História Econômica do Brasil
Por: Lidieisa • 19/10/2017 • 3.106 Palavras (13 Páginas) • 481 Visualizações
...
Resposta Fundamental: No plano Trienal que era o Plano de Celso Furtado, a ideia era criar as bases para o desenvolvimento econômico, essa ideia só veio a ser implementada com o PAEG. O Plano trienal levantou quais eram as necessidades em termos de base do setor produtivo e o PAEG pois em prática.
- Os elementos característicos do Milagre Econômico Brasileiro e as versões alternativas sobre o fim desse período;
Em 1973, a economia brasileira, de fato, apresentava sinais de que não conseguiria sustentar taxas de crescimento médio anual superior a 10% (em 1973 o PIB expandiu mais de 14%). Dentre estes sinais incluem-se:
1) os elevados níveis de utilização de capacidade instalada;
2) a aceleração da inflação; e
3) o crescimento do déficit de transações correntes, em virtude do aumento do preço do petróleo, mas, sobretudo, devido ao crescimento das importações de bens de capital.
O período da História do Brasil entre os anos de 1969 e 1973 foi marcado por forte crescimento da economia. Nesta época o Brasil era uma Ditadura Militar, governado pelo general Médici. O termo “milagre” está relacionado com este rápido e excepcional crescimento econômico pelo qual passou o Brasil neste período. Este crescimento foi alavancado pelo PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) implantado em 1964, durante o governo de Castelo Branco.
Foram uma série de reformas que tinham como objetivo a criação de um novo esquema não inflacionário de financiamento e acumulação de capital – Reforma tributária, fiscal, da política tarifária: criação de mecanismos de financiamento do gasto público.
Aspectos positivos:
- Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 7% e 13% ao ano;
- Melhorais significativas na infraestrutura do país;
- Aumento do nível de emprego proporcionado, principalmente, pelos investimentos nos setores de infraestrutura e indústria.
- Significativo desenvolvimento industrial, alavancado pelos investimentos nos setores de siderurgia, geração de eletricidade e indústria petroquímica. O setor foi puxado, principalmente, pelo crescimento e fortalecimento das empresas estatais.
Aspectos negativos:
- Inflação elevada. No período, a inflação ficou entre 15% e 20% ao ano.
- Aumento da dívida externa. O desenvolvimento econômico foi bancado, principalmente, com empréstimos no exterior. Esta dívida prejudicou o desenvolvimento do Brasil nos anos futuros, pois criou uma dependência com relação aos credores e ao FMI (Fundo Monetário Internacional), além de comprometer uma significativa fatia do orçamento para pagamento de juros da dívida.
- Embora a economia tenha crescido consideravelmente, não houve distribuição de renda e, portanto, aumentou ainda mais as desigualdades sociais no país com o aumento da concentração de renda nas mãos dos mais ricos e esvaziamento dos sindicatos, redução dos salários etc.
Existem alguns motivos para o fim dos “anos dourados” do capitalismo, tais como:
1)Choque do petróleo.
Em 1973, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) provocou uma forte contração da oferta de petróleo em reação ao apoio dos EUA a Israel durante a Guerra do Yom Kippur. Até então barato, o petróleo teve seu preço mais do que triplicado em poucos meses. O setor industrial brasileiro era muito dependente do diesel. Como a produção de petróleo no Brasil era muito pequena, e precisávamos importar quase tudo, houve um grande impacto nas contas brasileiras. A dívida externa e a inflação dispararam e o país não conseguiu manter o mesmo ritmo de crescimento. A inflação aumentou muito e o crescimento da economia foi reduzido à metade do período do milagre. O déficit da balança comercial ultrapassou os US$ 4 bilhões.
2)Versão alternativa!! A Economia Brasileira já estava vivendo um problema de superprodução, superoferta, portanto o milagre se encerraria mesmo se não houvesse o choque.
- A estratégia de crescimento adotada em 1974 e o desempenho da economia brasileira na primeira década de 1980;
Em 1974- Governo do General Geisel, o cenário era a tentativa de combater à inflação e o desequilíbrio nas contas externas e a busca pela continuidade do crescimento econômico.
ll PND foi a tentativa de superar os desequilíbrios setoriais.
Ampliou a produção interna de petróleo, para prover energia à indústria, expandiu a geração de energia elétrica (construção Itaipu e Angra), expandiu a produção de insumos industriais, como aço, petroquímicos, metais não ferrosos. Fez projetos de expansão da infraestrutura como ferrovia e rodovias, expandiu o setor de mecânica pesada, protegeu a indústria nacional.
O objetivo era atingir a meta de prioridade que era o crescimento, mudando a base industrial. Tinha como estratégia manter o desenvolvimento em plena crise internacional.
Portanto o governo adotou acelerar o processo de crescimento por meio da internalização da produção de equipamentos, de insumos industriais e de energia. E isso levou o aumento do endividamento externo.
O governo Figueiredo em 1979 irá coincidir com o segundo choque do petróleo, o brasil no período vai adotar políticas expansivas para minimizar os efeitos da crise internacional.
Os EUA colocaram altas taxas de juros sufocando os tomadores de empréstimos. Houve então a diminuição dos fluxos de comércio internacional.
Grave crise econômica na América Latina.
O modelo de ajuste proposto pelo FMI era de desvalorização cambial, controle da oferta monetária, controle de salários para reduzir demanda interna e geral excedentes exportáveis, alinhamento dos preços internos aos padrões internacionais, realinhar os preços das tarifas públicas com o objetivo de aumentar a arrecadação e elevação dos impostos internos. O processo de renegociação da dívida foi um fardo para os economistas dos países devedores: explosão inflacionária, aumento da dívida interna, descontrole orçamentário.
Diante do choque do petróleo, em 1973, existiam duas possibilidades: financiamento
...