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O que os historiadores devem a Karl Marx e Marx e a História Fichamento

Por:   •  6/12/2018  •  1.162 Palavras (5 Páginas)  •  498 Visualizações

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À vista dos argumentos apresentados, apreende-se que o materialismo histórico foi essencial para a aproximação da história com as ciências sociais, contudo, hoje, ele dispõe de um processo de “historização” de todas as ciências sociais. Nesse cenário, Marx dispunha de escritos sociais e políticos, não históricos; desse modo, sua importância se deve a não entender o passado de forma exclusiva e primordial, mas como parte de um processo histórico, capacitando um caráter relativo e discutível do futuro (lacuna). Ao mesmo tempo deve-se considerar que seus conhecimentos históricos são consequência de diretrizes particulares do seu contexto e essa concepção baseia-se no processo de produção (mais amplo que somente material por causa da consciência humana). Esse processo, por sua vez, para Marx (apud HOBSBAWN, 1998), compreende a relação entre homem e natureza, a adaptação e os arranjos sociais pelos quais a mobilização, distribuição e alocação.

Uma questão crítica do materialismo histórico é a sua divergência quanto à tendência geral ou determinado ponto concêntrico das forças materiais de produção da sociedade. No entanto, Marx já explanava essas forças em diferentes sociedades, como também sobre a revolução (ponto de incompatibilidade com o capitalismo e passagem para o socialismo). Além disso, exaltava a diferença entre o modo de produção e a sociedade, a qual se caracteriza pelas relações humanas, já o primeiro é o “agregado das relações produtivas que constituem a estrutura econômica de uma sociedade [...]” (Marx apud HOBSBAWN, 1998), ou seja, este alinha os grupos sociais e podem ser pensados de forma evolutiva (tecnologia e divisão de trabalho); o historiador deve levar em conta essas duas funções. O texto apresenta argumentos do antropólogo Eric Wolf que, por sua vez, mostra o capitalismo como fator “pluralizador” de modos de produção, existindo o modo “parentesco, tributário e capitalista”, em todos, o excedente é da classe dominante.

Em suma, Marx previa a natureza mista e combinada das sociedades, levando em conta sua interação com o passado e outras sociedades; além de prover a luta de classes. Outras contribuições de Marx para a histografia: a modernização da história; em seguida, a possibilidade de ponto de partida, ou seja, seus escritos como um começo de pesquisa. Outrossim, a influência marxista promoveu o pluralismo histórico (parte da ciência como um diálogo entre diversas opiniões, na história apresenta dificuldades sobre a metodologia); e, por último, a aproximação da história marxista com a antimarxista, criando uma guerra ideológica que, para Hobsbawn, não deveria existir, uma vez que é difícil separar o que é marxista do que não é, cabendo sobretudo uma defesa da história e preocupação com o futuro da humanidade.

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