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ANGOLA POTENCIAL HUMANO, TENDÊNCIAS, PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Por:   •  16/3/2018  •  2.163 Palavras (9 Páginas)  •  4.314 Visualizações

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modo, a diferença entre a natalidade e a mortalidade resulta do saldo fisiológico, ou crescimento natural.

Crenças ainda prevalecentes em muitas famílias, sobretudo do meio rural, ao considerar um maior número de filhos como riqueza, é um dos factos que contribuem para a alta taxa de natalidade em Angola.

Em Angola, a reprodução ocorre muito cedo (nupcialidade). O baixo nível de escolaridade da mulher influencia sobremaneira na descendência numerosa, assim como o desconhecimento por parte de muitas das vantagens do planeamento familiar.

O planeamento familiar defende que cada mulher, cada família, possa escolher livremente o número de filhos que deseja ter e em que momento o pretende fazer.

A taxa de natalidade de Angola situa-se na ordem de 47/1000. Estima-se que a mulher angolana tenha, em média, entre 7 a 8 filhos, um índice considerado muito elevado.

2.2.2. Esperança de vida

A esperança média de vida é o número de anos que, em média, se tem probabilidade de viver.

Em 2008 a esperança de vida ao nascer em Angola foi estimada 42, 9 anos (41,4 para os homens). Regra geral, a esperança média de vida das mulheres é, em todas as sociedades, superior à dos homens.

2.2.3. Mortalidade

Angola caracteriza-se por um elevado nível de mortalidade. Incluindo a mortalidade materna ou infantil. A mortalidade materna, segundo estimativas, situa-se em 2008 em 1400 por 100 000 nados-vivos.

A malária, o VIH/SIDA, a tuberculose, a doença do sono (Tripanossomíase) constituem as doenças mais frequentes em relação à população em geral. Mas entre todas esta acima citada, a malária continua a ser a primeira causa de morte em Angola.

2.2.4. Mortalidade Infantil - Causas

A mortalidade infantil em Angola é uma das mais elevadas do Mundo e resulta das seguintes situações:

• Reduzida a assistência médica durante a gravidez, parto e nos primeiros meses de vida das crianças;

• Guerra dos últimos anos;

• Péssimas condições higiénico-sanitárias, fome e miséria;

• Deficiente rede hospitalar, etc.

2.2.5. Soluções

• Reabilitações e apetrechamento das unidades hospitalares em equipamentos e pessoal especializado;

• Extensão, em todo o território nacional, de infra-estruturas sanitárias que permitam o acesso aos cuidados primários de saúde;

• Redução de pobreza;

• Disponibilização de água potável á população e de fontes renovadas de captação para as populações rurais;

• Melhoria substancial dos serviços de saneamento;

• Formação de médicos e enfermeiros capacitados, por forma a cobrir todas as unidades sanitárias do país.

• Realização sistemática de campanhas de vacinação de maneira a aumentar significativamente a percentagem de crianças a ser vacinadas contra as principais doenças infantis.

2.3. O VIH/SIDA em Angola

A Sida não respeita fronteiras. É necessário realizar acções de prevenção primária, aumentando os níveis de informação e sensibilização das pessoas. Pois segundo estimativas do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida existem em 2010, 245 000 infectados, 57 000 doentes acompanhados e 28 000 tratados com anti-retrovirais.

Em Angola, como noutros países, existe uma rede de centros de Aconselhamentos e Testagem Voluntária (ATV) para a detecção de novos casos, sobretudo nos jovens e grupos populacionais de risco.

2.4. A distribuição espacial da população angolana

A distribuição da população angolana foi sempre marcada por fortes assimetrias regionais, opondo-se as províncias mais atractivas de fortes densidade populacional ou demografia (Luanda, Benguela, Huambo), às menos atractivas de fraca população (Moxico, Kuando Kubango, Kunene).

2.5. Grandes vazios humanos: que soluções

Em Angola, a densidade populacional apresenta um forte contraste entre as diferentes províncias. Tendo em conta as projecções da população para 2010. as províncias do leste apresentam densidade inferiores a 5 habitantes por quilómetro quadrado, sendo Kuando Kubango a menos densamente povoada com uma densidade inferior a 1 hab./Km.

2.6. Concentração da população nas cidades: o caso de Luanda

Como vimos atrás, o vasto território angolano encontra-se desigualmente povoado, com uma população que não está apenas a crescer em um ritmo rápido, mas que apresenta uma tendência para se concentrar nas cidades.

Assim, Luanda, embora vários especialistas consideram ter uma população superior aos 3 milhões de habitantes, apresenta uma forte densidade populacional segundo as projecções para o ano de 2010 de 1391 hab./km. Esta excessiva concentração populacional reflecte-se num conjunto de problemas que enfrenta a cidade, particularmente por:

- Desordenamento de espaço;

- Sobrelotação dos equipamentos das infra-estruturas;

- Degradação ambiental;

- Engarrafamentos constantes;

- Desqualificação social e humana.

Algumas soluções para este problema são:

- A criação de serviços essenciais de apoio à população;

- Reabilitação e construção de estradas nacionais e outras vias de comunicação como o caminho-de-ferro;

- O desenvolvimento de actividades económicas geradoras de empregos;

- Criação de facilidade de crédito para os pequenos empresários;

- Qualificação de mão-de-obra, criando escolas de formação profissional;

- Concessão de benefícios e incentivos a profissionais qualificados, como professore, docentes universitários, enfermeiros, médicos e quadros superiores das empresas que se instalem no interior do país.

Portanto, estas soluções permitiriam assegurar serviços, dinamizar a economia

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