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RESENHA DO TEXTO: IDEOLOGIAS GEOGRÁFICAS E PROJETOS NACIONAIS NO BRASIL

Por:   •  30/10/2018  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  479 Visualizações

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A consolidação da emancipação política levou as elites brasileiras a criarem e instalarem o novo estado, em um contexto de formação nacional que dispunham de um vasto território que precisava ser ocupado, pelo progresso de um estado em construção, porém com uma pequena parcela de população e profundamente carregada pela vigência da escravidão, gerou dificuldades que fizeram abandonar a construção da nacionalidade devido a população disponível não se juntar a nação conforme modelos identitários, tendo de imediato a tomar forma uma nova concepção que vai identificar o pais não como uma sociedade e sim como território.

De maneira que essa concepção com base nas políticas do novo estado, tendo a controlar a terra e o trabalho e expandir fisicamente a economia, “construir um país”, é um mote ideológico pressuposto do ideal de que é de um interesse geral, dando força e poder ao estado pois é lhe dado a responsabilidade pela condução desse projeto devido a tamanha importância e magnitude, sendo assim justificável o uso de autoridade, centralizando o poder e demonstrando traços de violências, e devido essa concepção a sociedade, o povo é botado de lado, é visto como subalterno e menosprezado seus interesses, e visto apenas com ferramenta de construção, onde apenas interesses estatais públicos ou privados prevalecem e de imediato qualquer constatação da população poderia ser exposta de forma separatista ou antinacional, até mesmo rebelde, podendo bota em risco um projeto de obra política ainda tão frágil.

“O padrão discursivo do século XIX que conforma essa concepção estrutura-se em torno do conceito de civilização atribuindo portanto à mornaquia brasileira uma missão civilizadora.’’ (MORAES, A, C. R – Ideologias Geográficas e Projetos Nacionais no Brasil. In: Território e Historia no Brasil. 1ª. ed. São Paulo: Annablume / Hucitec, 2002. v. 1. pp. 91-103).

Partindo disto ao construir o país é levar a civilização aos sertões, ou seja, o processo de ocupação na medida em que acontece acaba expulsando a população do local e se apropriando de sua terra e integrando, como foi o corrido com os índios, de forma que também esse avanço e a destruição em meio aos recursos naturais traz uma idéia que a natureza é digna de atraso perante o progresso.

A partir do século XX o conceito de “civilização” que cumpriu uma antiga mentalidade, começa a passar a ser substituída pela idéia de modernização, que pode ser caracterizado como modernizar, reorganizar e ocupar o território, tendo relação com a valorização da terra, tendo assim o estado devia agir para o novo projeto que teria como objetivo a modernização do Brasil. O primeiro governo Vargas por meio de criação de órgãos, programas e normas dedicados a execução das políticas territoriais foi o responsável por tal responsabilidade. Quanto a isso ocorre uma valorização do interior do país, não como um sertão bárbaro, mas como o centro da chamada brasilidade, a proposta da “Macha para Oeste” tinha como objetivo como uma segunda conquista de território nacional, desta vez movida pelo ideal de modernização, porém trazendo consigo novamente uma face trágica da violência que marcou o avanço da frente pioneira. E no que diz respeito à ditadura Vargas, além de realizar a primeira regionalização do Brasil, se deu a criação o conceito de região no vocabulário oficial do estado, também definindo brasilidade como um somatório de culturas regionais do país, uma concepção que da força a construção da própria identidade regional e criação de diferentes tradições em diferentes partes do território nacional.

No período do governo de JK é imposto os Planos de Metas aonde tem como o seu principal objetivo um ajuste entre as ideologias geográficas e as políticas territoriais do Estado, é totalmente clara. Sendo assim a realização das físicas metas entra em correlação com a tarefa estatal do estado em construir um país modernizado, criando uma nova divisão inter-regional do trabalho, a materialização do plano de metas, porém as regiões ainda eram vista como um objeto de intervenção estatal, uma vez que poderiam dificulta as metas estabelecidas pelas elites brasileiras e o planejamento regional era o principal objetivo da modernização do país, em uma tempestade de mudanças a que começou a se destacar e tomar forma foi a idéia de uma política democrática aonde a idéia do povo começar a ganha peso.

Contudo o golpe militar de 1984 afastar essa discussão, trazendo consigo de voltar um regime e uma visão geopolítica de que o a atuação da autoridade que identificar o Brasil com seu território, fazendo com que qualquer pessoa que fosse contrária ao regime pudesse ser considerada um inimigo interno que põem em risco os interesses do país, pode se facilmente exemplificado como centralização de poder a criação de um único órgão o Ministério do Interior que englobava varias agências diferentes como ( Incrar, FUNAI, BNH , Sema, a Superintendência de Desenvolvimento Regional, dentre outras), por fim depois de tanto tempo ainda existir a raiz que permanecem, como diversos presos políticos que até hoje não tiveram seus corpos encontrados, tornado a angustia das famílias eterna.

A Constituição Federal de 1988 demonstra uma mentalidade localista e antiestatista, fazendo com que o país não seja apenas caracterizado pelo seu território e consequentemente não se estruturando em idéias geopolíticas, porém passando a adotar a gestão de políticas públicas perante a Nova República, sendo a base

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