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Questões sobre o Escudo Catarinense

Por:   •  23/10/2018  •  1.316 Palavras (6 Páginas)  •  259 Visualizações

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Schroeder (2006) apresenta o principal evento de deformação como transpressivo, gerando estruturas que condicionaram os pacotes sedimentares, e um segundo evento de deformação reativando as falhas transcorrente sinistrais do PED e invertendo sua cinemática para dextral.

8. No trabalho de Ronchi (2014) quais os principais indicadores cinemáticos utilizados para determinar o sentido de movimento da(s) falha(s)?

R: Como os milonitos do Granito Parapente possuem feldspatos com comportamento frágil, esses milonitos não são ricos em indicadores cinemáticos. Entretanto, nos filonitos ocorrem os melhores indicadores, já que os quartzos contidos neles apresentam feições de deformação dúctil.

Nesses filonitos, os pórfiros de quartzo são tipo σ, com estruturas S-C e microdobras assimétricas. Juntos, estes indicadores mostram que ZCIP sofreu um movimento inverso. Quando orientadas, o eixo X do elipsoide de deformação finita se mostra sub-vertical. Segundo Rochi (2014) “a combinação de estrias horizontais com indicações cinemáticas de pórfiro de quartzo sugere que ocorreu predominantemente movimento lateral direito”.

O movimento lateral esquerdo tardio da ZC é indicado pelas fraturas preenchidas por clorita no Granito Parapente.

9. Porque o Granito Parapente não pode ser considerado um granito sintectônico (com relação a movimentação da ZCI)? Dê as características geológicas e geocronológicas para sua afirmação.

R: A idade de cristalização do Granito está entre 831 e 855 Ma., estabelecendo-o ao Criogeniano Inferior (BASEI et al., 2008). Ronchi (2014) explica que o Granito Parapente é do tipo A e pré-tectônico, sendo a idade mínima para o início do rifte que gerou a bacia que posteriormente se transformou na CMB.

Rostirolla et al., (2003) consideram que a ZCIP se desenvolveu no Ciclo Brasiliano e foi reativada no Paleozoico. Além disso, há evidências da influência da ZCIP nas formações Rio Bonito, Serra Alta e Teresina até o Permiano Superior (~250 Ma).

10. No modelo evolutivo de Ronchi (2014) quais seriam as condições e P e T para a atividade da ZCI? Neste mesmo modelo, quais seriam os estágios evolutivos da zona e a hierarquia dos mesmos?

R: Ronchi (2014) explica que as características dos milonitos e filonitos, como feldspato com deformação frágil e quartzo com deformação dúctil com estruturas associadas a baixas temperaturas, do Granito Parapente classificam as rochas desse como “milonitos de baixo grau”. Quanto a deformação principal do Granito Parapente, está posicionada a baixa P e T (RONCHI, 2014).

✓ Com relação à Zona de Cisalhamento Major Gercino (ZCMG):

1. Qual a relação da ZCMG e o magmatismo granítico neoproterozoico ocorrente na mesma região da ZC?

R: Bitencourt et al., (1998a) individualizaram os corpos graníticos que estão relacionados a ZCMG. Os Granito Quatro Ilhas e o Granito Mariscal são do início da transcorrência, o Granito Estaleiro foi gerado durante a principal fase de transcorrência. Já a Suíte Intrusiva Zimbros está relacionada às últimas movimentações deste Zona de Cisalhamento. Estes corpos graníticos foram posteriormente datados por Chemale Jr. et al., (2003) entre 641 a 590 Ma.

2. Descreva a cronologia dos eventos magmático-deformacionais propostos por Bitencourt (1996) para a região de Porto Belo.

R: Porto Belo tem como embasamento o Complexo Camboriú, com principal estruturação da associação granitoides e ortognaisses ocorrendo durante regime tengencial. Os Metagranitoides Quatro Ilhas (726 ± 170 Ma) e o Metagranito Mariscal (600 ± 79 Ma) são unidades intrusivas nesse embasamento, mostrando registro de tectônica tangencial durante ou após sua colação, além de deformação por transcorrência em estado sólido. O Complexo Granulítico Estaleiro (648 ± 41 Ma) e a Suíte Intrusiva Zimbras (655 ± 89 Ma) são intrusivos nesse conjunto e o seu comportamento é regido por transcorrência. Representando as litologias mais jovens, estão os diques de olivina diabásio, com direção NS ou NW, correlacionáveis ao magmatismo básico cretáceo Serra Geral; e por coberturas sedimentares do Cenozoico.

3. Contraponha os modelos de evolução cinemática da ZCMG de Bitencourt (1996) e Passarelli et al. (2010). Aponte também as diferenças de interpretações com relação ao significado geotectônico da ZCMG.

R: Segundo Bitencourt (1996) o Principal Evento de Deformação da ZCMG se deu em regime de transcorrência dúctil a dúctil-rúptil, gerando rochas miloníticas. O Segundo Evento de Deformação é caracterizado por ocorrer em nível crustal mais raso e com temperatura mais baixa. Além disso, esse evento é associado a rochas da série cataclástica e estruturas indicativas de comportamento frágil.

Passarelli et al. (2010)

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