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A Função Social da Escola - Faculdade Unopar

Por:   •  26/11/2018  •  1.717 Palavras (7 Páginas)  •  354 Visualizações

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Bueno, em seu artigo, apresenta uma concepção crítica da escola, trazendo em seu texto uma visão de transformação escolar, ressaltando que “a baixa qualidade de ensino no Brasil é fruto de políticas educacionais que, apesar do discurso democratizante, não privilegiaram a elevação da qualidade de ensino para todos, cujos problemas afetaram, de forma mais drástica, as escolas públicas que se voltaram ao atendimento de alunos oriundos das camadas populares. ”3 Na concepção critica a educação é vista como um fator de transformação social e sendo o ponto central para a construção das novas condições da vida humana, dando ao indivíduo, tanto a formação básica e a técnica, permitindo ao mesmo, escolher em qual papel melhor se enquadra na sociedade, divergindo da concepção positivista, onde o Estado é o responsável pela educação do indivíduo, levando-o a se adaptar e cumprir as regras estabelecidas, a fim de manter o status quo, para Bueno, “cada escola é uma instituição social ímpar, única, com características próprias, fruto de sua história e das relações sociais ali estabelecidas”, independente dos aspectos em comum que possuam, por pertencerem a um sistema de ensino, cada escola é única e isso reforça a concepção que cabe a essa escola o processo de se desenvolver a fim de se tornar um ambiente que estimule a formação do indivíduo como cidadão.

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Escola e o acesso a Cultura

Outra função da escola que contribui para a inclusão e desenvolvimento do indivíduo é o acesso à cultura e a criação de um espaço de socialização. Sabendo que os indivíduos não nascem portadores de cultura e que ela é aprendida no decorrer da vida, as vezes imposta pela sociedade onde esse indivíduo está inserido, o acesso à cultura, dentro do convívio escolar, permitirá que os indivíduos aprendam novas experiências, capacidades, habilidades, valores, símbolos, normas, hábitos e costumes, que lhes ajudará na socialização dentro da sociedade, respeitando as diferenças e proporcionando uma construção da cidadania.

Através do projeto político pedagógico a escola definira um percurso escolar de forma a distribuir nas disciplinas escolares esse conhecimento ao indivíduo, considerando as suas devidas particularidades e individualidade. Ao proporcionar o acesso à cultura, e criar um espaço de socialização aos indivíduos, a escola precisa se adaptar as devidas particularidades de cada aluno, sendo necessário adequações pedagógicas e de estrutura.

Segundo o último levantamento realizado pelo IDEB4, das 183.487 escolas (públicas e privadas) existentes no Brasil, apenas 26% (47.282 escolas) possuem dependências acessíveis aos portadores de deficiência, esses dados demostram que o pais avançou em inclusão social e de pessoas com necessidades especiais, porém ainda há muito a fazer. O ensino de História é uma das disciplinas que contribui ativamente para o acesso à cultura, levando em conta que se discute os acontecimentos ocorridos nas mais diversas regiões e eras.

Nas escolas da minha região5 o incentivo o acesso á cultura e o espaço social tem transformado a vida de muitos indivíduos, através de músicas, teatros, trabalhos artesanais e práticas esportivas a escola tem procurado proporcionar aos alunos novas experiências, além de se preocupar com ações realizadas em conjunto com a comunidade, criando um relacionamento mais próximo, através de cursos, palestras e práticas esportivas. Frequentemente são abordados temas sobre a violência, uso abusivo de drogas, racismo, bullying, sexualidade, gravidez na adolescência e meio ambiente, mas deixa a desejar em temas como conflitos religiosos, desigualdades sociais, machismo e homofobia. Temas que, se não orientados, são agentes causadores de exclusão social e preconceito.

Através dos projetos políticos pedagógicos, que em sua maior parte, são construídos por professores, pais, servidores, estudantes e o gestor escolar, a escola tem procurado desenvolver formas de atuarem nesses temas, para combater a exclusão e o preconceito existente.

Já no atendimento as pessoas com necessidades especiais, as escolas, possuem apenas condições mínimas, sendo que, não possuem adaptações necessárias a acessibilidade, aprendizagem e adaptações para pessoas com deficiências visuais, físicas, auditivas ou intelectual, gerando grande exclusão destes na educação regular, seja pelo pouco investimento em reformas a fim de receber pessoas com necessidades especiais de ensino ou ainda pela falta de profissionais qualificados para atender as necessidades desses indivíduos.

“...os sistemas de ensino, não estão preparados para acolher todos, acabam realmente excluindo os casos que por sua complexidade, não tem condições de atender, eximindo-se, a escola e os professores do trabalho de pesquisa e soluções mais apropriada. ” 6 Ribeiro, 2003, p.47.

Essa afirmação reflete muito a realidade encontrada na minha região, onde, muita das vezes, os pais e responsáveis de uma pessoa com necessidade especial necessitam recorrer a seus direitos constitucionais, para que seus filhos/dependentes possam cursar o ensino em classes regulares. A APAE7 local, que desempenhava um papel importante na luta pelo direito da pessoa com necessidade especial de 0 a maiores de 18 anos, teve que remanejar todas as suas atividades, deixando o atendimento da pessoa com necessidades especiais menor de 18 anos a cargo do município, devido à falta de recursos para manter os atendimentos.

Assim a escola local evoluiu, tem buscado oferecer acesso á cultura e criado um espaço social para seus indivíduos, porém os desafios permanecem e ainda há muito a fazer para se proporcionar a inclusão dos grupos menos favorecidos, oferecer um ensino de qualidade e de inclusivo.

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CONCLUSÃO

A escola se tornou muito mais que um local de transmissão de conhecimento. Hoje a formação do cidadão, a inclusão social, o acesso à cultura e a responsabilidade de construir pensadores, fazem da escola uma instituição de grande importância nas fases básicas do ensino de um indivíduo. Esse desafio faz com que olhemos para a escola com uma visão crítica, transformando a visão engessada e segregada da escola em um universo de relacionamento social. Para que a inclusão aconteça deve ser garantida a aprendizagem de qualidade a todos os alunos, respeitando suas limitações e individualidade, para isso, é preciso

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