Roteiro de Estudos – História Econômica

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Os autores divergem em alguns pontos. Braudel possui uma visão mais geral sobre o diálogo entre religião, civilização e economia, ele aborda a usura em várias sociedades e tempos diferentes já Le Goff se restringe as relações entre Igreja Católica e a usura nos séculos XII e XIII. Le Goff também se atém muito aos detalhes e aos símbolos, voltando mais para o lado cultural do conflito. Braudel fala sobre o tempo que antes pertencia a Deus, e que com o tempo passa a ser pertencente aos homens, e que eles o controlam atrás da cobrança de juros. Le Goff trabalha com o símbolo da bolsa, e os símbolos, os sermões e as mudanças na forma de punição sobre a usura, e como ele rege o cotidiano das pessoas na Idade Média.

R2: Em “A bolsa e a vida” Jaques Le Goff enfatiza o papel dos judeus como usurários. Destaca ainda que eles foram perseguidos por grupos cristãos e por vezes foram associados a ratos e vampiros (símbolos). Principalmente os judeus foram considerados como ladrões do tempo. Para Braudel além dos judeus o papel dos muçulmanos do império Bizantino na pratica da usura também ganham destaque. Apesar de serem perseguidos pelos cristãos a relação desses grupos com a Europa cristã foi importante para o parto do capitalismo. Inclusive influenciando a partir do século XVI a formação de grupos protestantes como os Calvinistas

- A águia e o dragão. Comente sobre a Mundialização do século XVI destacando a importância do México e da China nesse processo.

Com o intuito de evitar reducionismos com uma história unilateral Gruzinsk escreve a águia e o dragão. A respeito do México simbolizado pela águia o autor demonstra que a relação dos ameríndios com os espanhóis foi marcada por trocas culturais e econômicas que infelizmente resultavam no choque de civilização. Tal conflito explica parcialmente o caráter predatório da dominação espanhola sobre o México. Em relação á China simbolizada pelo dragão o caráter negociador dos chineses é destacado. O choque de civilização só ocorre no século XIX e a resistência chinesa ao dominador explica em parte o seu atual desenvolvimento econômico.

- A Revolução Cultural dos anos 60 tem um caráter anti-colonial. Com base na leitura do texto de Jean Paul Sartre destaque 3 aspectos anticoloniais propostos por suas análises sobre a china que dialogam com a revolução cultural dos anos 60.

O Sentimento anticolonial marcou a história de Sartre e o seu livro Colonialismo e Neocolonialismo. O primeiro aspecto destacado pelo autor ao falar sobre a China é a astucia dos chineses está associada a virtude e não ao mal. Em segundo lugar destaca-se a critica ao exotismo dos homens amarelos. Em terceiro lugar a criação de uma ideia de China pitoresca (sem alma e sem lótus) teve como interesse facilitar o imperialismo europeu.