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O Surgimento dos Estados Unidos

Por:   •  22/11/2018  •  3.210 Palavras (13 Páginas)  •  331 Visualizações

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Um dos pontos que vão diferenciar a formação da economia americana, durante seu primeiro ano de independência, é a sua relação complementar e funcional com a economia inglesa que se estende até o século XIX. Sendo assim, na primeira metade do século XIX, os EUA formavam uma economia primário exportadora, especializada na produção de tabaco e algodão para o mercado inglês.

E durante o século XIX, os EUA, ocupavam a principal posição entre os demais países desenvolvidos.

A aliança econômica firmada com a Inglaterra não foi somente uma das suas estruturas produtivas colonial, mas foi também uma opção política e estratégica tomada já no primeiro governo constitucional dos EUA.

O Jay’s treaty entre a Inglaterra e EUA foi o ponto de partida da parceria econômica entre os EUA e Inglaterra.

Em 1815, o congresso autorizou o presidente americano a remover dos seus portos todas as formas de discriminação com relação aos navios de países que tivessem abandonado as mesmas praticas com relação aos americanos. E a Inglaterra respondeu, 1822, abrindo aos americanos vários portos de suas colônias, selando uma espécie de acordo progressivo de comercio preferencial. E ainda nessa época, os EUA selou outros diversos acordos comerciais bilaterais.

Foi logo depois do Boundary Treaty, que o secretário de estado John Quincy Adams falou pela primeira vez da existência de um “destino manifesto”, propondo a Jefferson a anexação de Cuba e da Flórida.

Após 1815, as forças conservadoras retomaram o governo da Europa sob a hegemonia inglesa e o controle militar da Santa Aliança, composta pelos exércitos da Rússia, da Áustria e da Prússia, estavam mobilizados para conter, definitivamente, a França. E concordando em certas regras de funcionamento para a nova ordem mundial criada pela expansão imperial das Grandes Potências europeias.

A doutrina de monsroe, 1823, foi uma declaração política destinada às grandes potencias. A américa latina passava então a ser vista como um território econômico de capital financeiro inglês, e os estados unidos procuraram restringir sua ação direto e militar ao território norte-americano, só agindo fora de sua zona imediata de influência quando tiveram o apoio ou contaram com a neutralidade da Inglaterra.

Foi na anexação do Texas em 1845, e na guerra com o México, em 1848, que os Estados Unidos aumentaram em 60% o tamanho do território americano com a conquista e anexação do Novo México e da Califórnia.

Logo em seguida do discurso de Monroe, os governos da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México solicitaram a intervenção americana a favor de suas posições e receberam a mesma resposta negativa, ficando clara a importância da Inglaterra como verdadeira autora e avalista da Doutrina Monroe que só passou de fato às mãos americanas, no momento em que os Estados Unidos acumularam o poder indispensável para sustentar suas posições internacionais, e isto só ocorreu no final do século XIX. Até lá, a América Latina foi “território econômico” do capital financeiro inglês, e os Estados Unidos procuraram restringir sua ação direta e militar ao território norte-americano, só agindo fora de sua zona imediata de influência quando tiveram o apoio ou contaram com a neutralidade da Inglaterra. Foi assim no caso da anexação do Texas em 1845, e na guerra com o México, em 1848, onde os Estados Unidos aumentaram em 60% o tamanho do território americano com a conquista e anexação do Novo México e da Califórnia. Gigantesco território que se somou ao Óregon, recém-negociado com a Inglaterra, para abrir as portas do Pacífico para os Estados Unidos. O século XIX ainda não havia chegado à metade e o comércio de longa distância dos Estados Unidos já havia dado seus primeiros passos em direção à Ásia, sempre que foi possível, com o apoio da diplomacia americana.

O tratado assinado pelos EUA com a Inglaterra 1794, passou a admitir que os navios americanos comerciassem com as colônias inglesa do oriente.

Foi na Ásia, que os Estados Unidos começaram a definir sua política anticolonialista de expansão extracontinental. Uma opção pelo “território econômico” sem responsabilidade administrativa, mas também uma estratégia para competir com a influência francesa e inglesa, baseada no uso da força e na conquista colonial.

Quando chegou a hora da Guerra Civil americana, os Estados Unidos já tinham completado a conquista do seu território continental e haviam dado passos diplomáticos e comerciais extremamente importantes. Mas seguiam sendo uma economia fundamentalmente primário-exportadora e dependente do capital financeiro inglês, e mantinham-se alinhados com a estratégia imperial inglesa em todos os territórios que não fizessem parte de sua zona imediata de influência, na América do Norte, respeitando o domínio inglês do Canadá

A Guerra Civil Americana mudou o rumo da história dos Estados Unidos, na segunda metade do século XIX. Este longo período de guerra e desorganização econômica acabou tendo um efeito paradoxal ao provocar uma enorme redistribuição e centralização do poder que colocou os Estados Unidos de “cabeça para cima”, e a par com a história e com o modelo de formação e desenvolvimento dos estados, e das economias nacionais europeias. Nesse sentido, a Guerra Civil, ao mesmo tempo em que provocou enorme destruição física e humana, cumpriu também um papel revolucionário, do ponto de vista da reorganização do estado nacional e do capitalismo americano.

Para Chandler, “o crescimento da moderna empresa industrial americana, entre 1880 e a I Guerra Mundial foi pouco afetada pela política pública, pelos mercados de capitais porque ela foi parte de um desenvolvimento econômico mais fundamental. ” (Chandler, 1977: 376).

A Guerra Civil Americana teve características e consequências típicas das guerras europeias clássicas entre dois estados nacionais fronteiriços, no caso, entre a União e a Confederação. Esta Guerra Civil foi a grande responsável pela construção do estado moderno e da economia nacional americana, na medida em que obrigou a nacionalização do exército e a consolidação de uma dívida pública da União, que se transformou no lastro do sistema bancário e financeiro, e que se expandiu e nacionalizou naquele período.

Depois da guerra, durante o período da Reconstrução, os títulos da dívida pública contraída pela União tiveram um papel fundamental no financiamento das ferrovias que atravessaram o território americano,

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