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Platão, Vida e Obra

Por:   •  20/11/2018  •  1.618 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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A Sétima Carta ou Carta VII é uma das mais importantes cuja disputa permanece por dois motivos: (a) oferece detalhes biográficos de Platão e (b) coloca afirmações filosóficas sem paralelos em outros diálogos. Provavelmente a Sétima Carta é uma obra ilegítima e, portanto não é uma fonte confiável para a biografia e filosofia de Platão. [49]

A questão da cronologia ainda continua a gerar opiniões conflitantes. Análises estilo métricas[69]dos diálogos demonstram que eles podem ser agrupados em três categorias definidas como obras do período Inicial, Médio e Tardio, embora exista este consenso comum, não há nenhum consenso sobre a ordem que as obras devem figurar em seus respectivos grupos.

Política

Platão em sua obra "A República", faz critica a forma de governo de sua época, pois afirma que os governantes deveriam brigar para não governar, como brigam para chegar ao poder. Diz, ainda, que o verdadeiro chefe não nasce para atender os interesses de si próprio, mas sim de toda a coletividade a ele subordinada.

Dessa forma, entende-se que a critica de Platão estava ligada ao governo que fazia leis visando seus interesses, e os determinando como justo, entretanto, punindo como injusto aquele que transgredir suas regras, uma vez que o elegido para governar poderia ser o mais votado, mas não sendo, portanto, o mais preparado para aquela função.

Nesse sentido Platão afirma que “Efetivamente, arriscar-nos-íamos, se houvesse um Estado de homens de bem, a que houvesse competições para não governar, como agora as há para alcançar o poder, e tornar-se-ia, então evidente do verdadeiro chefe não nasceu para velar pela sua conveniência, mas pela dos seus subordinados. (Platão, A República, p. 34)”. [72]

Conclui-se que, deve se buscar uma harmonia entre o governante e os seus subordinados, em outras palavras, o ideal de Estado deveria corresponder ao ideal de homem.

Teoria das idéias

A Teoria das Idéias ou Teoria das Formas afirma que formas (ou idéias) abstratas não-materiais (mas substanciais e imutáveis) é que possuem o tipo mais alto e mais fundamental da realidade e não o mundo material mutável conhecido por nós através da sensação. [73] Em uma analogia de Reale, as coisas que captamos com os "olhos do corpo" são formas físicas, as coisas que captamos com os "olhos da alma" são as formas não-físicas; [74] o ver da inteligência capta formas inteligíveis que são as essências puras. As Idéias são as essências eternas do bem, do belo etc. Para Platão há uma conexão metafísica entre a visão do olho da alma e o objeto em razão do qual tal visão não existe. [75] Este "mais real do que o que vemos habitualmente" é descrito em sua Alegoria da caverna. [76]

Mito da caverna

A alegoria da caverna, também conhecido como parábola da caverna, mito da caverna ou prisioneiros da caverna, foi escrita pelo filósofo grego Platão e encontra-se na obra intitulada A República(Livro VII). Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal. [1]

No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Fica de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, sem se poderem ver uns aos outros ou a si próprios. Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam "homens e outras coisas viventes". As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras, mas sim os objetos que carregam.

Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles, e vêem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.

Platão não buscava as verdadeiras essências na simples Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que por acaso se liberte, correria como Sócrates o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente.

Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, com paravelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, idéias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.

A partir da leitura

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