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Aprender com o indio

Por:   •  2/4/2018  •  1.621 Palavras (7 Páginas)  •  358 Visualizações

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Segundo Paulo Freire, precisamos “Reinventar a educação”, reinventar refere-se a algo que já existiu, educação é uma criação humana que pode ser reinventada de outra maneira. O saber não pode ser usado como manipulador político, pois assim teremos educação desigual.

E preciso estar sempre preparados a ensinar-e-a-aprender, porque muitas vezes a educação se prende somente aquilo que é formal que virou rotineiro e na troca de informações entre ensinar e aprender o conhecimento adquirido é enorme.

Os professores precisam despertar em seus alunos o senso critico, eles precisam deixar os alunos se manifestarem e dialogarem, não precisam se sentirem mais como oprimidos e sim construírem seu próprio conhecimento.

É importante que o ensino aprendizagem aconteça em mão dupla, através de diálogos abertos, levantando hipóteses, criando ideias, analisando, para que se estabeleça uma relação entre aluno professor, para que ambos aprendam juntos.

Somente praticando o exercício da reflexão que os alunos se tornarão cidadãos conscientes, sábios e que certamente serão mais resistentes ao se tentar implantar neles a cultura da sociedade dominante. Pois sem dúvida alguma, isso acontece de forma facilitada quando há ignorância.

"Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? "Lavar as mãos" em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele.”. (Freire, P. Pedagogia da Autonomia)

Nesse contexto de ensino-aprendizagem, o professor então não pode ser apenas um transmissor de conteúdo programático, deve estar aberto a ouvir as opiniões e pontos de vistas de seus alunos.

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. (Freire, P - "A importância do ato de ler: em três artigos que se completam", São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989, p. 39).

O professor deve atuar como mediador entre o conhecimento, na formação de uma sociedade pensante. Deve fazer a interação entre escola e sociedade, fazendo assim despertar o senso crítico do aluno. Mas sempre tomando cuidado para não rotular seus alunos, como você é muito inteligente, você nem tanto assim, frases a principio inocentes, podem ter reflexos por toda a vida. Tem fundamental importância em extrair o melhor de seus alunos, pode ser que aquele que não tirou 10 precisa de um estimulo para ir melhor, ou seja, devem ser estimuladas suas habilidades.

O professor precisa estar aberto para novos conhecimentos, para novos desafios e para novas construções, não é ele somente que detém o conhecimento, esse conhecimento é mutuo e deve ser valorizado dia a dia.

O trabalho em grupo é fundamental para essa troca, e essa troca fundamental para conhecimentos ricos e constantes.

“Importante na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade e convivência.” (Freire, P – Poesia A Escola).

É preciso interação entre professor e alunos, e entre alunos e alunos, encontrar no diálogo um meio investigativo, onde os educando desenvolvem habilidades de pensamento.

É dever dos educadores mostrar ao aluno, que ele deve sim, questionar, problematizar e criticar, de forma positiva, o conteúdo que lhe é transmitido. Para que assim, no decorrer das gerações, possamos ter uma nação mais pensante, influente e livre, e não sejamos frutos de um sistema que quer e que nos vê, como indivíduos conformistas.

Infelizmente percebemos que até hoje, em nossas escolas, o conceito de educação problematizadora ainda não foi implantada.

O professor formador de seres pensantes vive um dilema entre ensinar o que a pensar ou cumprir com o currículo que lhe é imposto. O tempo lhe traga toda a esperança de uma conscientização social. Vive pesquisando para preparar uma aula que muitas vezes os alunos nem param para ouvir por que o conteúdo que o professor tem que cumprir não condiz com a realidade que seus alunos vivem. Então podemos entender que o sistema educacional de hoje também continua a disseminar a opressão. Não por causa do professor, mas pelas condições de trabalho que lhes é imposto. O educador hoje é tão vítima como o oprimido, pois é meramente mais um deles.

Portanto a Educação é um processo permanente. Ela não se esgota nos minutos de cada aula, não se prende ao ambiente escolar, exatamente porque não acontece exclusivamente na escola, o processo de educação ocorre por toda a nossa vida, até o momento da nossa morte.

“O conhecimento acumulado originou um indivíduo mais reflexivo e exigente, mas também mais propenso a sofrer decepções. É urgente repensar o projeto educativo de cada um, respondendo aos seus anseios e aspirações, integrando elementos cognitivos, racionais, mas também elementos das áreas da afetividade, da emotividade, dos sonhos e dos desejos.” (Da educação da decepção à educação do optimismo). Recuperar o verdadeiro sentido da educação). (Barbosa, Fátima Maria Bezerra, universidade de Minho) Disponível http://reined.webs.uvigo.es/ojs/index.php/reined/article/viewFile/213/115, acessado aos 08 de maio de 2015.

Bibliografia

http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf%5Cpedagogia_da_autonomia_-_paulofreire.pdf

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/14185/1/da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20da%20decep%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20educa%C3%A7%C3%A3o%20do%20optimismo.pdf

http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-papel-da-educa%C3%A7%C3%A3o-na-forma%C3%A7%C3%A3o-do-cidad%C3%A3o-brasileiro

BRANDÃO,

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