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DO LATIM ÀS LINGUAS ROMÂNICAS

Por:   •  29/5/2018  •  2.740 Palavras (11 Páginas)  •  826 Visualizações

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sobre a temática do Latim corroborando para o enriquecimento nessa área, discorrendo de forma objetiva, visando apontar direções e auxiliar na solução dos problemas referentes ao tema.

Desenvolvimento

A língua Latina surgiu na região do Lácio localizada à margem esquerda do rio Tibre, considerada uma língua indo-européia pertencente a um povo indo-europeu do grupo itálico que usava diversas formas linguísticas e dialetos, no entanto, essa era uma língua comum das pessoas simples que se limitavam à extremidade do rio. Essa língua de origem romana apresentou numerosas mudanças no decorrer de sua existência em matéria de evolução, partindo do Latim pré-histórico ao Latim proto-histórico, ou seja, desde o uso oral da língua sem haver algum tipo de registro, até a escrituração nos primeiros documentos da língua.

Bassetto (2013, p. 92 ) mostra o entendimento que o latim falado em Roma a partir do século III a. C. caracteriza 3 normas:

a) O sermo classicus ou literarius: burilado, artístico, sintético, só escrito, que atingiu o ápice estilístico no período áureo da literatura latina entre 81 a.C e 14 d.C., tanto na prosa com Cícero, César e Salústio, como no verso com Virgílio, Horácio, Ovídio, Lucrécio e Catulo. É uma estilização do sermo urbanus.

b) O sermo urbanus: a língua falada pelas classes cultas de Roma, certamente correto do ponto de vista gramatical, mas sem os refinamentos e a estilização da variedade literária, denominada vulgaris por Cícero. Os falantes dessa norma eram os principais detentores da norma literária.

c) O sermo plebeius: essencialmente falado, era a norma da grande massa popular menos favorecida, analfabeta. Foi metodicamente ignorada pelos gramáticos e escritores romanos, mas era viva e real; apresenta variantes sobretudo no léxico, segundo o modo de vida dos falantes, distinguindo-se o sermo rusticus, o castrensis e o peregrimus

O Latim se divide em alguns períodos como Pré Clássico que se refere aos escritos utilizados em convenções ortográficas contendo palavras que por via não foram usadas em obras escritas durante o Império Romano. O Latim Clássico que era usado pelos antigos romanos considerados pessoas cultas por possuírem domínio gramático, que usavam a língua estritamente formal em obras literárias. Observa-se que o latim clássico foi preservado devido à conservação de inúmeras obras gramaticais do idioma.

O Latim medieval foi usado por muitos anos após a queda do império romano, sendo a única língua escrita utilizada na antiga região imperial. Também, era a língua usada na igreja católica romana e nas diversas interações sociais do antigo império.

Com a queda do império Romano (476 d.C.), acaba a História Romana e um século depois, mais ou menos, termina também a História da Literatura Romana, mas o latim continua ainda, por quase mil anos, sendo em toda a Idade Média a língua da civilização Ocidental, inspirando todas as obras primas das Literaturas Modernas, da Europa e da América (COMBA, 1991, p. 23)

Porém, é notório que alguns autores, principalmente os cristãos eram contra o uso do latim mais rebuscado devido a falta de compreensão do povo comum especificamente dentro da igreja. Iglésias (2002, p.33) relata a posição de Lutero “Só a Bíblia contém a verdade e deve ser interpretada pelo leitor.” e isso fica ainda mais relevante na decisão do Concilio de Tours onde é requerido que a igreja adaptasse a língua falada ou seja o latim vulgar.

Antes da queda do Império Romano, em seu apogeu de conquista territorial, este império obrigava que os povos das regiões conquistadas falassem o latim devido ser a língua oficial usada pelos romanos, pois isso colaborava com a ideia de unificação linguística. Mas, o latim levado a essas regiões por meio dos soldados de Roma era o latim vulgar, isto é, uma variante em constante transformação. Segundo Spaggiari (1992, p.81) o latim vulgar é, “expressão de oralidade, instrumento de comunicação, língua informal de intercâmbio dos habitantes de Roma e do Império”.

E essa transformação deve-se as regiões conquistadas por Roma, onde havia povos que tinham sua própria língua, mas eram obrigados a falar o latim, e com isso a pronuncia de diversos grupos se diferenciava resultando na evolução do latim nas várias regiões conquistadas. O que proporcionou a origem especificamente do latim vulgar, o que acabou por ocasionar o surgimento de diversas línguas como o italiano, o francês, o espanhol, o português, o catalão dentre outras. Essas línguas são chamadas de neolatinas.

Bassetto (2013, p. 99 e 100), comenta:

“A historia da língua latina, particularmente do latim vulgar, está intimamente ligada à do Império Romano. À medida que se expandiam as fronteiras do Império por meio de conquistas e de hábeis alianças, alargavam-se também o espaço territorial do latim. Crescendo com o Império, decaiu com ele, mas não morreu em: situações geográficas e em condições sociais, econômicas e culturais diferentes, do latim vulgar, falado pelas populações deixadas pelo refluxo político de Roma, nasceram as línguas românicas, que o perpetuam.”

As línguas latinas são conhecidas como românicas ou neolatinas que surgiram da evolução do latim vulgar. Línguas com base lexical incomum, mas com diferenciação significante principalmente pela divisão geográfica e a não uniformidade na latinização nas regiões em todas as partes do império.

Cada língua variante da evolução latina vulgar tem sua característica, sua singularidade e sua historia, e no decorrer do artigo serão citados os principais tópicos da história de cada uma delas.

A língua italiana originou-se do contato com o latim e a língua etrusca e ao longo dos anos foi se desenvolvendo até chegar à língua que se fala em Florença. No século XIV, nomes importantíssimos como Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio difundiram o florentino por toda região da Itália como sendo a principal língua literária, mesmo sendo difundida por nomes importantes na língua literária certa vez, Dante Alighieri, um nome também renomado na literatura resolve não usar completamente o florentino em sua obra “divina comédia” e usa o “il Volgare”. O vulgar que causou um grande impacto na língua literária, entretanto não foi por causa de Dante que a língua florentina não se oficializou. Mas, foi pela falta de unidade política durante os séculos XVII e XVIII.

Porém

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