A relevância do estudo da historia

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nos embates entre a razão e a fé, àquela saiu vencedora. Na trilha da racionalização humana, nasceu o movimento do iluminismo. Tal movimento advogava que o uso da razão era a melhor opção para se alcançar a liberdade, autonomia e emancipação.

No mesmo passo, os iluministas acreditavam que a liberdade, autonomia e emancipação se dariam com a criação de escolas para que o povo fosse educado.

Só então, a partir do século XIX, o conhecimento histórico passa a ser ministrado nas faculdades.

Devido à revolução provocada pela Escola de Annales, ocorrida em 1929, a chamada “história total” fica em destaque, obrigando a iniciação de um processo de revisão e ampliação da história tradicional, onde a história passa a ser olhada de maneira critica.

Assim, com a cooperação de Fernand Braudel, Lucien Febvre, Jacques Le Goff e Marc Bloch, a história teve ampliada a sua atuação e abriu-se oportunidade a diversas pessoas através de sua escrita. Neste sentido, veja-se o escrito de Peter Burke:

Da minha perspectiva, a mais importante contribuição do grupo dos Annales, incluindo-se as três gerações, foi expandir o campo da história por diversas áreas. O grupo ampliou o território da história, abrangendo áreas inesperadas do comportamento humano e a grupos sociais negligenciados pelos historiadores tradicionais. (BURKE, 1997, p. 126).

Por derradeiro, é inegável que a história contribui e muito para com desenvolvimento do homem, auxiliando-o na tomada de decisões, tendo por base as deliberações de seus semelhantes na antiguidade.

2- AS CONTRIBUIÇÕES DA HISTÓRIA NA FORMAÇÃO SOCIAL DO SER HUMANO

Hoje em dia, o entendimento do que vem a ser história, é totalmente díspar da compreensão que se tinha outrora. Houve mutação também, na compreensão da função social da história.

A história deverá ser entendida como ciência aplicada pelos homens, vez que a mesma é quem representa a transformação humana, pois, como dito, a história é utilizada para que o homem aprenda com os erros e acertos dos seus antepassados.

Mister que todos adquiram a consciência de que são sujeitos históricos, uma vez que, é através da história que o homem entende a condição social que vive, proporcionando, desta forma, a capacitação para que o cidadão possa entender a si mesmo.

Nesta senda, com firmeza poderá se aduzir que o estudo proveitoso da história é muito importante e imprescindível, pelo fato de, com a história, o aluno se abastece de capacidade e autonomia para encarar as realidades sociais que lhe são impostas. Porém, deve-se observar que, a disciplina de história, sozinha, não é capaz de formar seres humanos críticos, entretanto, fornece guarida para que o aluno tenha uma leitura maior e melhor da sociedade em que vive.

Sobre o que foi dito, as professoras Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli, asseveram o seguinte:

O professor de história ajuda o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias para aprender a pensar historicamente, o saber-fazer, o saber-fazer-bem, lançando os germes do histórico. Ele é responsável por ensinar ao aluno como captar e valorizar a diversidade das fontes e dos pontos de vistas históricos, levando-o a reconstruir, por adução, o percurso da narrativa histórica. (SCHMIDT E CAINELLI, 2009, p. 34)

Partindo disso, deve ser dito que os tempos de outrora fornece elementos com o fim de se compreender o presente, muito ao contrário do jargão popular, que assevera que a história, em geral, é imutável e não possui nenhuma serventia. Lembre-se: a história é fruto da ação humana, e onde existe homem, existe história.

No estudo do homem, a história privilegia a existência humana no tempo. Ao vislumbrar o passado histórico, o homem possui claras condições de agir frente à realidade, fazendo-se entender que tal disciplina é uma necessidade humana e social, ensinando os homens a conviverem com as diferenças dos seus semelhantes.

Como dito, a história não é uma ciência imutável, e, devido a estas constantes transformações, tal ciência auxilia nas mudanças do homem, que através das informações históricas advindas do tempo, faz com que o cidadão aguce o seu senso critico sobre os acontecimentos sociais atuais.

Para isso, é imprescindível que o docente tenha um laço forte com o passado, permitindo que seus ensinamentos incentivem os discentes a raciocinarem de maneira critica, não só a sociedade em que vive, como também, pensar sobre a sua própria existência neste mundo.

Em epílogo, é importante aduzir que, o professor deverá ter ciência de que tudo, absolutamente tudo tem história ou sentido histórico, entendendo que, reconhecer e aplicar tal informação contribuirá muito para a formação crítica e no processo de humanização do aluno.

METODOLOGIA

A metodologia escolhida foi o método qualitativo, onde foram coletadas informações de importantes historiadores brasileiros e estrangeiros, pois havia amplo material disponível para o referente estudo, sendo utilizado como referencial bibliográfico, diversos livros e artigos.

Tal escolha se deu pelo fato de já ter trabalhado com a disciplina de história, utilizando alguns dos materiais bibliográficos em outros trabalhos, e pelo fato de ter intimidade com a matéria.