Este agente é o monarca, topo desta cadeia hierárquica. Com a queda da realeza, esta estrutura perde sentido, assim como esta estrutura de pensamento. Abre então espaço para o pensamento filosófico.

Capítulo 8

Os filósofos, como Anaximandro, Tales e Anaxímenes, introduzem muitas ideias do pensamento babilônico em suas. Mas se separam dos deuses, buscando uma ciência, baseada na geometria. Criam uma astronomia, mapas e modelos do universo.

Para Anaximandro, a Terra seria o centro do universo, e não precisa de apoio. Esta ideia se aproxima com a ideia democrática – nenhum elemento sustenta ou subjuga o outro. Esta ideia é de equilíbrio e isonomia, mas não de forma estática e sim onde um elemento domina e depois recua. Associa-se a isso a ideia da medicina grega de equilíbrio, onde a doença deriva do desequilíbrio entre os poderes. A doença é a dominação de um sobre o outro, assim como a monarquia o é.

Nesta nova ágora, todos os homens são iguais e os homens são iguais ao deuses.

Conclusão

Vernant considera que a filosofia e a polis surgem e são construídas juntas. Esta filosofia se apoia na queda dos mitos, surgindo com a construção da Razão, buscando a compreensão, não da natureza, mas sim do homem. A filosofia é fruto dos relacionamentos. É filha da cidade.