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A Epistemologia

Por:   •  15/7/2018  •  1.259 Palavras (6 Páginas)  •  327 Visualizações

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B do trilema de Agripa. Para eles toda a justificação é inferencial, no sentido de que todas as crenças se encontram apoiadas por outras crenças.

Muito coerentistas defendem a teoria atacando o fundacionalismo. Argumentam que o fundacionalismo tem problemas intratáveis e que se deve ser rejeitado em prol do coerentismo. Mas o coerentismo também é defendido com base na ideia que está mais próximo do modo como de facto apoiamos as nossas crenças.

3. Percepção

A percepção, que inclui a visão, o tacto, o olfato, o paladar e a audição, é uma das fontes mais importantes de aquisição de conhecimento acerca do mundo. A percepção é tão importante que sem ela nada poderíamos descobrir acerca do mundo exterior. Os erros perceptivos podem ser divididos em dois tipos: as ilusões dão-se quando os objectos percepcepcionados, apesar de existirem possuem propriedade distintas das percepcionadas e as alucinações dão se quando os objectos percepcionados nem sequer existem.

3.1. O problema da percepção

Intuitivamente, através da percepção temos um contacto directo ou imediato com o mundo exterior. Este aspecto intuitivo da percepção é aquilo a que alguns filósofos chamam de «abertura ao mundo» no sentido em que nos é dado directamente pela percepção. Todavia, a existência de erros perceptivos choca com este aspecto intuitivo da percepção.

Isto sugere que existe um objecto distinto do real que é o objecto da minha percepção (As fenomenologicamente não há qualquer forma arbitraria de distinguir percepções verídicas e meras ilusões). Este é o chamado argumento da ilusão. Assim que aquilo com que estamos directamente em contacto não são os objectos reais «lá fora», mas os objectos internos à mente. Este é o chamado argumento da alucinação.

No entanto, o argumento da ilusão e alucinação desafiam este modelo intuitivo sugerindo que nunca estamos directamente em contacto com o mundo exterior e por consequência, que o conhecimento perceptivo é muito menos seguro do que parece ser.

3.2. Realismo indirecto

Chama-se realismo indirecto ao modelo de percepção sugerido por argumentos da ilusão e da alucinação. Há várias formas de realismo indirecto, mas a ideia básica é que a percepção não nos coloca com o mundo, mas apenas com as nossas impressões sensoriais dele. Ou seja, apenas estamos em contacto com o mundo exterior.

Os principais argumentos desta corrente são os argumentos da ilusão e alucinação.

Um segundo argumento baseia-se na distinção entre propriedades primárias e a secundárias. Introduzida pela primeira vez por John Locke. A ideia de que os objectos físicos não mantêm todas as suas propriedades quando não estão a ser percepcionadas (Aquelas propriedades que dependem dos agentes cuja a sua existência é completamente independente de serem ou não percepcionadas chamam-se propriedades primárias. Aquelas propriedades que dependem aos agentes que as percepcionam chamam-se propriedades secundarias.

Se as nossas percepção apenas nos relaciona directamente com entidades mentais, dificilmente poderemos sequer ter crenças justificadas acerca do mundo exterior. Este é chamado problema do mundo exterior.

3.3. Idealismo

O idealismo não é apenas uma teoria acercada natureza do mundo da percepção, mas também uma teoria metafisica acerca da natureza do mundo: o mundo é constituído pela nossa percepção dele.

O mais infinito filosofo idealista George Barkeley defende que «ser é ser percepcionado» que o mundo deixa de existir se nós não percepcionamos.

O idealismo apesar de historicamente importante, foi abandonado como teoria da percepção toda a teoria da percepção tem por objectivo explicar como percepcionamos o mundo exterior, e o idealismo conclui que pode ser percepcionado, uma vez que não existe.

3.4. Realismo Directo

A teoria que defende o modelo intuitivo da percepção chama-se realismo directo. O realista directo assume que o mundo exterior existe tal como intuitivamente o concebemos e que estamos directamente em contacto com este. Os argumentos a favor desta teoria são o facto de dar conta aos aspectos mais intuitivo do mundo exterior.

O realismo directo defende a ideia que a percepção é como intuitivamente a concebemos, uma forma directa de contacto com o mundo exterior.

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