O TECNÓGENO DENTRO DO TEMPO GEOLÓGICO: O HOMEM COMO AGENTE GEOLÓGICO NA TRANSFORMAÇÃO DO MEIO
Por: Sara • 15/10/2018 • 1.047 Palavras (5 Páginas) • 389 Visualizações
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da erosão e da carga sedimentar correlativa, escorregamento em geral, infiltração e escoamento, drenagem pluvial e fluvial, taxa de sedimentação, fluxos subterrâneos e etc.) e alterações que podem ser comparadas com resultados de variações climáticas e eventos tectônicos.
3- Na criação de depósitos superficiais correlativos: Os depósitos tecnogênicos vão se constituir em marcos estratigráficos. Do ponto de vista de gênese dos solos “a destruição e formação de solos pelo homem, devido à grande manipulação física dos materiais terrosos, são eventos catastróficos que criam novos pontos de partida na formação de solos” (FANNING & FANNING, 1989).
O homem exerce papel fundamental na criação de novas formas de relevos e na modificação do modo de operação dos processos geomorfológicos. Atua, de forma direta na mineração, agricultura, pecuária, represamento e modificação de cursos d’água, desmatamento, obras civis (estradas, usinas de energia, dutos, canais, portos...) e, de forma indireta, como agente acelerador da erosão, sedimentação, movimentos de massa, geração de sismos e etc. (GOUDIE, 1990). Ter-Stepanian (1988) criou um quadro onde relaciona os processos naturais e os processos tecnogênicos
A identificação do Tecnógeno resulta na caracterização dos diferentes tipos de depósitos intermediários a partir da analise dos artefatos humanos existentes. Outra classificação diz respeito aos materiais constituinte desses depósitos. Neste caso, Flanning (apud Peloggia, 1998) destaca quatro tipos principais:
• materiais úrbicos (detritos urbanos, materiais terrosos com artefatos manufaturados como tijolos, vidro, concretos, etc.);
• materiais gárbicos (depósitos de materiais detríticos com lixo orgânico de origem humana);
• materiais espólicos (materiais terrosos escavados e redepositados por operações de terraplenagem);
• materiais dragados (materiais terrosos provenientes da dragagem de cursos d’água e comumente depositados em diques em cortes topográficos superiores às planícies aluviais).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMISSÃO ESPECIAL DE NOMENCLATURA ESTRATIGRÁFICA DA SBG. Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica - Guia de Nomenclatura Estratigráfica. Revista Brasileira de Geociências 16(4): 370-415, 1986.
FANNING, D.J. & FANNING, M.C.B. 1989. Soil: morphology, genesis and classification. New York, John Wiley & Sons, 395p.
GOUDIE, A. 1990. The human impact on the natural environment. 3a ed.,Oxford, Blackwell Publishers, 388 p.
PELOGGIA, A. U. G. Delineação e aprofundamento temático da geologia do tecnógeno do município de São Paulo: as conseqüências geológicas da ação do homem sobre a natureza e as determinações geológicas da ação humana em suas particularidades referentes à precária ocupação urbana. 1996, 162f. Tese (Doutorado em Geociências) - Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.
PELOGGIA, A.U.G., 1999. O Tecnógeno existe? In: Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia, 9, São Pedro, Anais... ABGE (CD-ROM), 13p.
TER-STEPANIAN, G. Beginning of the Technogene. Bulletin I.A.E.G. (38): 133-142, 1988.
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