Desenvolvimento e perspectiva novas do brasil
Por: Evandro.2016 • 31/5/2018 • 1.469 Palavras (6 Páginas) • 475 Visualizações
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Em 1980, “as regiões sul-sudeste responderam por quase 60% do total da população, enquanto que em 1872 representavam menos de 46%. Para o mesmo período de tempo, a região nordeste perdeu 18,1 pontos percentuais em relação à sua participação relativa no total da população nacional” (p.50). No período entre 1930 e 1980, o autor ressalta que a produção nacional multiplicou-se em 18,2 vezes, o que permitiu uma nova estrutura econômica nacional necessária à conformação de sistema avançado de proteção social e trabalhista. Mas em que pese a sua transformação, o Brasil não se mostrou suficiente para apresentar níveis de pobreza, homogeneização de mercado de trabalho e grau de desigualdade social, comparáveis a países com desempenho econômico similar. O ingresso na sociedade urbano-industrial não impediu reproduzir situações próprias da sociedade agrária. Isto é, o expressivo crescimento econômico não levou naturalmente à construção de uma sociedade justa, democrática e socialmente menos desigual” (p. 62). Desse modo, durante cinco décadas de duração da passagem para centro urbano e industrial no Brasil, foi consolidada uma sociedade com os extremamente ricos, a classe média não proprietária e ampla maioria da população na base da pirâmide social.
História do pensamento econômico: uma perspectiva critica.
Como foi comentado no quarto paragrafo no texto acima o maior marco para essa transformação e desenvolvimento urbano-industrial foi a mudança do trabalho escravo para o capitalismo primário-exportador, porem na Europa esse desenvolvimento foi diferente.
Segundo Hunt antes de se instalar o capitalismo na Europa existia o feudalismo, onde não era composta por leis e sim por uma hierarquia onde o servo (diferente de escravo) trabalhava para o senhor feudal em troca de moradia e proteção e o senhor feudal obedecia a igreja e recebia proteção da mesma, até chegar ao rei.
A sociedade medieval era predominantemente agraria, o sistema social repousava sobre a base agrícola e seu aumento produtivo através do sistema de três terras, acarretou várias mudanças e melhoramentos que resultaram na dissolução do feudalismo medieval e no início do capitalismo. Esses melhoramentos contribuíram para duas mudanças importantes e de longo alcance. Primeiro, tornaram possível um aumento do crescimento da população acelerado. As melhores estimativas mostram que a população da Europa dobrou entre 1000 e 1300. Segundo, houve um rápido aumento de concentração urbana. Antes do ano 1000, a Europa era essencialmente constituída de feudos, vilas e algumas poucas cidades pequenas, além de alguns poucos centros comerciais, no Mediterrâneo.
Segundo o autor “o crescimento das vilas e cidades conduziu ao crescimento da especialização rural-urbana. A produção de bens manufaturados cresceu enormemente, com os trabalhadores urbanos rompendo todos os laços com a terra. Junto com essa crescente produção manufatureira e crescente especialização econômica vieram muitos ganhos adicionais de produtividade. Outro importante resultado da especialização crescente foi o desenvolvimento do comércio inter-regional e de longa distância. ”
Com o desenvolvimento do comercio, houve a necessidade de um crescente controle produtivo pelo capitalista. Artesãos independentes foram substituídos pelo sistema doméstico de trabalho onde o capitalista comerciante disponibilizava toda a matéria-prima para que um produto seja feito e lhe pagava uma quantia ao termino da produção. Porem ao longo do tempo os capitalistas tinham as ferramentas, maquinas e consequentemente o local para a produção por isso era apenas necessário contratar os trabalhadores, oferecer-lhe a matéria-prima e recebia o produto acabado. Com isso o trabalhador vendia a sua força, pois era dependente do capitalista para se sustentar.
Hunt afirma que:“ o controle capitalista foi, então, estendido ao processo de produção. Ao mesmo tempo, foi criada uma força de trabalho que possuía pouco ou nenhum capital e nada tinha a vender, a não ser sua força de trabalho. Essas duas características marcam o surgimento do sistema econômico do capitalismo. O mercado e a busca de lucro monetário substituíram os costumes e a tradição, na determinação de quem executaria certa tarefa, como seria executada essa tarefa e se os trabalhadores poderiam ou não encontrar trabalho para o seu sustento. Quando isso ocorreu, o sistema capitalista foi criado. ”
O crescimento do capitalismo fez com que a antiga hierarquia que dominava a Europa começasse a se extinguir, onde o servo, através do dinheiro que adquiria com a venda do seu alimento excedente, conseguia comprar partes da terra do senhor feudal, que as vendia para conseguir dinheiro com a intenção de comprar os produtos que eram produzidas manufatureiras
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