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O mundo precisa de Filosofia

Por:   •  29/1/2018  •  2.717 Palavras (11 Páginas)  •  304 Visualizações

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Pois bem, uma consideração mais atenta do significado destas gravuras nos leva à conclusão seguinte: nestes sinais da arte primitiva, há mais do que uma simples distração. É através dessas figuras que se encontram mistérios e crenças mitológicas

Sabe-se que, as histórias, as lendas, os mitos, foram às primeiras manifestações sentimentais dos seres humanos. Através das pinturas encontradas na idade da pedra, se percebe uma característica geral do homem, que se manifesta desde a infância. Os desenhos foi uma forma encontrada para transmitir o que estava acontecendo a cada dia, expressando assim as opiniões e sentimentos diante de um fato. Assim sendo, a opinião é um enredo, é uma estrutura teórica, que se forma rapidamente no espírito humano, diante de um acontecimento.

Essa teorização se manifesta igualmente na ciência. A tarefa da ciência não é a de construir teorias; mas a de formular teorias que efetivamente correspondam à realidade. O homem percebeu que não basta procurar a solução dos problemas construindo teorias. Difícil, realmente, é saber que o primeiro problema é o de saber como se coloca devidamente um problema.

E para se colocar os problemas em termos reais, exige honestidade e compromisso com a verdade antes de tudo, em lugar da luta cega pelos interesses imediatos.

IV – O ESPÍTO MÁGICO DA CIVILIZAÇÃO DA MÁQUINA

A maquina apareceu como um instrumento de multiplicação da força humana. Com a chegada das maquinas a confiança na razão gerou o desejo de descobrir pelas forças naturais da inteligência os segredos do mundo.

Sabe-se que a filosofia não é considerada pela sua clareza e segurança no comando lógico, mas pelo que possa afirmar referente a “solucionar” problemas do cotidiano. Assim como a ciência não é conhecida pelas suas magníficas descobertas de fórmulas matemáticas, mas pelos contos que permite à imaginação, estimulada pelas histórias da ficção científica.

Tudo isto, que pode parecer um quadro trágico de nossa civilização da máquina, tem um significado: são caminhos divididos em duas direções: justos ou injustos. Esta é a explicação do espírito mágico da civilização da máquina. Esta é a razão por que, numa era de tecnicismo, o homem está de tal forma voltada para o fantástico, o maravilhosos, e o sentimental mundo da descoberta.

Por mais misterioso que seja a criação o homem em geral não pode compreender, mas não se recusa a admirar.

V – O HOMEM À PROCURA DO HOMEM

Recordando a conhecida afirmação de Pascal: “O pensamento faz a grandeza do homem. O homem é apenas um caniço, o mais frágil da natureza; mas é um caniço pensante”.

O homem esta em constante evolução, o que ele é hoje não é a mesma coisa que foi antes, nem o que será depois. O homem aprendeu a aceitar passivamente aquilo que nos parece serem os ideais do espírito de uma época, na qual vivemos, e muitas vezes isso acaba sendo prejudicial, pois a vida que o homem moderno construiu para ele mesmo pode acabar sufocando-o.

Essa situação já é possível de se perceber, pois o homem hoje se tornou muito egoísta mesmo sem querer. Ele se isola e se defende ele disputa cotidianamente com o seu semelhante, mesmo que não o deseje. Só assim ele se sente superior e com isso mais poderoso.

O homem precisa restabelecer o respeito de si mesmo. Ele deve ter consciência de que se educa e se aprende com os erros a cada instante de sua vida, e que é só através dos méritos e conquistas que se consegui uma vida de paz e dignidade.

VI- O valor da inutilidade

“Mas, é preciso ver que a vida humana não consiste apenas em sobreviver. Voltar a vida humana toda ela para a dimensão do útil é pensá-la em termos de pura sobrevivência, e isto significa reduzi-la ao seu aspecto puramente vegetativo. É preciso conceber e viver a vida humana em termos de liberdade, que é a emancipação do útil”. (MENDONÇA, 1984, p.129)

Segundo Kant, passamos a conhecer a realidade através de nossas ações por tanto, as transformações, as mudanças, as realizações, os sonhos, anseios, desejos e tudo o mais que possamos almejar ou planejar em nossa mente só se materializarão com as ações.

Compreender o que acontece dentro de você lhe permite discernir, ter clareza do que você está fazendo no nível do processo mental, muitas vezes improdutivo em relação ao seu desejo e capaz de gerar angústia e ansiedade. Esse discernimento lhe permite reconhecer e aceitar o que está acontecendo com você, e o que impede a sua ação. Diante dessa nova realidade, olhando de fora os pensamentos, torna-se possível assumir uma nova atitude, ou seja, agir.

Na inação não há resultado, pois a transformação não acontece, nada se materializa, a única coisa que fica é o desconforto da frustração e as consequências advindas das suas reações emocionais. Nesse ponto, as suas reações, que são inconscientes, transformam a realidade, porém sem os benefícios que envolvem as ações a partir das quais obtemos os resultados desejados.

VII- Viver ou ter coragem de morrer

A vida e a morte são uns dos maiores mistérios relacionados com o ser humano, por que nascer, viver e morrer? Viver é o espaço de tempo entre o nascer e o morrer, viver é o acontecimento mais surpreendente na vida humana, pois nascemos todos os dias quando acordamos pela manha.

Muitos afirmam que a vida é desprovida de sentido. Isso implica que, por alguma razão, você ou alguém espera que ocorra o contrário, ou seja, que a vida tenha um sentido. Surgem muitos questionamentos se vale apena viver, para alguns filósofos a resposta é sim, porem a vida pode valer a pena para quem vivencia e constrói sentidos favoráveis à vida.

Todos carregam consigo os erros do passado e as conseqüências do futuro. Todos estão no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie isso mesmo colherá.

O erro nos provoca medo, pavor, vergonha. Colecionamos decepções, tristezas, nos afligimos a cada erro, a cada não, a cada insucesso. E passamos a ter a dúvida como única certeza, como companheira inseparável de cada ato, de cada ação, ou da falta de cada um deles.

Independentemente das crenças que cultivamos sobre vida após a morte, tratemos desta vida: a que temos e vivemos aqui. Se vamos

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