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FUSCA, O 4 º CARRO MAIS FÁBRICADO DO MUNDO

Por:   •  11/9/2018  •  3.682 Palavras (15 Páginas)  •  280 Visualizações

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Mostrando ser uma rapaz de muita visão e apaixonado por mecânica, Santos Dumont sabia que o automóvel se transformaria em um grande potencial para a economia mundial. No ano de 1904 constavam 84 carros registrados na inspetora de veículos, e muitas pessoas famosas estavam na fila para adquirirem o seu (SÃO PAULO, 2016).

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Os primeiros proprietários de automóveis brasileiros, eram membros de elite que usufruíam de sucesso financeiro, adquiridos no momento ou quando originários de alguma herança. A utilização de veículos estava mais direcionada a busca de status e distinção, uma maneira de anexo a civilização do mundo moderno, do que a interesses econômicos. No mais tardar, as indústrias e comércios adquiriram seus carros para facilitar o fluxo de seus produtos, abrindo um novo espaço para o antigo sentimento (ANDRADE DE MELO, 2008).

“No caso brasileiro, fosse porque sua utilização só teria uma generalização muito tardia – apenas no começo da década de 1930 –, a representação desse moderno meio de transporte assume uma particularidade, ora metafórica, ora de rejeição moralista, mas sempre paródica” (Saliba 1998, p. 333).

Em um cenário em que só a elite poderia usufruir desse meio de transporte, o mercado estava perdendo uma grande possibilidade de comercialização para a classe mais baixa, onde alavancaria a econômicos do país. Foi então que no ano de 1914 o empresário Henry Ford tornou o trabalho que antes era manual e artesanal em uma produção em massa, chamada de Fordismo.

A principal característica desse sistema, baseava-se em uma linha de montagem com o objetivo de aumentar a produção, consequentemente reduzindo seu valor e tempo de construção do veículo. Esse método consistia em uma extensa esteira de transporte que movimentava os automóveis até um operário, que por sua ver montava uma determinada parte do carro sem precisar mover-se do local. Além de agilizar a produtividade, os funcionários só eram treinados para executar uma única tarefa, assim fazendo com que eles recebessem um treinamento mais básico e já seriam capazes de realizar tal tarefa. (ESTUDO PRATICO, 2014)

A linha de produção de Henry, tornou-se mais reconhecida quando começou a ser fabricado o modelo Ford T, conhecido no Brasil como Ford Bigodudo ou Bigode. Esse modelo foi a base para o surgimento da linha de montagem automobilística em 1913.

Com o preço da produção mais acessível e a demanda de produtos aumentando cada vez mais, o sistema Fordismo se tornou dominante no século XX e um símbolo máximo do capitalismo de consumo. Essa produção em massa deu tão certo, que fez com que várias indústrias de outros ramos copiassem seu modo de operação (SALÃO DO CARRO, 2014).

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Outro ponto importante dessa história é a criação da Ford Motor Company, em 1919 no Brasil. Com um pequeno pavilhão de dois pisos, é a primeira empresa do ramo automobilístico a se estabelecendo no país, localizada na Rua Florêncio de Abreu, em São Paulo, onde iniciou a produção dos carros Modelo T e caminhões do Modelo TT.

Com a demanda de veículos aumentando, no ano de 1920 a montadora precisou migrar para um local maior, deixando a sua antiga sede e dando início a sua primeira grande fábrica construída no Brasil. Com o projeto do engenheiro B.R Brown, em 1921 aconteceu a inauguração da nova sede, na Rua Solon, bairro do Bom Retiro. (SÃO PAULO ANTIGA, 2013).

Figura 2 – Foto da primeira montadora do Brasil em 1919, a Ford.

Fonte: Revista Veja Online São Paulo, 2014

Dando continuidade na história, a General Motors (GM), funda sua montadora na cidade brasileira de São Paulo, em 26 de janeiro de 1925. O local de implantação da obra era um grande pavilhão localizado na Avenida Presidente Wilson, 201, no bairro paulistano, próximo da ferrovia Santos-Jundiaí. Após oito meses da fundação, a empresa General Motors apresenta para seu público o primeiro veículo com a marca da Chevrolet. (GMIGNITIONUPDATE, 2015)

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Naquele período, nasce mais uma linha de montagem desenvolvida pelo sistema de Henry Ford, consequentemente gerando dezenas de novos empregos. Ao mesmo tempo que isso era benéfico para a população, outra parte obscura surgia nas empresas, as chamadas segundo karl Marx, relações de dominação.

Karl explica que nós vivemos em uma sociedade onde o trabalho se tornou um relacionamento hostil, de dominação e exploração do funcionário. Na qual a principal razão do trabalho devia ser a realização social de cada indivíduo e não uma relação de soberania. Para Marx, todos os produtos comercializados passam por uma espécie de mágica, onde todas as ligações a sua produção insalubre são apagadas e a mercadoria surge na prateleira independente do seu processo fabril, e é assim chamada por karl como Fetichismo da Mercadoria (MARX, 1999).

3- O Carro do Povo

Na busca de um plano econômico para a Alemanha, Hitler surge com um grande projeto que estimula o crescimento da indústria de base, agricultura e da indústria de armamentista. Com essas medidas efetivadas o desemprego reduziu o nazismo recebeu novos seguidores e o pais tornou a ser uma potência. Conforme Kataoka, (2006, p.12), “construir as autobahns, “autoestradas” para o trânsito efetivo de veículos motorizados, fabricar um automóvel em massa que qualquer alemão de classe média pudesse comprar e criar uma rádio popular.”

Ao perceber que países como a França e Inglaterra eram bem desenvolvidas na área automobilística, Hitler notou que o transporte alemão sofria um atraso tecnológico, foi então que ele visualizou um grande oportunidade na demanda de veículos para a classe média da população.

Neste cenário e com ameaças de Führer, Ferdinand Porsche conhecido mundialmente por seu trabalhos, deu início ao projeto de um carro que fosse acessível e atendesse as necessidades de todos. Em sua própria garagem, em Stuttgart, na Alemanha o tão esperado “carro do povo” emerge.

Segundo Luiz Guedes Jr, o pedido de Hitler seria o seguinte:

“Hitler achava que o veículo deveria transportar 4 ou 5 adultos, atingir a velocidade de 100 km/h, manter uma média de consumo de 14 quilômetros

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