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O CONCEITO DA ARTE NA FILOSOFIA

Por:   •  10/9/2018  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  419 Visualizações

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O artista ao explorar experimentalmente as estruturas do corpo humano, consegue localizar e detalhar as unidades e funções que compõe o organismo. Para isso ele desenvolve a técnica de dissecação, trazendo descobertas ao campo da medicina. As justificativas dessas intervenções relacionam-se ao ideal da perfeição, sendo assim para o artista poder pintar com precisão o corpo o humano ele deveria conhecê-lo.

Leonardo da Vinci integrava em sua visão de mundo a ciência e a arte. Ele mesmo era Cientista e Artista ao mesmo tempo, e estas duas dimensões se completavam intimamente na sua maneira de apreender o mundo. A arte era concebida por ele como uma ‘Ciência da representação da Natureza’, e é isto o que o habilita falar mais autorizadamente em uma “imitação científica da Natureza” por oposição à “imitação mecânica”. Por outro lado, ele defendia uma ideia específica de conhecimento científico que contribui para delinear melhor o tipo de integração entre ciência e arte que almejava. O cientista, como o artista, deveria ser um observador e um experimentador.

A concepção de arte de Leonardo da Vinci acha-se interferida não apenas pelos aspectos ligados aos modos de representar, mas também pelas escolhas do que deve ser representado. Alberti, grande teorizador da Arte Renascentista, defendia a ideia de que, em sua busca do que representar, o artista deveria se empenhar na seleção do “mais belo” da natureza. Ao contrário, Leonardo da Vinci asseverava que todos os aspectos e elementos da natureza deveriam ser buscados pela imitação artística. Conforme registra um de seus escritos, ele não estava interessado no belo, mas sim no individual e característico. O feio poderia ser tanto objeto da representação artística como o belo. Outro aspecto fundamental da concepção de arte exposta por Leonardo da Vinci em seus escritos, e que com muita frequência faz com que ele seja apontado como um precursor de uma forma mais moderna de conceber a arte é a sua afirmação de que a “arte é coisa mental”. Ele tinha clareza de que a maioria das pessoas via mais frequentemente com o intelecto do que com os olhos, propriamente ditos.

Baumgarten

Alexander Gottlieb Baumgarten foi um filósofo alemão, o qual ficou marcado por introduzir pela primeira vez o termo “estética” em seu trabalho: “Meditações Filosóficas Sobre as Questões da Obra Poética” em 1735, com o qual nomeou a ciência que trata do conhecimento sensorial, como elemento determinante daquilo que irá ou não, causar impacto (apreensão do belo) ao observador pela arte, em contraposição à lógica como ciência do saber cognitivo. A partir daí, considera-se o belo como algo que agrada, arrebata, alegra ou simplesmente convém ao observador. Desloca-se assim, definitivamente, a idéia de beleza, do ente observável para a sensibilidade, singularidade do observador.

Baumgarten tem o mérito de haver tratado, em separado, o sentimento da apreciação da arte e do belo em geral, enquadrando-o embora como um conhecimento sensível. Aos problemas do conhecimento sensorial consagrou seu trabalho inacabado Estética, em 1750. Baumgarten não é o fundador da estética como ciência, mas o termo por ele introduzido no campo filosófico respondia às necessidades da investigação nesta esfera do saber, e alcançou ampla difusão.

Baumgarten define Estética, como arte de pensar de modo belo, como arte análoga da razão, como ciência do conhecimento sensitivo que se contrapõe ao saber filosófico que privilegia a abstração, para melhor entender a visão de mundo. Estabeleceu que ela resulta da atividade intelectual e também da sensitiva; por isso a noção do belo não é uma ideia simples e distinta, como pode acontecer com as ideias mentais, mas uma ideia confusa. Desde o século XVIII, Baumgarten, ganha espaço à concepção subjetiva do belo, como algo resultante da arte, não sendo mais uma propriedade simplesmente objetiva das coisas. Ou seja, trata-se não do belo em geral e sim, do belo como criação da arte.

Períodos

Assim como o conceito da arte muda de pensador para pensador, o período no qual a arte esta inserida também modifica e influencia a sua definição. Temos como exemplos os períodos Helenístico, Greco-romano e da Idade Moderna.

Helenístico: Ideais estéticos, habilidade para representar a figura humana. As influências artísticas da cultura grega espalharam-se por todo Império Macedônico, influenciando artistas. O realismo e a temática voltada para o dramático foram às principais características deste período.

Greco-romano: Estilo artístico caracterizado pela busca da perfeição. Este estilo não tinha origem apenas nas habilidades e criatividade do artista, mas também nas técnicas conhecidas e empregadas.

Idade Moderna: Desenvolvimento das artes plásticas e da cultura sob uma nova perspectiva humanista, principalmente com o Renascimento Cultural.

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Conclusão

Conclui-se que, a arte que está inserida em nossas vidas é compreendida de uma maneira muito superficial. Muitas vezes a arte é vista apenas como pinturas de Pablo Picasso ou esculturas de Michelangelo, porém ela não se limita apenas a um público visual, a arte também se escuta e, consequentemente, se sente.

A arte evolui a cada instante, e sua concepção muitas vezes não

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