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A Educação, a Socialização e a Cultura Como Processos Sociais

Por:   •  5/3/2018  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  424 Visualizações

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O autor direciona sua obra para a educação brasileira, ele expõe que a realidade da educação brasileira não segue o que é afirmado nas leis do país, pois, segundo ele, não existem liberdade e igualdade na doutrina educacional nacional graças aos interesses políticos e econômicos de pessoas que se beneficiam pela manutenção do sistema.

Afirma que a educação precisa ser analisada a partir da vida real dos indivíduos e que os políticos precisam ter consciência social e assumir a responsabilidade e o compromisso com a educação de acordo com as necessidades apresentadas junto a cada grupo em meio ao seu contexto social.

Contudo enfatiza que a educação apesar de apresentar as desigualdades na sociedade é passiva de ser reorganizada e este processo pode ser reclamado através de grupos de movimentos populares, associações de trabalhadores, sindicatos e outros que se identifiquem com o progresso e evolução da educação brasileira.

Referência: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 28 ed., 1993.

Relatório 3 – Paulo Freire

Muito mais do que o docente transmite de saber aos discentes, a educação se encaminha, pois é exposto em tudo o que se é vivenciado e aprendido ao decorrer da vida, ou seja, pode se educar fora da sala de aula, pois aprender e ensinar faz parte do convívio social.

O docente pode mostrar uma didática igualitária e democrática, pois há uma dualidade nas instituições de ensino pública e particular existindo preconceito e divisão entre as classes sociais, e tudo isso ocorre, muitas vezes, por essa influência de que a educação do rico deve ser melhor do que a do pobre. Daí surge o conceito da educação como um ato político, sendo ele identificado pela inclusão de pessoas de classes, raças, gêneros e estilos de vida diferentes.

O docente precisa assumir em seu ofício a responsabilidade social de sua prática, pois não há uma educação sem uma política, ou seja, ele precisa impor suas metas propostas, e dar a liberdade para o aluno poder questionar ou expressar o que entendeu sobre o conteúdo, de acordo com seu modo de compreensão e estar aberto para aceitar esse novo olhar no que tange a transmitir e compreender o saber.

Urge assim, a necessidade de que o discente reflita e compreenda sua própria realidade e quando ele a compreende é capaz de transformá-la e multiplica-la por mais saberes.

Paulo Freire condena o padrão de educação onde somente o docente fala e o aluno escuta, asseverando essas graves atitudes padrão, cometidas no ensino/aprendizagem nas escolas, enfatiza que esses conceitos padrões são formas veladas de intoxicar e reter os alunos a uma busca constante pelo saber e barra-los de transformar tudo em sua volta.

Freire defende que a transformação está na busca do saber e esta pode ser achada quando há o reconhecimento da troca de experiências e a humildade para encarar o novo, seja na educação ou convivência social, o que se torna passivo de saborear grandes e históricas mudanças.

Referência: Freire, Paulo, 1921 – 1997 Política e educação: ensaios / Paulo Freire. – 5. ed - São Paulo, Cortez, 2001. (Coleção Questões de Nossa Época; v.23)

Texto sobre a compreensão das três leituras, inserindo a visão artística do filme “O garoto selvagem” de François Truffault (1970)

Sabemos que o homem da atualidade apresenta diversos tipos de formas de comportamento aos mais diversos tipos de situações, sendo a sua cultura e seus instintos os responsáveis por guia-lo em suas ações. É necessário se estabelecer que existe um tipo de forma de se comportar na qual todos os animais (incluindo-se os seres humanos) seguem. Trata-se do instinto, cujos principais objetivos podem ser a própria sobrevivência de um organismo, a reprodução e a perpetuação da espécie. Se alimentar, por exemplo, é um ato instintivo que o homem segue. Dá o nome de “estado natural do homem”, a forma como este se comportava antes da criação de uma sociedade civil. Porém, a espécie humana possui uma característica que nenhum outro animal tem: possuir um sistema nervoso muito mais desenvolvido que o das demais espécies, o que a torna capaz de fazer uso da razão e da lógica. Esta característica é aquela que deu e continua dando origem aos mais variados tipos de culturas, uma vez que, devido a ela, o ser humano começa a atribuir valores abstratos a objetos, comportamentos e até os fenômenos naturais, tal como a característica de algumas culturas possuírem deuses que representam a chuva ou até mesmo a risada, um gesto tipicamente humano e cultural.

O que se objetivou estudar com a observação e análise deste filme em conjunto com as obras abordadas foi justamente os períodos nos quais um ser humano, que se encontra em estado natural, ou seja, apenas agindo de forma instintiva, entra em contato com uma sociedade civil complexa do ponto de vista cultural e com normas e costumes que este indivíduo nunca antes seguiu ou teve. O filme “O Menino Selvagem” aborda um fato real ocorrido na França no final do século 18.

Neste filme, um menino com traços e comportamentos semelhantes aos que os macacos possuem é apanhado em uma floresta por três caçadores e levado para posterior estudo e até inserção dentro da cultura francesa da época. Segue uma lista de momentos deste filme, onde ocorre este tipo de contato.

- Ao chegar à casa do pesquisador que pede para levar o menino de um instituto de surdos-mudos para sua casa com o objetivo de educá-lo, o menino selvagem é posto para subir uma escada de pé e tem suas unhas e cabelos cortados, traços que apenas existem dentro de um contexto cultural.

- O pesquisador e sua ajudante dão um banho no menino e também tentam o ensinar a sentar-se a mesa e a jantar, como se é feito nos dias atuais (com talheres, pratos, etc.)

- Também é ensinado ao menino a usar sapatos e roupas. Um teste é feito com o mesmo no qual ele é posto pelado em uma sala fria e se espera até que ele vista as roupas por conta própria.

- Outra característica apenas humana e, portanto, cultural, aparece ao longo do filme. O pesquisador e sua ajudante pensam em dar um nome ao menino selvagem, que passa a se chamar Victor.

- Victor também aprende traços que apenas os humanos desenvolveram tal como o choro e a rir.

- Por fim, a característica que para mim é a mais marcante do filme, são todos os momentos onde o pesquisador tenta ensinar Victor a reconhecer sons e, posteriormente, ler

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