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A Globalização e Descoberta do "Novo Mundo"

Por:   •  24/6/2018  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  512 Visualizações

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Devido ao fato de a sociedade medieval possuir uma estrutura vertical e rigidamente definidas, as pessoas ficavam presas a determinadas ordens, e isso bloqueava o indivíduo, que ficava impossibilitado de alterar seu status social. As realizações e as inovações ficavam limitadas pela mentalidade de que tudo na vida dos homens dependia da vontade de Deus (teocentrismo).

Com o florescimento do comércio, o crescimento das cidades e a formação dos Estados nacionais, houve, na sociedade feudal, uma nova dinâmica. As ideias de lucro, enriquecimento e prosperidade contribuíram para o espírito de competição.

A burguesia estimulou o florescimento de uma nova cultura, já que ela poderia garantir um prestígio e uma posição compatível com o poder econômico que estava alcançando.

Dessa forma surge o humanismo.

“Iniciou-se assim um movimento, cujo objetivo era atualizar, dinamizar e revitalizar os estudos tradicionais, baseado no programa dos ‘studia humanitatis’ (estudos humanos), que incluíam a poesia, a filosofia, a história, a matemática e a eloquência, disciplina esta resultante da fusão entre a retórica e a filosofia. Assim, num sentido estrito, os humanistas eram, por definição, os homens empenhados nessa reforma educacional, baseada nos estudos humanitários” (SEVCENKO, Nicolau. Os humanistas: uma nova visão do mundo. In. O Renascimento. p, 14).

“Os humanistas, num gesto ousado, tendiam a considerar como mais perfeita e mais expressiva a cultura que havia surgido e se desenvolvido no seio do paganismo, antes do advento de Cristo” (SEVCENKO, Nicolau. Os humanistas: uma nova visão do mundo. In. O Renascimento. p, 15).

Consequentemente, durante o período do Renascimento Cultural houve grande desenvolvimento no campo das ciências. Pesquisas e descobertas científicas promoveram avanços em áreas como a Física, Astronomia, Matemática e a Medicina. Isso também provocou certas polêmicas, como a que Galileu Galilei fez ao dizer que a Terra não estava como o centro do universo.

Mas é importante observar que os renascentistas, fossem eles ligados às artes, literatura ou ciência, não estavam preocupados em negar a existência de Deus, mas, sim, em demonstrar a capacidade que o ser humano tem de conhecer as coisas por meio da razão. Um exemplo disso vem a ser citado no livro de Dan Brown, Anjos e Demônios. Robert Langdon, professor de iconografia religiosa e simbologia da Universidade de Havard, vai investigar a morte de um cientista e descobre que foram os Illuminati que ocasionaram a morte do cientista e ele ainda enaltece uma informação bastante peculiar:

“Ele mesmo. Galileu era um Illuminatus. E também um católico fervoroso. Tentou abrandar a posição da Igreja com relação à ciência proclamando que a ciência não prejudicava a noção da existência de Deus mas, ao contrário, reforçava-a. Escreveu certa vez que, quando olhava os planetas girando através de seu telescópio, conseguia ouvir a voz de Deus na música das esferas. Sustentava que a ciência e a religião não eram inimigas e sim aliadas, duas linguagens diferentes que contavam a mesma história, uma história de simetria e equilíbrio: céu e inferno, noite e dia, quente e frio, Deus e Satã. Tanto a ciência quanto a religião exultavam com a simetria de Deus, o infindável confronto da luz e das trevas.”

- A Reforma Protestante, ocorrida na Europa do século XVI, foi uma revolução espiritual que deixou em crise a unidade do cristianismo no mundo ocidental. Ressaltam-se, ainda, os interesses da burguesia, instaurada no final da Idade Média, que estavam presentes nessa “revolução religiosa”, pois a ela interessava limitar o poder da Igreja Católica, poder esse que tinha um caráter universal.

“As causas da reforma foram então mais profundas ‘que o desregramento de cônegos epicuristas ou os excessos de temperamento das feirinhas de Poissy’” (DELUMEAU, Jean. A Reforma: por quê? In. Nascimento e Afirmações da Reforma. p, 59).

“Se tantas pessoas na Europa, de níveis culturais e econômicos diferentes, optaram pela Reforma, foi por estater sido em primeiro lugar uma resposta religiosa a uma grande angústia coletiva” (DELUMEAU, Jean. A Reforma: por quê? In. Nascimento e Afirmações da Reforma. p, 60).

Dessa forma, as raízes dos movimentos reformistas religiosos devem ser buscadas na conjuntura da época. Mas não existiam apenas essas questões

Haviam problemas dentro da própria Igreja, como a luxúria, desvios e abusos cometidos contra a fé dos católicos.

“O horror religioso do pecado, a ausência quase completa da noção de ‘circunstâncias atenuantes’ provocam um agravamento da crueldade judiciária” (DELUMEAU, Jean. A Reforma: por quê? In. Nascimento e Afirmações da Reforma. p, 61).

“Na Bíblia, muitos humanistas procuravam e descobriam principalmente uma moral. Porém, os Cristãos angustiados do século XVI careciam antes de mais de uma fé (...) Só o abalo do cima protestante conduziu Roma a repensar sua teologia, a clarificar sua doutrina, a revalorizar o padre e os sacramentos” (DELUMEAU, Jean. A Reforma: por quê? In. Nascimento e Afirmações da Reforma. p, 83).

A Reforma, de certo modo, trouxe consequências importantes para o momento histórico em que vivia a Europa. Serviu para diminuir

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