A Problemática do Conhecimento (Resumo)

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do uso da intuição, acidentes, “chutes” etc. De fato, não há uma linha de pensamento lógico para se fazer descobertas. Mas deve-se haver um método para se testar as conjecturas, as teorias e as hipóteses, chamado de contexto da justificação. Assim podemos concluir que as teorias são conjecturas se apresentam como estruturas que fornecem explicações tanto para as regularidades como para as irregularidades da natureza.

Resumo descritivo:

(Do livro: “metodologia científica, fundamentos e técnicas, construindo o saber. Maria Cecília M. de Carvalho (org.), Campinas: Editora Papirus, 1994, pág 13 a 28)

As imposições advindas da necessidade prática da existência foram as principais causas da busca do saber. Muitos povos da Antiguidade desenvolveram diferentes formas de saber. Destaque para os egípcios, romanos e os gregos. A forma de reflexão pela intuição se destacou pela possibilidade de gerar teorias unitárias e desvincular o saber racional do saber mítico. Na escola platônica, a Academia, se desenvolveu a dialética – significava o rompimento com o senso comum ou a tentativa. Realizada em um diálogo onde leva a reconhecer as contradições e incoerências de suas crenças, o pensamento comum é questionado e criticado até que os temas apareçam despidos dos preconceitos e valorações comuns. Já Aristóteles se distanciava desta doutrina e a criticava por sua negatividade, por sua incapacidade de criar conhecimentos positivos. Adotando a doutrina de que as formas só subsistem na matéria e é por essas estas que obtemos aquelas. A existência das formas, para Aristóteles, é uma “realidade materializada” que não pode ser entendida senão pelo estudo das coisas concretas. Opinião versus ciência, as opiniões são ditas por todos e a qualquer momento sem que haja argumentos concretos para comprová-los. Essas opiniões são adquiridas da enorme quantidade de informações que absorvemos através do senso comum - conjunto de informações que aprendemos formalmente, informalmente e inconscientemente por fragmentos de fatos históricos, doutrinas religiosas, lendas, princípios ideológicos e experiência pessoal. As teorias científicas são construídas a partir do senso comum, a qual precisam se distanciar das valorações e opiniões, gerando um conhecimento racional, argumentativo e coerente. Numa teoria de senso comum, os conceitos podem ser vagos, mas numa teoria científica os conceitos devem ter significados e precisam ter conceitos precisamente definidos, que formem estruturas fechadas de conceitos. As teorias científicas se apresentam como estruturas, que fornecem explicações para as regularidades e irregularidades da natureza.