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EDUCAÇÃO SUPERIOR EM SAÚDE

Por:   •  5/11/2017  •  6.247 Palavras (25 Páginas)  •  459 Visualizações

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Discussão

Cuba, educação e sua realidade

Uma das principais características que nos remete ao país é o seu sistema político socialista. Esse mesmo sistema, com seus ideais bem estruturais que regem o país em suas mais diferentes esferas. Não seria diferente na educação. O caráter educacional é um forte ponto a ser tocado sobre a organização do país.

Cuba é um país pequeno com 110.861 km², situa-se no Norte da America central e possui o numero de 11.217.100 milhões de habitantes (dado de 2012). Cuba é o país com a menor taxa de pobreza da America latina e de analfabetismo do mundo mesmo sendo um país ainda em desenvolvimento, isso se deve aos projetos educacionais que são a base to todas as mudanças ocorridas no país. Tudo no país esta moldado à educação. Segundo Lopéz (2011 p55), “Para Cuba, a educação constitui um de seus pilares fundamentais, sendo também um compromisso vital que tem o Estado sobre sua própria sociedade”.

A saúde em cuba se volta para a manutenção e a promoção da mesma aliada à educação, tudo isso pautado por um dos pensamentos que fazem parte do ideal de liberdade martiano, qual o desenvolvimento interdependia de uma boa educação aliada ao trabalho que rege boa parte dos projetos organizacionais do país.

O Contexto Histórico, a Revolução e os Primórdios da Educação Cubana

Em 1º de janeiro de 1959 Fidel Castro, líder do movimento 26 de julho, toma o poder, destituindo o ditador Fulgencio Batista que tinha como marca de seu governo a violência e a corrupção. Com o apoio de grande parte da população assim que assume o poder Fidel nacionaliza bancos e empresas, que em sua maioria eram norte-americanos, realiza uma reforma agrária e da inicio as reformas na saúde e na educação. Analisando a educação antes e depois da revolução cubana é perceptível que ela transformou-se em um dos pilares fundamentais para o novo governo, o Estado, agora, considera esse um compromisso vital com sua sociedade (LÓPEZ, 2011), priorizando a reforma integral do ensino num intuito de estruturar um sistema escolar nacional, harmônico e coerente.(RODRÍGUES, 2011)

Podemos dizer que as mudanças que foram e ainda são realizadas, foram aplicadas de acordo com princípios básicos em que se sustenta a política educativa cubana. Abrangência da educação, Combinação do estudo com o trabalho, Coeducação, Gratuidade, Caráter democrático são esses princípios educativos que serão, ao longo do artigo, explicados e exemplificados, enquanto discorremos sobre os avanços na educação cubana (LÓPEZ, 2011). No período entre 1959 e 1961 a educação em cuba obteve avanços essências para o desenvolvimento de toda política posterior, nesse momento foram delineados a política educacional e os parâmetros para fundamentar a pedagogia cubana, nota-se tanto na pedagogia cubana como nos discursos de Fidel Castro ideias do pensamento martiano, como: “a educação é a única via para adquirir a pelna liberdade” (RODRÍGUEZ, 2011).

Nessa época a educação em cuba possuía muitas limitações, compreendidas em várias áreas como: a pré-escolar, a especial, a técnica e a profissional. A educação geral não atingia todos os estratos sociais e o índice de analfabetismo era muito alto. Em uma população com 5,5milhões de habitantes, em média, 23,6% dos maiores de 15 anos não sabiam ler e escrever; e nas zonas rurais esse índice chegava a 40%, apenas 15 mil estudantes universitários em 3 universidades em todo o país, sendo uma privada (Villanueva), além de um grande número de professores formados sem oportunidade de trabalho.(RODRÍGUEZ, 2011) O orçamento da educação em 1959 era de 79,4 milhões de pesos, contudo grande parte desse investimento não chegava ao seu destino devido a corrupção.(LÓPEZ, 2011).

Na tentativa de melhorar esse panorama geral da educação foi feita a construção de escolas por todo o país e priorizasse a formação de professores para leva-los para toda a Ilha, inicia-se o programa de alfabetização em 1960 com o objetivo de erradicar o analfabetismo do país, no qual participaram ativamente jovens e professores e que acabou por significar a base do desenvolvimento social e educacional do país, essa reforma estava respaldada em vários princípios da educação (LÓPEZ,2011).

A abrangência, por levar a toda à população um direito básico e essencial para o continuo desenvolvimento humano. Gratuidade, o Estado assumiu o compromisso de bancar não só a alfabetização, como todo o ensino educacional, é dever do Estado também a construção de instalações educativas. Caráter democrático, por propiciar que toda a sociedade, a comunidade e a família participem ativamente do processo (LÓPEZ, 2011). Em 22 de dezembro de 1961, com apenas um ano do início do programa, Cuba declara seu território livre de analfabetismo, tornando-se o primeiro país a erradica-lo.

Com a campanha de alfabetização bem sucedida iniciasse uma transição para uma educação, uma escola e uma pedagogia mais socialista no período de 1962 a 1975 concentraram-se os esforços para elevar o nível de educação dos trabalhadores com a criação de cursos de educação para adultos, a batalha pela 6ª série e a instauração das faculdades preparatórias, que facilitava o acesso dos trabalhadores à universidade (LÓPEZ, 2011), concomitantemente ocorre a consolidação de medidas já tomadas, com a efetivação do Sistema Nacional de Educação que levou a criação de novas escolas secundárias e pré-universitárias nas zonas rurais dando ênfase ao plano “a escola ao campo”, projeto desenvolvidos após a criação do Departamento Pedagógico Manuel Ascunce Domenech (RODRÍGUEZ, 2011). Dentro dessas mudanças que aconteceram destaca-se a Reforma Universitária que tem como um dos desafios gerar novas concepções educativas para orientar a prática, que não acompanhava a mesma delimitação humanística presente na teoria. Com a criação do Departamento de Bolsas e a instauração do plano maciço de bolsista, a partir de 1962 o governo cumpria com sucesso princípio da Gratuidade. Ainda na Reforma Universitária foi criada uma Comissão para entender a promoção e o desenvolvimento da pesquisa científica de forma sistemática nas universidades, durante as décadas de 1960 e 1970 há a formação de um bom número de pesquisadores, garantindo um potencial científico de alto nível para Cuba e possibilitando o início do Diagnóstico e o Prognóstico científico da educação que culminou na criação do Centro de Desenvolvimento Educativo em 1972, responsável por dirigir um processo de mudanças na

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