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Análise Temática - Capítulo 2 Apologia da História ou o ofício do historiador

Por:   •  22/11/2018  •  1.277 Palavras (6 Páginas)  •  293 Visualizações

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- Os testemunhos

Neste tópico a ideia central são as fontes e seu papel para o historiador, o autor ressalta dois tipos de testemunhos presente nas fontes – o voluntário –que espera ser lido, portanto pode conter inverdades, querem apresentar apenas algumas informações e são escritos para guardar uma história, e os involuntários, que por sua vez não esperam ser lidos, assim possuem menos chances de apresentar mentiras, e mesmo que as apresente não foram colocadas ali para a própria proteção, por esse motivo a historiografia vem depositado sua confiança nessa categoria.

Bloch destaca que o historiador é subordinado ao passado, pois somos condenados a conhecê-lo puramente por meio de seus vestígios, contudo para identificá-los cabe ao historiador perguntar a fonte e para isso já deve ter em mente um objetivo, um conhecimento prévio para conseguir extrair tudo possível sobre o tema que busca.

O autor salienta também os métodos de pesquisa, que são inúmeros, já que cada tipo de fonte e tempo exige um método distinto para extrair suas informações, contudo Bloch destaca que os humanos são muito complexos, e para estudá-los é necessária a utilização de várias ferramentas ao mesmo tempo, exigindo do individuo historiador, um conhecimento básico de várias disciplinas. O autor ressalta que não é possível para o indivíduo se aprofundar em todas as disciplinas auxiliares, sendo assim limitado em alguns aspectos, que podem atrapalhar sua pesquisa. Para solucionar este problema Bloch propõe substituir a multiplicidade de competências em um único indivíduo, por um trabalho de equipes, diversos indivíduos especialistas diferentes, para explicar um tema. Bloch também faz alusão a um método crítico.

- A transmissão dos testemunhos

Neste tópico a ideia central é a importância da fonte para o historiador e a preservação da mesma. Bloch evidencia a importância das obras de referencia, uma vez que o historiador é impossibilitado de reunir todo o material espalhado por museus e bibliotecas para realizar sua pesquisa. Ressalta que o historiador pode se deparar com o inopinado e a única forma de evitar-se o erro é utilizar do método e das fontes. O autor relata também sobre os documentos, sua presença ou ausência vem de fatores humanos, existe uma intencionalidade ao se guardar um documento, um motivo para logo esse documento ser preservado e outros não. Bloch relata também ser passível de erro prever o local onde se encontra uma fonte, pois com todo efeito é impossível prever os eventos independentes que agiram com ela, assim sendo é uma aposta com o destino.

Assim, segundo Bloch, a ignorância e o esquecimento estão ligados a dois fatores, a negligência; que pode causar uma perda considerável de documentos. E o mais perigoso, o sigilo que se tornou um culto na sociedade e raramente é digno de um motivo respeitável, em sua maioria é como feito por a burguesia, que mantém em segredo seus ganhos, assim ocultando sua exploração.

De acordo com o autor as rupturas na ordem, por assim dizer revoluções, são boas para o historiador, pois o permite acessar documentos os quais dificilmente seria possível antes, graças à cultura do sigilo, caracterizando estes momentos como privilegiados por possibilitar ao historiador o alcance a essas importantes fontes.

Três Lagoas-MS, 11 de junho de 2016

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