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Desenvolvimento da Agropecuária no Brasil

Por:   •  10/3/2018  •  2.732 Palavras (11 Páginas)  •  351 Visualizações

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Para um futuro, é esperado, que o agronegócio esteja ligado diretamente ao mercado financeiro, por meio de financiamentos, assim o investidor terá um bom negócio, já que o agronegócio faz parte de uma parcela alta nas contas do país e, o pecuarista, se beneficiará adquirindo crédito a condições mais favoráveis, podendo aumentar o mark up sobre a produção.

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- Aspectos Teóricos do Financiamento e Desenvolvimento do Setor Pecuário

Desde os anos 60, os financiamentos agropecuários sofreram grandes mudanças e inovações até o período analisado nesta monografia, onde eles estão cada vez mais presentes no dia a dia do produtor, com bases sólidas, e cada vez possuem mais chances de crescimento e com oportunidade de investimentos que vão além da esfera governamental.

- Desenvolvimento do Setor Pecuário

As transformações ocorridas a partir dos anos 60 no setor agropecuário mundial, tiveram como indutor o processo voltado a atender as necessidades ligadas à acumulação do capital. No Brasil, este que era comandado pelo setor urbano industrial, pelo Estado, o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) foi a base das transformações. Essas transformações tinham por objetivo a liberação da mão de obra para atender a demanda do setor industrial, produzindo alimentos mais baratos para a população no meio urbano e, também, matérias primas para as indústrias processadoras agrícolas e excedentes exportáveis, além de adquirir máquinas e insumos.

A política de crédito rural não era neutra em relação à classificação social dos agricultores e o crédito era direcionado e concentrado para alguns produtos, regiões e categorias. Beneficiava, normalmente, os grandes proprietários. As concessões de crédito privilegiavam as transações de maior volume e de menor custo administrativo, cerca de 1% dos tomadores do crédito receberam 40% do total dos recursos.

Durante a década de 70 e a primeira metade dos anos 80 os recursos para o crédito rural eram fartos e proviam basicamente do Tesouro Nacional (TN), canalizados via “Conta 63 Movimento” do Banco do Brasil (BB), e dos depósitos a vista. Os subsídios se materializavam na diferença entre as taxas de juros cobradas nos empréstimos e as taxas médias de inflação.

A partir dos anos 80, o crédito rural passou a diminuir, influenciado tanto pela redução dos recursos vindos dos depósitos à vista, como da crise financeira do Estado. Este período foi marcado por inúmeras alterações no crédito rural, entre as quais a introdução da correção monetária nos financiamentos.

Os financiamentos alternativos da agropecuária surgiram na década de 1980, pela diminuição do volume de crédito rural disponível aos produtores e, também, pelo alto custo dos encargos financeiros. (MENDES & PADILLA: 2007, pg.281).

Além do crédito rural e da política de preços mínimos, outras políticas influenciaram o setor agrícola, como as elevadas tarifas de importação, os controles de câmbio, as importações favorecidas e a participação estatal em alguns setores industriais.

No final dos anos 80, por consequência do Plano Cruzado e do Plano Bresser, as taxas de inadimplência aumentaram significativamente, o que fez crescer o processo de seletividade dos bancos, excluindo ainda mais os agricultores familiares do acesso ao crédito.

Nos anos 90, com o início do governo Collor, a agricultura sofreu um novo choque. Os recursos para o crédito que já estavam escassos em função do aumento da inadimplência agrícola – devido a indexação das linhas de crédito rural e os preços recebidos pelos agricultores não acompanharem os índices gerais de preços - foram reduzidos ainda mais pelo Plano Collor I. O setor agrícola também sofreu com a abertura das importações. A implantação do Mercosul, que eliminou tarifas para produtos importados de países membros, acabou por prejudicar ainda mais a agricultura.

Durante todo o processo de modernização do setor agropecuário, o tratamento dos pequenos agricultores nas políticas agrícolas era diferenciado dos setores patronais apenas em relação às taxas de juros, que era menor e de um maior percentual financiado do Valor Básico de Custeio (VBC). Mesmo assim, esta diferenciação não reduziu as dificuldades dos pequenos agricultores para acessar o crédito rural pois tinham menos condições de fornecer garantias e contrapartidas aos bancos, além do menor valor dos seus contratos.

Em meados dos anos 90 o crédito atingiu seu menor volume de recursos desde a sua criação pelo SNCR nos anos 60, período em que foi marcado pelo grande endividamento do setor, pelos elevados custos governamentais, pelo retorno dos juros fixos, pela ampliação da participação do setor privado no fornecimento do crédito rural, pela utilização de novas fontes de recursos para os financiamentos rurais e, também, pela criação e expansão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); voltando a subir só em meados dos anos 2000.

Desde os anos 2000, os financiamentos estão cada vez mais presentes no âmbito do agronegócio nacional, principalmente frente à competitividade e dificuldades de negociação por parte dos produtores rurais. O cenário é completamente propício para a entrada de investidores e também para os que precisam de crédito. O agronegócio atua como principal gerador de saldos comerciais ao país e, de acordo com o modelo atual, o apoio vêm principalmente de fundos governamentais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As modalidades de crédito são inúmeras, podendo se relacionar à compra de bovinos, como de equipamentos para aumento da produtividade aquisição de sal, ração, mão de obra. Enfim, as possibilidades são claras, porém é preciso que os pecuaristas adentrem no mundo de créditos com conhecimento, tomando decisões produtivas ao seu modelo de negócio.

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- Pecuária no Mundo

Segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerias o rebanho mundial de bovinos encerrou o ano de 2013 com um total de pouco mais de 1,3 milhões de cabeças. (SANTOS, MARION & SEGATTI: 2002, p.29).

Segundo a ABIEC em 2014 foram registrados cerca de 167 milhões de hectares de pasto e um rebanho de 208,3 milhões de cabeças,

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