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O ESTUDO DOS REFLEXOS DAS LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO SÉCULO XX NA LITERATURA BRASILEIRA

Por:   •  12/10/2017  •  10.003 Palavras (41 Páginas)  •  585 Visualizações

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Keywords: Brazilian literature; African literature , colonialism ; neo-realism , modernism ; African culture.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO

2 A INFLUÊNCIA DO ROMANTISMO NA LITERATURA COLONIAL

2.1 A colonização da África

2.2 A literatura colonial

2.3 O romantismo brasileiro e suas influências na literatura colonial

2.4 Características do estilo de produção no Romantismo e na Literatura Colonial

2.4.1 Criação poética: liberdade, individualismo.

2.4.2 culto da imaginação

2.4.3 O sonho

2.4.4 O sobrenatural, o senso de mistério.

2.4.5 A evasão e o culto do herói

2.5 Identificação das características nos poemas

3 O NEORREALISMO E SUA FORMAÇÃO COMO BASE DA LITERATURA DE GUERRILHA.

3.1 O surgimento das Literaturas africanas de Língua Portuguesa

3.2 A Língua Portuguesa na África

3.3 Guerra colonial e guerra de luta nacional

3.4 O movimento de Negritude

3.5 Autores das Literaturas de Guerrilha

3.5.1 João José Craveira

3.5.2 Luandino Vieira

4 CONTRIBUIÇÕES DO MODERNISMO BRASILEIRO NA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE AFRICANA.

5 CONCLUSÃO

6 REFERÊNCIAS:

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho, pretendemos desenvolver uma análise, a cerca do estudo do reflexo das literaturas africanas da língua portuguesa do século XX na literatura brasileira. Um dos maiores desafios da sociedade moderna é reconhecer as riquezas que a África apresenta principalmente no que diz respeito à literatura e seu reflexo no estudo da língua portuguesa.

A Lei Federal 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nos níveis fundamental e médio. O objetivo dessa iniciativa é mudar nossas ideias sobre a África, vindas do colonizador europeu e difundidas pela mídia. É preciso colocar em evidência toda a riqueza histórica e cultural do continente africano, além de reconhecer que a nossa história funde-se com a história dos africanos.

Para tanto, o primeiro capítulo procura apresentar a literatura colonial influenciada pelo romantismo através de características marcantes de alguns de seus notáveis escritores e a relação de ambos os períodos na construção de uma identidade nacional.

O segundo capítulo aborda a literatura de guerrilha e o neorrealismo como instrumento de educação e alerta e a consciência de lutar pelos seus direitos e a grande valia para o regime colonial.

O terceiro capítulo abrange os aspectos encontrados na formação da nacionalidade africana sob a influência do modernismo brasileiro.

Como podemos identificar as características do romantismo, neorrealismo e modernismo do Brasil do século XX na literatura africana?

2 A INFLUÊNCIA DO ROMANTISMO NA LITERATURA COLONIAL

2.1 A colonização da África

O processo de colonização do continente africano se deu por interesse do colonizador em extrair matérias-primas procurando expandir seu comércio e seu poder monetário. A colonização do continente teve sua máxima quando ocorreu a Conferência de Berlim, que o dividiu de maneira favorável aos seus interesses e não valorizou a cultura e as diversidades dos nativos da região.

Os africanos são identificados com designações apresentadas como inerentes as características fisiológicas baseadas em certa noção de etnia negra. Assim sendo, o termo africano ganha seu significado preciso: negro, ao qual se atribuiu um amplo espectro de significações negativas como frouxo, fleumático, indolente, incapaz, todas elas convergindo para uma imagem de inferioridade e primitivismo. (LEILA HERNANDEZ, 2008)

Este processo inicia-se entre os séculos XIV e XV e estende-se até o século XX, realizado pelas grandes potências europeias que buscavam expandir seus territórios e aumentar seu prestigio nacional e político. A Revolução Industrial e o neocolonialismo colaboraram para criação de novas colônias na África o que torna o continente ainda mais povoado. Predominava a visão etnocêntrica, que considerava as tribos como primitivas, já que viviam em contato direto com a natureza e não utilizavam tecnologia para seu desenvolvimento. A colonização já estava presente na vida dos africanos, pois guerreavam entre si, e a tribo vencedora dominava a derrotada. Esta relação nos permite entender como se iniciou o processo de escravidão.

Num clima de grande tensão, cheiro de rivalidades e desavenças, todas as polêmicas industriais se consideravam com direito a “um lugar ao Sol”, ou melhor, com direito a mais territórios que as demais, a mais riquezas que as demais, a mais poder. Esse direito eles pensavam ter adquirido com suas forças industriais em expansão. (CANEDO, 1992)

O processo de colonização não trouxe nenhum benefício as colônias, só causou degradação ao meio ambiente, furtou suas riquezas e destruiu sua população.

A colonização realizou uma segunda forma de economia global. Primeiro, através do tráfico dos negros e da escravatura, a África tinha contribuído para impulsionar a Europa para a industrialização. A colonização foi muito mais curta do que o tráfico de negros, mas foi mais determinante. O colonialismo substituiu inteiramente o sistema africano. Fomos alienados, isto é, substituídos por outros, inclusive no nosso passado. Os colonizadores prepararam um assalto á nossa história. O ‘pacto colonial’ queriam que os países africanos produzissem apenas produtos em bruto, matérias-primas a enviar para o Norte, para a indústria europeia. A própria África

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