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A CONQUISTA E TRANSFORMAÇÃO DA MEMÓRIA INDÍGENA

Por:   •  16/5/2018  •  1.436 Palavras (6 Páginas)  •  427 Visualizações

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conquistadores. Com isso deu a distinção das classe entre indígenas, brancos e mestiços.

Destruição e reorganização das comunidades indígenas

Segundo Florescano ouve a criação das repúblicas de índios em que os separava das sociedades de forma territorial, jurídica e econômica. Os índios foram obrigados a residir em bairros especiais, eram separados dos brancos e mestiços. Essa ampla segregação estimulou a formação de uma memória reduzida ao âmbito local.

A partir disso vieram uma série de catástrofes demográficas que foi de 1545 a 1588. As populações estavam dispersas entre si o que acabou acarretando o desaparecimento de milhões de indígenas e os campos tornaram-se incultos.

Com isso, o vice-rei Velasco(1550-1564) na tentativa de resolver, decidiu concentrar todos os índios em aldeias organizadas nas formas coloniais, isto é, no centro a Igreja Cristã e em volta a população. Desta forma, os índios se viram obrigados a deixares suas terras onde viviam protegidos pelos seus deuses, onde estavam suas divindades e seus ancestrais. Todas essas mudanças provocaram um grande dezenraizamento e mudança de vida.

Segundo o autor, essa remoção da população indígena é o ato mais violento que se têm da história do México. Dessa forma, o único jeito que os indígenas encontraram para continuar suas práticas cerimoniais ritualísticas foram se reinventando através dos ritos dos espanhóis. Para relatar a história dos indígenas, historiadores encontram grandes dificuldades devido também aos períodos históricos em que essas está descrita, pois eles tiveram que alimentar sua história na maioria das vezes através da forma oral e como o próprio autor coloca “é difícil compreender a história quando não temos um olhar indígena”. Segundo Florescano, há muitos estudiosos que colocam as escrituras dos indígenas como falsas e a rítica que o autor faz é que estes não tiveram recursos e nem direitos de expor seu passado do seu ponto de vista.

O fato dos colonizadores terem destruído todos os deuses dos indígenas e depois os tê-los convertido é o que o autor vais tratar como extirpação.

A reconstrução histórica elaborada pela nobreza indígena e seus descendentes mestiços.

Segundo Florescano o único grupo que conseguiu conservar sua memória foi um pequeno grupo de índios principais que colaboraram com a conquista (Tlascoltecas, Texcocanos, Cholultecas, etc). Defnde que é através desse grupo que temos a nossa literatura histórica, pois adaptaram sua memória junto às tradições europeias. Suas alianças juntos aos espanhóis é que permitiram conservar esse passado, mas lhes obrigou a utilizar técnicas e estilo historiográfico espanhol para transmiti-las.

Quando houve a colonização nessas comunidades, os nobres indígenas exigiam documentação escrita em que comprovasse as pretensões dos espanhóis na colonização.

O autor cita alguns exemplos como o índio Chimalpahim que estudou em um colégio espanhol. Esse juntou todas as pictografias do seu povo e traduziu em nauatle e também para a língua castelhana. Essa conversão de antigos ideogramas em letra escrita marca um momento crucial na história da aculturação e dominação desses povos.

Florescano cita três autores descendentes por linha materna de governantes indígenas e que tiveram pais espanhóis. Ambos escrevem relatos de sua região e o seu grupo étnico, no entanto a literatura possui modelo e estilo da literatura europeia. Esses tês últimos ao contrário de Chimalpahim, não escreve fielmente ao modelo indígena. Isto é, para o autor, os modelos usados por esse indicam que eles haviam deixado de compreender os valores indígenas e que pensavam e julgavam os índios pelos valores do conquistador.

Um outro processo de aculturação citado por Florescano foi o fato dos governates deTlaxcala, seguindo a tradição histórica indígena, fizeram pintar em 1550, um conjunto de quadros alegóricos do descobrimento e da conquista que transmitiam a mensagem da dominação. Ou seja, a história universal e a história da Nova Espanha, expressadas na velha tradição pictórica indígena, mas transmitindo a mensagem da conquista espanhola.

Nas obras dos três escritores citados anteriormente, todos exemplificaram um processo de desindiginização de perdas das categorias e dos valores indígenas para interpretar o desenvolvimento histórico e a sociedade indígena. Em nenhuma são utilizadas categorias indígenas para interpretar e medir o tempo histórico, características das antigas pictografias e tradições que serviam de fontes para todos estes relatos.

REFERÊNCIA:

FLORESCANO, Enrique. A conquista e a transformação da memória indígena.

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