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A Conquista Espanhola

Por:   •  22/2/2018  •  1.571 Palavras (7 Páginas)  •  365 Visualizações

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- A primeira fase (1532 a 1536) é iniciada pela prisão de Atahualpa em Cajamarca pelo espanhól Francisco Pizarro, com a morte de milhares de incas, sendo finalizada pela rebelião do líder inca Manco Capac (este líder foi eleito pelos castelhanos, e ao perceber suas segunda inteções rebela-se, sendo assassinado enquanto Atahualpa estava preso).

- A segunda fase (1536 a 1555) é caracterizada pelo combate à rebelião do Manco Capac por Diego Almagro, por épocas de paz e guerra e pelo conflito civíl entre os seguidores do Almagro e os seguidores de Pizarro. Nesta fase podemos inserir as alianças dos povos vizinhos com os espanhóis, pois viam a queda do império inca como um pretexto para o aumento de autonomia e aparato estatal.

- A terceira fase (1555 a 1572) é caracterizada pela consolidação do poder castelhano e pelo início da exploração de prata, no qual os indígenas eram utilizados nas minas e que causou muitas rebeliões. Apesar da contínua resistência inca, Titu Cusi em 1567, tentou estabelecer um acordo de paz com os castelhanos, porém com a sua morte em 1571, seu irmão Tupac Amaru foi executado em Cuzco por sua rebelião em 1572.

Nesta Conquista, os espanhóis desejavam extrair prata da região e mais uma vez aumentar a conversão de fiéis cristãos, porém neste caso os povos da região dos Andes não desejavam se aliar ao castelhanos, uma vez que viam a guerra entre eles e os incas como uma possibilidade dominar posteriormente a situação que viviam. Podemos adicionar como uma divergência entre as conquistas, o fato de que os aliados nativos não se sentiam vitoriosos como os mexicas, uma vez que as regiões antes dominadas pelos incas sofreram caos econômico e social (causados pelo regime de trabalho e tributos intensos).

Na Conquista Espanhola tanto da Mesoamérica quanto do Império Inca a força utilizada não era restrita aos castelhanos, uma vez que os aliados nativos estavam em quantidades muito maiores. Os indígenas que andavam com os espanhóis ocupavam cargos de carregadores, soldados e auxiliares de tudo e estavam armados com mosquetes, machados, arcos e flechas. Esses indígenas poderiam ser homens livres quando eram "voluntários" para acompanhar os hispânicos, já aqueles que não prestavam os tributos e se recusavam a participar da mao-de-obra se tornavam escravos[7]. Porém o que não é mostrado nem no livro didático nem nos textos do Eduardo Santos é que os africanos também tiveram suma importância nesta área.

Os escravos africanos estavam em quantidades menores que os nativos, uma vez que eles provinham do tráfico de escravos transatlântico e eram portanto caros. Outra diferença é que os escravos africanos tinham um reconhecimento entre os espanhóis devido aos fatores: de os escravos servirem a séculos, da maioria dos africanos serem escravos de guerra e portanto possuir uma experiência bélica prévia e para adquirir sua liberdade eles deveriam desenvolver suas habilidades marciais. Os cargos (esteriotipados) ocupados pelos africanos e mulatos eram: pregoeiro público ou municipal, chefe de polícia, leiloeiro, carrasco, tocador de gaita-de-foles, mestre de pesos e medidas e porteiro (aquele que convocava os conselheiros municipais espanhóis, preparava mesas e cadeiras e montava guarda na porta durante as reuniões). [8]

Podemos fazer uma comparação da forma como as fontes abordam o tema da Conquista Espanhola. No caso do livro didático, o tema é abordado sob uma visão hispânica, na qual os conquistadores espanhóis são supervalorizados e informações são omitidas para que a ilusão de que o exército espanhól era forte e grande o suficiente fosse mantida: "Levava consigo mais de 600 homens, 32 cavalos e dez canhões..." (Livro História em Movimento2; AZEVEDO; SERIACOPI; 2. ed. – São Paulo: Ática, 2013 ;p. 28)

Já nos os textos de Eduardo Santos há a presença frequente da superioridade quantitativa dos aliados nativos em comparação ao exército castelhano (demonstrando de certa forma sua inferioridade militar): "A expedição adentra a região do vale do México por Chalco, onde estabelece uma outra aliança, e chega a México-Tenochtitlan com cerca de 10 mil indígenas (sobretudo totonacas e tlaxcaltecas) e 500 espanhóis em novembro de 1519." (SANTOS, Eduardo; Conquista do México ou queda de México-Tenochtitlan?; p 5)

Outro ponto percebido é a forma estrutural como o livro didático apresenta o texto: utilizando-se de verbos ativos para os espanhóis e verbos passivos para os nativos além do uso de palavras como "apenas" e "subjulgados", demonstrando assim uma visão de que os nativos traziam consigo uma inferioridade tanto intelectual como militar.

Em contraposto, os textos do Eduardo Santos, trazem muitas informações que antes foram omitidas pelo livro didático, permitindo uma visão nativa sobre o tema, como:

Onde são aguardados por Moctezuma e seu séquito e convidados a entrar na cidade. Em seguida, notícias de conflitos entre um aliado mexica (Cuauhpopoca, senhor de Nauhtlan) e os totonacas e castelhanos (chefiados pelo capitão Escalante) chegam a México-Tenochtitlan. Moctezuma ordena a prisão de Cuauhpopoca,

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