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Zimbábue - Análise Geopololítica e Economica

Por:   •  30/3/2018  •  10.439 Palavras (42 Páginas)  •  253 Visualizações

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O Lago Kariba se faz igualmente importante para o país já que comporta uma enorme barragem que serve tanto ao Zimbábue quanto à Zâmbia, além de ser uma grande fonte de peixes e vida selvagem. (COUNTRIESQUEST, 2016)

O Zimbábue possui 20 Km³ de recursos renováveis aquáticos e a retirada de água totaliza 4,21 Km³ por ano no total, sendo 333,5 m³ por ano per capita. (CIA, 2012)

Por fim, o clima do país é moderado de altitude, influenciado pela maritimidade do Canal de Moçambique, pela alta pressão continental e pelas voláteis, quentes e úmidas condições da zona de convergência intertropical. Três estações distintas são discerníveis. A estação quente-seco, que começa em meados de setembro e dura até janeiro, é seguida por uma estação chuvosa quente caracterizada por tempestades desde o início das chuvas até março/abril. A estação seca e quente, marcada por dias ensolarados e quentes, noites frias e alta evapotranspiração, dura de abril a setembro. A umidade ( que de 20% em setembro passa para 80% em janeiro) depende, principalmente, da época e da hora do dia. Na maioria dos lugares a temperatura do ar varia dentro do intervalo de subtropical/temperado de 10°C à 28°C. O conforto climático é grande na maior parte do país, exceto durante o mês de outubro, que é extremamente quente, porém não tanto nos planaltos orientais. (FAO UN, 2014)

Aspectos socioeconômicos

A República do Zimbábue hoje é um regime republicano presidencial completo, com um presidente executivo e um parlamento que possui duas câmaras. O atual presidente é Robert Mugabe, que foi eleito como primeiro-ministro em 1980 pelo partido UNZA, mas se tornou presidente com uma mudança na constituição em 1987. A capital do país é a cidade de Harare, que conta com uma população de 1.542.813 habitantes, sendo a cidade mais populosa, seguida por Bulawayo (699.385) e Chitungwiza (341.360). (CIA, 2016 e GEONAMES, 2016)

A população total é de 15.602.751, sendo que 99,4% dessa população é africana, predominantemente dos grupos Shona e Ndebele. A minoria étnica do país é composta por zimbabuanos brancos, que são, em sua grande maioria, de origem britânica, mas também grega, portuguesa, francesa e holandesa. O número de população branca está a decair desde de 1975, que de 278 mil habitantes passa a 120 mil em 1999, e foi estimado em não mais que 50 mil em 2002. O último censo do país lista esse grupo em 28.782 habitantes, ou seja, cerca de 0,22% da população total. (CENSUS, 2012 e CIA, 2016 e U.S DEPARTAMENT OF STATE, 2007 e IBGE, 2015)

No país são reconhecidas 16 línguas, sendo a língua inglesa a oficial enquanto as línguas Shona e Ndebele são as principais línguas indígenas, com outras 13 minoritárias: Venda, Tonga, Shangaan, Kalanga, Sotho, Ndau, Chewa, Chibarwe, Koisan, Tswana, Xhosa, Nambya e linguagem de sinais. Essa última se encontra nos termos da Constituição do país, porém é caracterizada como aquela que oferece pouca clareza . (CIA, 2016 e ZIMBABWETOURISM, 2015)

Cerca de 93% dos zimbabuanos são cristãos e 62% da população frequenta serviços religiosos regularmente. O maior segmento cristão é o protestantismo, sendo praticado por 75,9% da população, sendo seguido pela Igreja Católica Romana, com 8,4% de adeptos. Cultos tradicionais ancestrais e muçulmanos compõe 1,2% da população e 6,1% não declaram religião. (CIA, 2016 e U.S DEPARTAMENT OF STATE, 2007)

Hoje no Zimbábue, cerca de 32,5% da população reside em áreas urbanas enquanto 67,5% reside em área rurais e sua densidade demográfica é 40,3 hab./km². A pirâmide etária do país pode ser classificada como pirâmide jovem, logo temos que 37,88% da população está entre 0 e 14 anos; 21,65% da população está entre 15 e 24 anos; 33,4% da população está entre 25 e 54 anos; 3,57% da população está entre 55 e 64 anos e 3,49% possui 65 anos ou mais. Isso implica análises nas taxas de fertilidade, nascimento e mortandade do país, além da expectativa de vida. Para a primeira tem-se uma taxa de 3.5 filhos por mulher; para a segunda tem-se uma taxa de 32,26 nascimentos a cada 1000 habitantes; para a terceira uma taxa de 10.13 mortes a cada 1000 habitantes e para a última, a estimativa é de 56 anos para homens e 60 anos para mulheres. (CIA, 2016 e WHO, 2013 e ZIMSTATE, 2012 e PNUD, 2014)

É preciso porém abrir um parênteses para a taxa de mortalidade no país, que é elevada devido aos casos de AIDS que assolam a população. Entre as causas de morte abaixo dos 5 anos tem-se que 16% das mortes são por prematuridade, 14% por complicações respiratórias, 14% por asfixia no parto e 9% por AIDS. Já para os adultos, o HIV/AIDS é a causa número um de mortes, matando 64.000 pessoas em 2014, segundo estimativas do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). O Zimbábue é o quinto país com as maiores taxas de HIV/AIDS na África Subsaariana, e sua população afetada corresponde a 4% to total global de casos. Estimativas desse mesmo órgão apontaram que 1.600.000 pessoas vivem com HIV/AIDS na região, incluindo 170 mil crianças, e que a prevalência está em homens entre 15 e 49 anos, 1.400.000, contra 830.000 mulheres. Em combinação com a Organização Mundial da Saúde, que possui um escritório em Harare, o governo do país desenvolve o Plano Nacional do Zimbábue para HIV/AIDS, que funciona desde 2011. Esse plano procura focar-se na prevenção de novos casos da doença, e assim atua prevenindo infecções via uterina, oferecendo circuncisão masculina, divulgando melhor a doença e a explicando, oferecendo proteção para as relações sexuais. O último relatório divulgado pela OMS em 2015 mostra que as os números de infectados estão crescendo a taxas cada vez menores, e que as orientações no país estão surtindo efeito. (UNAIDS, 2015 e WHO, 2015 e AVERT, 2015)

No ultimo relatório do PNUD, o IDH do Zimbábue permaneceu na classificação de baixo desenvolvimento, 0,509, apesar de apresentar uma melhora relativa a 2014, que foi de 0,492. Com altas no IDH desde 2010, a saber: 0.459 para esse mesmo ano; 0,473 para 2011; 0,484 para 2012 e 0,492 para 2013, o governo do país mascara a situação da educação até os dias atuais. Em 2008 os professores de várias escolas espalhadas pelo Zimbábue, entraram em uma greve reivindicando melhores salários , melhores condições de trabalho e alegando violência política pois se colocavam contra os resultados eleitorais daquele ano. A hostilidade do presidente, Robert Mugabe, para com os professores impediu que as crianças pudessem assistir as aulas, principalmente nas áreas rurais e semi-rurais do país. Nestes locais o partido do presidente, ZUNA,

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