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PIBID FILOSOFIA UFBA E A LEI 10.639

Por:   •  1/4/2018  •  1.493 Palavras (6 Páginas)  •  323 Visualizações

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Esta data é uma forma encontrada pela população negra para reforça os mitos e as referências históricas da cultura e trajetória negra no Brasil e as lideranças atuais. A Lei federal de 2011, a 12.519, que institui o 20 de novembro como o dia da Consciência Negra. Com isso, são realizados atividades na “semana da consciência negra” como cursos, palestras, audiências, seminários, oficinas e as tradicionais passeatas.

Dentro das escolas não cabe somente as disciplinas de história para falar da cultura e do continente Africano, cabe também as demais disciplinas, como as exatas, ciências naturais e principalmente das humanidades. Nas disciplinas de humanidades quero focar na Filosofia que segundo Charles Mills “A Filosofia é a mais branca dentre as áreas no campo das humanidades” (Mills 1999, p.13). Essa epígrafe mostra quanto tão branca é a Filosofia.

A filosofia sendo uma disciplina de humanidades de forma alguma se refere ao negro, em momento algum nas escolas públicas ou particulares a disciplina se refere a algum autor, tema ou culturas africanas ou afro-brasileiro. Até mesmo quando ocorrem os projetos da consciência negra, a filosofia como disciplina, de certa forma fica perdida, pois ela é ocidental, sendo seus conteúdos abordados em sala de aula e nos livros são eurocêntricos, filosofia grega. De qual forma Sócrates, Platão, Aristóteles, a ética, até a democracia ateniense vai contribuir para o dia da consciência negra?

Com a implantação da Lei 10.639 que ocorreu em janeiro de 2003, deve-se reavaliar os currículos do ensino fundamental e médio para que possa ser dada a importância da obrigatoriedade da Lei que é o ensino de História e Cultura Afro-brasileira. Essa mudança também tem que ocorrer no nível superior, onde os cursos de licenciatura e o de bacharelado tem que ser feita essa mudança para o aperfeiçoamento e conhecimento do profissional da educação, onde tem que ser de obrigatoriedade as disciplinas de História e Cultura Afro-brasileira.

O PIBID UFBA FILOSOFIA, vem realizando atividades e projetos no Colégio Estadual Senhor do Bonfim utilizando a Filosofia Africana, tendo base o livro Filosofia Africana e a Lei 10.639 do filosofo Renato Nogueira, doutor em filosofia pela UFRRJ, que fez está obra, com intuito de mostrar que a Filosofia Africana tem que ser e como deve ser ensinada nas escolas, onde mostra as reflexões acerca do conhecimento, contribuindo com a Lei 10.639/03, rompendo com o euro-centrismo e buscando a África como cento de conhecimento.

Nos PIBIDanos temos como o objetivo introduzir a Filosofia Africana para os jovens através do pensamento do antigo Egito antigo, mostrando a eles que a filosofia não é grega, e que já existia Filosofia antes da Grécia, principalmente na África e o oriente. Nós estamos fazendo esses trabalhos de desconstrução do pensamento filosófico eurocêntrico, fazendo que eles olhem para a África como território de conhecimento.

DIFICULDADES ENCONTRADAS COM O PIBID E A LEI 10.639

As dificuldades encontradas com os alunos veio logo com o primeiro contato, quando explicamos a Lei. Os questionamentos que deles foram:“ Vamos falar de macumba é ? Lá ele, Deus é mais! Isso não pode, é coisa do Diabo...” Ocorrem algumas das inquietações entre os alunos, umas por motivos religiosos, onde os alunos são evangélicos e se recusam a participar de atividades ligadas a Filosofia Africana. De certa forma as religiões vem dificultando e atacando as culturas de matrizes africanas tornando-a de difícil acesso aos jovens.

Mas não devemos desconsiderar que a juventude negra está parada, ao contrário, ela está crescendo, a geração tombamento vem tento uma grande visibilidade, valorizando a estética negra, com os seus cabelos, roupas e atitudes representando as suas origem africanas. Essa geração, onde no colégio existem alunos que fazem parte dela, ajudou com a introdução da Lei, onde tivemos um ótimo resultado com os alunos.

Devemos observar o que está por trás da Lei é uma questão de militância e política. Essa conquistas é de muito valor para a população afro-brasileira, reafirmando e valorizando a sua cultura e história do povo. O resgate a sua ancestralidade é de suma importância para a população brasileira mostrando os valores éticos, políticos, culturais e religiosos de uma nação miscigenada (brasileira).

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