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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM A MORTE ARTUR – THOMAS MALORY

Por:   •  23/5/2018  •  2.834 Palavras (12 Páginas)  •  272 Visualizações

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Nesse sentido, o tema-problema do projeto: Representações Sociais em A Morte de Artur – Thomas Malory tem como base de desenvolvimento saber como a sociedade é organizada em Thomas Malory e, como explorar o romance como uma representação do século XV, visto que, a Idade Média, comporta quase 1000 anos de História, logo, cada período secular expressa significantes diferenças estruturais; o que significa enquanto produção cultural, como representa ou constrói uma narrativa mitológica, buscando investigar as representações da sociedade: o que Malory entender por sociedade; por Cavalaria, Monarquia e Nobreza; como se desenvolvem as relações aristocráticas que culminaram na emergência de uma nova classe, a Cavalaria, se assim eu posso conceitua-la; como esta última se liga ao Rei e se funde com a nobreza; como um rei forma sua corte e como este exerce a monarquia num período, cujo as políticas públicas ganham tons peculiares; como essas estruturações se relacionam com as guerras e os campos sociais. Usando os escritos de Malory em comparação com uma historiografia medieval que, também, trata desses aspectos sociais, a fim de identificar como se dá as representações da realidade por Malory. E por fim, como o peso mitológico, aqui nos contos da figura do lendário Artur, característico de uma sociedade, diz muito sobre sua época.

E, também, pelo fato de que Malory é uns dos autores mais lidos quando se trata da temática do Rei Artur e seus Cavaleiros e, por sua obra ser a única literatura medieval inglesa escrita entre Chaucer e Shakespeare, do qual suas proporções perpassam períodos e culturas, sua obra é essencial para o estudo das representações, pois, entendendo as representações como o campo de desenvolvimento da organização da realidade de um ser comum, expressa, genuinamente, através dos personagens e dos contextos da obra, o que autor entende como organizações estruturais da sociedade de sua época. E, como o autor foi um cavaleiro do século VX, lutou e vivenciou o período da Guerra dos Cem Anos e da Guerra das Rosas que, envolviam o trono inglês, suas experiências e o fato de que era um prisioneiro no momento de produção da sua escrita, o que ele carrega da sua contemporaneidade influência gradativamente as formas como são representados as instituições nos contos arturianos, pois, pode alterar os sentidos e as práticas das ações/relações dos personagens. Inclusive, devido as suas experiências, Malory pôde ter recorrido à mitologia como aversão a realidade, mesmo que nos tempo medievais mito e realidade se convergiam e se respeitavam na mesma proporção, dando a entender que não se sabe ao certo o que é mito ou o que é verdade, ou que cada relação comporta desses fenômenos, por isso, Rei Artur entra no campo da desconfiança típica mitológica: existiu ou não existiu?

Sua relevância se porta, portanto, no sentido de como o peso dessa obra pode significar enquanto produção cultural, do qual, A Morte de Artur é umas das principais fontes procuradas quando as produções culturais dizem respeito às criações de referências medievais. E, da importância de como uma sociedade pode ser construída numa perspectiva de narrativa mitológica que para a escrita da história é bastante intrigante.

4_ OBJETIVOS

Objetivo Geral: Explorar o romance como uma representação do século XV, o que significa enquanto produção cultural, como representa ou constrói uma sociedade mitológica.

Objetivos Específicos:

- Investigar as representações da sociedade, o que Malory entende por sociedade;

- Identificar o que o autor entende por monarquia, Cavalaria e nobreza;

- Analisar como se desenvolve as relações aristocráticas que liga um Cavaleiro a um Rei, a Nobreza a uma Cavalaria, como um Rei constrói sua corte; e como estas estruturações se relacionam com as guerras e os campos sociais;

- Comparar a organização das estruturas sociais de Malory com uma historiografia que também versa sobre esses aspectos;

5_ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E BIBLIOGRAFIA

Para análise e desenvolvimento do trema, acima citado e justificado, os estudos dos conceitos de representação são indispensáveis e, em se tratando da Idade Média os conceitos sobre narrativa mitológica, também. Portanto, dois principais pesquisadores dessas áreas são fundamentais: Roger Chartier e Joseph Campbell.

Primeiro autor, Roger Chartier, pesquisador francês ligado a vertente do que seria a “Nova História Cultural”, tem estudos baseados na História do livro e sua relação com o leitor, caminhado para o viés das representações e das práticas na construção de sentidos. Para o autor, ao renunciar a produção da História nos modelos dos primeiros Annales, o outro modelo de analisar a sociedades deveria se realizar por meio das relações e das tensões que as mesmas produzem e, “considerando não haver prática ou estrutura que não seja produzida pelas representações, [...] pelas quais os indivíduos e os grupos dão sentido ao mundo que é deles.”[1] Nesse sentido, as variações entre leitores-textos-livro, somam o campo da construção do sentido, do qual, a história social dos usos e das interpretações originarias de uma apropriação de discursos, recuam para o campo das condições e dos processos que fomentam tais produções de sentidos. Por isso, entender a história da leitura, não só como uma atividade de intelecção, mas e, sobretudo, como uma atividade de relações com o “eu” e com o outros, capazes de transparecer os hábitos e os usos que não são os mesmo de hoje. Ainda em oposição ás abordagens estruturalistas, Chartier, diz que a subjetividade das representações se expressam nas analises dos e dos comportamentos de comunidades, do qual, a classificação e recorte da realidade que cada grupo distinto constrói em comunidade, as práticas de identidade social, mascam visivelmente o mundo social desses “representantes”. Assim, cada comunidade produz de si mesmo, por meio de experiências culturais e sentimento de unidade, suas representações. Essas representações entendidas no campo da coletividade devem, antes, ser compreendidas como mecanismos primordiais da análise cultural, pois, “a representação faz ver uma ausência”[2], um largo espaço entre o que representa e o que é representado; e, a representação da apresentação pública. Essa relação sendo entendida como a interação entre o presente e o ausente. Em suma, o autor, opera entre “o mundo do texto” e o “mundo do leitor”, o encontro

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