A FÉ E A RAZÃO NA FILOSOFIA CRISTÃ
Por: Juliana2017 • 24/12/2018 • 12.823 Palavras (52 Páginas) • 390 Visualizações
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Keywords: Faith, Reason, Conflict, Philosophy, Understanding, Existence.
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SUMÁRIO
JULGAMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
AGRADECIMENTO 5
RESUMO 6
ABSTRACT 7
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I: CONCEITUANDO A FÉ E RAZÃO 10
1.1 A Fé 10
1.2 A Razão 12
CAPÍTULO II: CONFLITO ENTRE A FÉ E A RAZÃO 14
2.1 O acordo entre a Fé e a Razão 16
CAPÍTULO III: cOMPREENDENDO OS ASPECTOS DA FILOSOFIA CRISTÃ 18
3.1 Estabelecendo os fundamentos do Neoplatonismo. 18
3.1.2 Fundamentos do Estoicismo 20
3.1.3 Fundamentos do Gnosticismo 21
CAPÍTULO IV: FILOSOFIA CRISTÁ E SUAS DOUTRINAS 26
4.2 A Filosofia cristã comportou dois grandes períodos 27
4.2.1 Patrística: do século I até o século VI ........... 27
4.2.2. Santo Agostinho - vida e obras 28
4.2.3 Filosofia da Escolástica (sec. IX ao sec. XV) 29
4.3.1 A relação entre filosofia e teologia no cristianismo 30
CAPÍTULO V: A FILOSOFIA CRISTÃ SEGUNDO A CONCEPÇÃO DE TOMAS DE AQUINO 32
5.1. Cinco provas da existência de Deus 32
CAPÍTULO VI: QUEM É DEUS 36
6.2 A existência de Deus 37
6.4 A criação 41
CONCLUSÃO 45
REFERENCIAS 47
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INTRODUÇÃO
Este trabalho resume-se em expor de forma clara e objetiva uma reflexão sobre Fé e Razão na Filosofia Cristã e pontuará as seguintes linhas de pensamento: os conflitos entre a fé e a razão que é atribuído a um período medieval em que se travava um confronto entre os adeptos da boa nova, a religião cristã. E a fé, por sua vez, é a grande inspiradora para os momentos nos quais a razão não encontra resposta para determinadas crenças humanas.
No decorrer da Idade Média, mais precisamente no período da Escolástica, a discussão foi muito instigada sobre este tema. Entretanto, esta reflexão está embasada no que foi exposto pelo pensador aristotélico, Santo Tomás de Aquino e João Paulo II, tomista contemporâneo. Ambos querem comprovar que a razão e fé precisam percorrer o mesmo caminho, pois o homem delas precisa para dar crédito ao que por ele for examinado.
O pensamento de São Tomás de Aquino com a cristianização do pensamento aristotélico coloca em concordância a razão e a fé, pois a luz que emana de ambas tem como origem o próprio Deus. São Tomás de Aquino ficou conhecido com o apóstolo da verdade, pois a alcançou em todas as suas manifestações, para poder revelar a sua universalidade, e o encontro com essa verdade possibilitou a Igreja um horizonte universal da verdade, objetiva e transcendente.
No entanto, tanto a fé como a razão tem seu espaço próprio de realização. Em Deus está presente à origem e a plenitude do mistério, sendo assim compete ao homem examinar com a razão, a verdade.
Deus existe? É possível comprovar sua existência? Razão e fé são incompatíveis? Tais questões foram centrais na filosofia medieval, que, por mais de mil anos (aproximadamente, entre os séculos 2 d.C. e 13 d.C.), subordinou especulações filosóficas aos dogmas das escrituras sagradas, sob o domínio da Igreja Católica. Estas e outras perguntas, ideias e postulados religiosos são estudados e exposto para um melhor entendimento. Desde muito cedo a fé das religiões e a razão da filosofia se confronta, cada uma explica a existência de Deus de uma forma.
CAPÍTULO I: CONCEITUANDO A FÉ E RAZÃO
1.1 A Fé
A palavra fé vem do latim “fides”, que possui vários significados que podem ser divididos em profanos e religiosos. No primeiro sentido, a fé pode estar relacionada à confiança na existência de um fato ou em dar crédito ao que alguém diz. Na religião, a expressão diz respeito à revelação divina, a certeza de que existe algo superior ao ser humano. Dentro do assunto em questão, pode-se definir fé como um ato, de acordo com KREEFT e TACELLI, p. 40-41:
O ato de fé é mais do que um mero ato de crer. Acreditamos em muitas coisas – por exemplo, que determinado time de futebol era ganhar o jogo, que o presidente não é um mau caráter, que a Noruega é um belo país – entretanto, não estamos dispostos a morrer por essas crenças e não podemos vivê-las a cada momento. Entretanto, a fé religiosa tanto pode estimular-nos a morrer em prol do que cremos como viver a cada instante. (...) Mas o simples ato de crer faz parte da fé e é um de seus aspectos.
A fé segundo a bíblia é o firme fundamento das coisas que não se vêem com ela o ser humano tem a capacidade de crer no invisível, segundo Kreeft e Tacelli, fé é simples ato de crer, que os levava a acreditar em seus pensamentos. A fé por si própria é algo presente em todos os seres humanos, já que homem necessita crer, mesmo que seja em si próprio.
A fé é essencialmente adesão afetiva. Nessa perspectiva podemos chamá-la de a-racional, pois não provém de um raciocínio. Mas também podemos chamá-la supra-racional, pois ultrapassa o raciocínio. A fé tem, todavia, uma estrutura racional. Entretanto, cabe-nos estarmos conscientes dos limites da razão.
Segundo a bíblia, “A fé é a firme confiança de que virá o que se espera a demonstração clara de realidades não vistas.” (Hebreus 11:1). Para o ser humano ter uma confiança firme, baseada em certezas, ela precisa de fortes motivos. Na realidade, “firme confiança” vem de uma palavra que significa mais do que
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