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A Sociedade Feudal

Por:   •  29/8/2018  •  3.105 Palavras (13 Páginas)  •  263 Visualizações

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Com isso, acabasse-se por desenrolar o parentesco artificial ou pseudoparentesco, o qual se caracteriza por uma relação familiar de poder, até o século XI família representa uma população de domínio, de acordo com historiadores denomina como Villa, ou seja, uma relação em que camponeses dependem de um senhor, portanto é aceitável a análise de acordo com o trecho do texto de Alain Guerreau, que a família na Alta Idade Média, não pode ser comparada com a atual devida a sua prática no âmbito territorial e não no sentido de parentesco biológico.

É uma relação de poder (sobre a terra e sobre os homens), não de direito (este supõe uma estrutura estatal). Não há conotação econômica no emprego das palavras, mas religiosa Afirma que no baixo império até a revolução industrial a Europa tinha vivido do trabalho de cultivadores E claro que existiam também homens cuja a atividade era essencialmente de produção ,embora não agrícola No âmbito da Europa feudal , há que relacionar fundamentalmente em termos de poder e não de direito A noção comum de direito resulta de uma prática legislativa, isto e de uma vontade consciente de atuar globalmente e uniformemente sobre as práticas sociais .Uma vez que o termo induz a noção de estruturas sociais abertamente fixadas e isoladas.

A primeira conclusão que se impõe nitidamente e que a relação de domínio ou seignorie era uma relação de poder visando indissoluvelmente homens e uma terra .todo o estudo deve partir dessa observação de base para estudar seguidamente as eventuais distinções que convém fazer , e nunca proceder em sentido inverso para daí chegar a de que possuidor de direitos reais eram mais ou menos o mesmo que o possuidor de direitos pessoais ;essa posição impede por natureza toda a compreensão do sistema feudal pode ser ainda avança se uma outra natureza da relação de domínio a ausência .Na Europa feudal da noção de camponês ,no sentido em que o habitante se entende Não há um termo exclusivo para designar os “camponeses”; eles são designados de acordo com o grau de fixação à terra (agricolae, villani, vicini, coloni, etc.); a ligação dos homens ao solo é o principal elemento das relações de produção feudais.

- A SOCIEDADE FEUDAL

Marc Bloch descreve um pouco sobre a vida nobre no começo de seu livro “A sociedade feudal”, dividindo-a em algumas partes.

A primeira delas é a guerra. Descrevendo inicialmente o retrato de um bom cavaleiro, segundo obras de imaginação ou crónicas, havia uma insistência nas suas qualidades de atleta, qualidades físicas. Porém, se tornavam diminutas sem a presença da coragem. O heroísmo dos cavaleiros é colocado mais a frente como alimentado por diversos elementos, tais como: descontração física; raiva desesperada; dedicação a um chefe ou causa; esperança nas recompensas do outro mundo. Em seguida, o autor fala da guerra como remédio para o tédio dos cavaleiros, como obrigação jurídica e também por ponto de honra. Mas era ainda, talvez, uma fonte de lucro. Além da generosidade dos grandes chefes aos vassalos, a guerra trazia consigo a boas pilhagens – que era o furto ou roubo de bens alheios como parte de uma vitória. Bloch também fala da guerra com um acessório natural que era a devastação das terras inimigas. Citando Girard Roussillon (poeta) e Henrique IV (imperador) o autor aponta significados de retorno a paz para: cavaleiros – receio do desprezo dos grandes que não terão mais necessidades deles, volta ao tédio; comerciantes e camponeses – volta ao trabalho, alimentação, à vida. Por fim, falando da concepção de guerra que para uns era como ponto de honra e para outros como fonte de renda, distingue a pequena sociedade das pessoas nobres.

Em seguida, temos a imagem do nobre em sua casa. Descrevendo a situação da Itália, Provença, Languedoc há a visão de pequenos povos agrupando-se em volta de uma cidade ou burgo, que mais tarde foi a capital, e mais adiante residência de poderosos. No século XIII, umas das características das nobrezas meridionais era a frequência em centros urbanos. Porém, pouco a pouco, o nobre começa a aparecer cada vez menos na vida urbana. Marc apresenta alguns motivos para o regresso ao campo como: o hábito, cada mais frequente, de remunerar os vassalos por meio de feudos; o enfraquecimento das obrigações feudais; até o gosto pelo ar natural do meio rural. A casa senhorial, em sua estrutura física, diferencia-se das outras ao redor não só pela sua melhor construção, mas também por estar organizada para a defesa. Característica que o autor diz ser tão antiga, entre os ricos, quanto os conflitos. O mais comum tipo dessa organização era a torre de madeira. Na pequena fortaleza senhorial eram claros a possível proteção e um abrigo, porém isso não excluía sua divisão desigual. Um vigia velava a torre todas as noites; mais abaixo, acotovelava-se em uma mistura confusa e desordenada um pequeno mundo de habitantes permanentes e passageiros; o barão vivia cercado de seguidores que o servia, o guardavam, etc.

Em relação as ocupações e distrações, Marc Bloch inicia falando da prática da jurisdição como uma rara ocupação pacífica ao cavaleiro e que na maior parte das vezes era feita para seus interesses. As distrações nobres tinham como marca o espírito guerreiro. A caça, uma delas, não era só uma distração mas também uma forma de alimentação dos ricos. Havia também os torneios que simulavam os combates, bem regulamentados proporcionavam prémios. Os amadores corriam o mundo em busca desses torneios, não só cavaleiros como também senhores de elevada categoria.

Naturalmente, uma classe como a nobreza marcada pelo delimitado género de vida e pela supremacia social acabou obtendo um código de conduta próprio. Foram em reuniões temporárias ou permanentes feitas em torno dos principais barões e reis que essas leis destacaram-se. Essas trocas humanas permitiram o progresso da sensibilidade moral que foi ligado à consolidação dos grandes principados/monarquias e a volta a vida social mais intensa. O novo código teve com pátria as cortes da França e da região do Mosa (francesa pela língua e pelos costumes). Bloch fala de uma sociedade que o mundanismo trouxe com sua aparição uma influência feminina. A mulher nobre se governava sua casa, governava também o feudo e muitas vezes com dureza. Um grande passo também foi dado em relação aos cavaleiros, que se fizeram também literatos. Até o século XIII eles se dedicaram a poesia lírica. Em relação a Igreja, esta impunha ascetismo aos seus membros e ordenava a união sexual ao casamento e à procriação aos leigos. Porém,

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