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A QUE A CULTURA POPULAR TEM NA PESUISA

Por:   •  6/11/2018  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  400 Visualizações

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2.2. A CULTURA POPULAR NA PESQUISA

Atualmente é evidente que diversas áreas como da saúde e da educação tem buscado juntar os saberes populares ao campo da pesquisa. Seja no ensinar dos elementos culturais através da educação, e seja nas pesquisas da área farmacêutica. Segundo Artur (2009, p. 1):

Hoje, as diversas áreas "canônicas" de saber (como educação e saúde) têm procurado reintegrar os saberes populares, vendo-os como diferentes, mas não necessariamente opostos. A área farmacêutica tem aprendido muito, para dar um exemplo, com os conhecimentos tradicionais dos povos ameríndios. Da mesma forma, a educação tem ampliado seu olhar para incorporar o diferente e perceber que não há uma só "metodologia" possível.

Por isso é de suma importância o diálogo entre as duas áreas de conhecimento, como, por exemplo, no uso de medicamentos populares, como as plantas medicinais. Mesmo que em algum momento houve conflitos entre o saber popular e o cientifico, hoje se procura reintegrar os dois saberes, e assim mostrando a importância e a influência da cultura popular sobre as pesquisas. Segundo Bittencourt (2001, p. 1):

As plantas medicinais têm sido utilizadas sob os

critérios dos conhecimentos popular e científico em diferentes

contextos terapêuticos. O conhecimento científico algumas

vezes tem entrado em conflito com o conhecimento popular,

porém, em outras ocasiões tem havido uma busca de diálogo

entre ambos. Foram analisadas as falas de participantes de três

eventos técnico-científicos sobre plantas medicinais no ano de

1999 no estado do Paraná. Observamos que nesses eventos,

houve uma busca de diálogo entre os representantes do

conhecimento popular e científico, na busca da construção de

um conhecimento que viabilize o uso das plantas medicinais de

uma forma segura pela população.

Não se pode desqualificar o saber popular, e nem subestimá-lo nos aspectos atuais, onde as pesquisas cientificas, como na área da saúde, fazem a cada dia novas descobertas para o campo, como no uso de plantas medicinais, que se demonstram bem eficazes. Segundo José (2006, p. 7):

Desde os tempos imemoriais, o homem busca, na natureza, recursos que melhorem sua condição de vida para, assim, aumentar suas chances de sobrevivência pela melhoria de sua saúde. Em todas as épocas e culturas, ele aprendeu a tirar proveito dos recursos naturais locais. O uso da medicina tradicional1 (MT) e das plantas medicinais, em países em desenvolvimento, tem sido amplamente observado como base normativa para a manutenção da saúde (...). É correto aceitar a premissa de que nunca se deve subestimar a informação sobre plantas medicinais oriunda da sabedoria popular e somente repassá-la como verdadeira para o povo, depois de confirmar se a atividade atribuída realmente existe e que o seu uso como medicamento é seguro.

4. CONCLUSÃO

Como foi descrito nesse artigo, a cultura popular é de suma importância para o desenvolvimento das pesquisas, e no que tange o campo medicinal e farmacêutico, ela muitas vezes é o objeto da pesquisa, onde se fazem novas descobertas, contribuindo de forma significativa para esse campo. Além disso, a cultura é importante em vários outros aspectos, como na educação, o que a torna influente para pesquisa cientifica.

Por isso, a ruptura entre o conhecimento popular e a pesquisa (Uma herança da revolução científica no Ocidente, desde Copérnico, passando pelo pensamento inaugurador da modernidade, o Iluminismo), torna-se menor, já que é visível a influência e a importância de uma sobre a outra.

Sendo assim, a cultura popular tem o poder de reintegrar os saberes, demonstrando sua importância e influência no campo da pesquisa, o qual é cientifico. Seja nas salas de aula de uma escola, seja nas farmácias, ela torna-se influente e importante.

5. REFERÊNCIAS

ARTUR, José; O Conhecimento Científico e o Conhecimento Popular. 2009.

BITTENCOURT, Silvia Cardoso; Plantas medicinais: entre o conhecimento popular e o conhecimento científico. 2001.

CHAUI, Marilena; Convite à Filosofia. São Paulo, Editora Ática, 2010.

Francisco, José; A Fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Brasília, Gráfica e Editora Ideal Ltda, 2006.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2001.

RIBEIRO, Darcy. Os Brasileiros: 1. Teoria do Brasil, Estudos de Antropologia da Civilização. Petrópolis: Vozes, 1978.

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