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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETOS NACIONAIS

Por:   •  8/8/2018  •  1.410 Palavras (6 Páginas)  •  287 Visualizações

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2.3.1 Projeto Câmbio Verde

Conhecida como “Cidade Verde” por projetos de sustentabilidade em áreas como a mobilidade urbana, a educação e o saneamento básico, Curitiba dá exemplo com uma iniciativa promissora que precisa ser copiada por mais cidades brasileiras: permitir que sua população troque resíduos recicláveis por alimentos de qualidade.

Com o Programa Câmbio Verde, como é conhecido, o cidadão curitibano junta quatro quilos de lixo para ter direito a um quilo de frutas, legumes e verduras fresquinhos. Esses alimentos são cultivados por pequenos hortifrutigranjeiros da capital paranaense e sua região metropolitana. O Câmbio Verde também permite a troca de dois litros de óleo usado – seja ele animal ou vegetal – por um quilo de alimentos. É possível fazer essa troca a cada quinze dias. Para isso, cem postos de coleta foram disponibilizados em toda a cidade. Tudo é muito bem organizado e conta até mesmo com um calendário onde estão os dias e horários em que cada posto recolhe os resíduos e entrega os alimentos.

O programa atinge em cheio dois problemas primordiais no país porque reduz a quantidade de lixo e ajuda populações menos favorecidas – com renda mensal entre zero e 3,5 salários mínimos – a colocar comida boa no prato. De quebra dá uma força para que os pequenos agricultores rurais consigam escoar toda a sua produção. A safra subsidiada pela prefeitura em convênio com a Federação Paranaense das Associações de Produtores Rurais (Fepar).

O Câmbio Verde surgiu de um projeto pioneiro desse tipo de escambo. Já na década de 1980 a prefeitura promovia a troca de lixo orgânico por passagens de ônibus.

O programa deu tão certo que a prefeitura de Curitiba criou modalidades como o Câmbio Verde Solidariedade, para oferecer alimentos a entidades assistenciais da capital paranaense.

Para conscientizar as crianças recentemente lançou também o Câmbio Verde Especial nas Escolas. Nele, alunos de escolas públicas municipais podem trocar resíduos recicláveis por brinquedos, cadernos, chocolates e até ingressos para shows.

Curitiba foi eleita pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a cidade com melhor qualidade do ar do Brasil e é a segunda melhor do mundo em equilíbrio ambiental, já que disponibiliza quase 65 metros quadrados de áreas verdes para cada habitante. Desde 2011 o Instituto Trata Brasil reconhece a capital dos paranaenses como primeira capital brasileira onde 100% da população tem saneamento básico e água tratada.

2.3.2 Projeto TAMAR

O Projeto TAMAR é um projeto conservacionista brasileiro, que revolucionou a luta pela preservação de espécies ameaçadas de extinção. Atua na busca pela preservação das tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção. O nome TAMAR é uma contração das palavras tartaruga e marinha, necessária, no início da década de 1980, para a confecção das pequenas placas de metal utilizadas para a identificação dos espécimes pelo Projeto, para estudos de biometria, monitoramento das rotas migratórias e outros. Desde então, o nome passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo ICMBio, através do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O Tamar surgiu com um objetivo de proteger tartarugas-marinhas que estão ameaçadas de extinção no litoral brasileiro. Com o tempo, porém, percebeu-se que os trabalhos não poderiam ficar restritos às tartarugas, pois uma das chaves para o sucesso desta missão seria o apoio ao desenvolvimento das comunidades costeiras, de forma a oferecer alternativas econômicas que amenizassem a questão social, diminuindo assim a caça das tartarugas-marinhas para a sua sobrevivência. O Tamar também protege Tubarões e outras espécies de Vida Marinha.

As atividades são organizadas a partir de três linhas de ação: Conservação e pesquisa aplicadas, Educação Ambiental e o Desenvolvimento local sustentável, onde a principal ferramenta é a criatividade. Desde o início, tem sido necessário desenvolver técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada uma das regiões trabalhadas. As atividades estão atualmente concentradas em vinte e uma bases, distribuídas em mais de mil e cem km de costa. Assim, para garantia de efetiva proteção das tartarugas, promove-se também a conservação dos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável das comunidades próximas às bases - estratégia de conservação conhecida como espécie-bandeira ou espécie-guarda-chuva.

Essas atividades envolvem atualmente cerca de mil e duzentas pessoas, a maioria moradores das comunidades, essenciais para a proteção das tartarugas marinhas, pois melhoram as condições do seu habitat e diminui a pressão humana sobre os ecossistemas e as espécies. Atualmente, há 22 bases do projeto pelo litoral do nordeste, sudeste, e sul, sendo que 18 funcionam o ano inteiro, e 4 funcionam apenas no período de desova das tartarugas. As localizações das bases são:

- Almofala, Ceará

- Avai,Maranhão

- Atol das Rocas, Rio Grande do Norte

- Fernando de Noronha,Pernambuco

- Ponta dos Mangues, Sergipe

- Pirambu, Sergipe

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