COLONIZAÇÃO DO EXTREMO OESTE CATARINENSE
Por: Kleber.Oliveira • 12/11/2018 • 1.161 Palavras (5 Páginas) • 310 Visualizações
...
oeste catarinense, visando “civilizar” a região que estava habitada até então
por indígenas e igualar a economia promovendo desenvolvimento principalmente ao
restante do estado.
O governo então realizou um “acordo” político com empresas colonizadoras, das
quais, receberiam as terras pertencentes ao governo e em contrapartida deveriam
colonizá-las e adaptá-las ao fluxo de mercadorias e à movimentação dos colonos.
As empresas oportunistas exploravam as terras, sobretudo a madeira mais nobre
e só depois vendiam aos colonos. Tal processo fez com que o intercâmbio comercial
das madeireiras aumentasse drasticamente na região.
Povos alemães, italianos e outros vindos do Rio Grande do Sul, acompanhando
o desenvolvimento do extremo oeste Catarinense, tentavam a “sorte” saindo de suas
moradias, em busca de uma vida melhor e mais lucrativa, já que no Rio Grande do Sul
vinham sofrendo com a escassez de terras.
Buscavam produzir seu bem de consumo e o excesso como forma de renda.
A grande movimentação das madeireiras e a não promulgação de leis
governamentais que proibissem a derrubada das matas, fizeram com que as reservas
fossem esgotadas em curto período de tempo. Restando pouca madeira, o processo
madeireiro foi extinguindo com o passar dos anos.
Em resumo, este ciclo econômico foi de fundamental importância para os
colonos, que se deslocavam para a região. A mata fornecia madeira para as instalações
como: casa, galpões, estábulo e galinheiros. Por outro lado, este ciclo criou um mercado
de trabalho de baixa remuneração. Expulsou os caboclos que, na grande maioria, não
conseguiram a posse da terra. A mata nativa da região, em poucos anos, foi reduzida a
2%. A atividade madeireira, no Extremo Oeste Catarinense, iniciada nos anos de 1930,
logo no final de 1970 já mostrava sua debilidade, ocorrendo, assim, a extinção do ciclo
madeireiro.
4. O Ciclo Agroindustrial
No início da colonização, o sistema agrícola consistia em queimar a mata,
cultivar a clareira por alguns anos e depois deixá-la em repouso, quando aparece a mata
secundária.
Com o tempo começou a se ter um excedente na produção de grãos e isso deu
o começo da criação de porcos e galinhas. Assim eles poderiam ser ser tropeados e
com isso se criou o comerciante ou vendista.
Depois disso, o comerciante passou a ser o centro dos negócios nas vilas ou
pequenos núcleos coloniais. Foi nesses pontos que o colono repassava seu excedente
e, em troca se abastecia de sal, querosene, tecidos, ferramentas e medicamento.
As agroindústrias encontraram na pequena propriedade familiar um campo fértil
para disseminar o programa de fomento para suinocultura, e também outros produtos
como a avicultura. Nesse programa, os produtores recebiam insumo, assistência
técnica, medicamentos e vacinas das empresas em que estavam integrados. A empresa
se encarregava de adquirir a produção de suínos, quando então, descontava os
produtos fornecidos ao produtor. Assim, aquelas relações tradicionais mantidas com os
comerciantes locais, até mesmo a produção para a auto-suficiência foi substituída por
relações entre o capital industrial e bancário.
As técnicas agrícolas e as condições econômicas passaram por melhorias
significativas, como: sementes selecionadas, agrotóxicos, adubos químicos, máquinas
para plantio e colheita acarretou a decadência da agricultura tradicional.
O governo então, preocupado com o aumento da produtividade, deu um estimulo
aos agricultores, ofereceu subsídios para o plantio do trigo e da soja. Depois disso, a
produção da soja foi ganhando terreno na agricultura tradicional.
Atualmente, Santa Catarina é o maior produtor de suínos do país. O que gera
mais de 150 mil empregos diretos em todos os setores da economia. Além disso,
destaca-se, ainda, a mão de obra nos abatedores, transportes, administração, técnicos.
Indiretamente, muitos outros campos de trabalho são criados.
5. Documentário
Assisti juntamente com o meu avó, seu Mauricio Walker, de 64 anos, o
documentário: Projeto Wir sind hier! Razem!
Ele
...