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Atps sistemas de multimida

Por:   •  1/10/2018  •  8.973 Palavras (36 Páginas)  •  309 Visualizações

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As eras da comunicação

A Era da Fala marcou o início do progresso comunicativo e perceptível. Desde os primórdios, a comunicação é essencial. Nessa era os homens das cavernas comunicavam através de sons incompreensíveis aos ouvidos atuais e através de desenhos nas paredes, cravados e desenhados com as pontas das lanças utilizadas pelos mesmos para caçar. O poder de comunicar foi passando de geração em geração, os vocábulos evoluíram e a comunicação também. “A cultura oral passa de geração em geração através de uma atmosfera de interação pessoal emotiva e sensorial” (BACELAR, 1999, p. 3) fazendo com que o poder de comunicar se torne algo de transcendente.

O homem é o animal que fala. Aristóteles dizia que o ser humano era um animal político, um animal que falava. Contando com cerca de 40 mil anos, a fala deu ao

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Homem a possibilidade de dar um gigante salto no desenvolvimento da comunicação humana, fazendo com que se tornasse viável, através da fala, a transmissão de mensagens complexas e precisas. As pinturas rupestres foram algumas das primeiras tentativas de compreensão e armazenamento de informação, e a arte passou a fazer parte do dia-a-dia do homem como meio de comunicação.

A Era da Escrita marcou o início da comunicação como hoje a conhecemos, assim como a fala. Estas duas eras protagonizaram a criação e o nascimento verdadeiramente comunicação como forma de partilha de informações estilizadas e homogeneizadas para toda a sociedade, em qualquer parte do mundo. O alfabeto, concebido para que a criação de palavras se tornasse possível, derivou do Alifato (primórdio do alfabeto árabe. A sua letra inicial, o alif, origina o seu nome). Dá-se usualmente a origem da criação do alfabeto aos Fenícios, mas recentes estudos vieram desmistificar essa ideia, afirmando que antes desse povo originário da Fenícia - planície costeira onde hoje é o Líbano e a Síria - já existiam “vestígios de um alfabeto anterior, chamado escrita proto-sinaítica, utilizado na península do Sinai” (GOMES, 2007, p. 9). A alfabetização era inicialmente restrita a especialistas, sendo que cada sociedade criou uma forma particular de escrita.

As primeiras palavras começaram a ser escritas em pedra, placas de argila e mais tarde, no papiro - algo que se tornou o mais próximo possível do atual papel. Antes de se tornarem meios comunicação e difusão viáveis e “práticos”, “as primeiras mensagens eram transmitidas por estafetas, que percorriam muitos quilómetros para levarem a informação ao seu destino” (BRAGANÇA, 2009, p. 2); só mais tarde com o surgimento do papel, com as mensagens escritas em suportes mais transportáveis, se tornou possível fazer chegar uma mensagem ao seu destinatário de forma mais instantânea, mesmo que demorasse alguns dias a chegar.

A Era da Imprensa revolucionou a comunicação, quase tanto quanto o aparecimento da fala, já que a sua invenção foi o maior acontecimento da história, o início da revolução da evolução. É impossível falar em impressão ou escrita, sem falar de Gutenberg, o pai da imprensa e tipografia. Os créditos dos tipos móveis estão até hoje a cargo do ourives alemão, no entanto a invenção não partiu de si próprio, sendo que Gutenberg apenas aprimorou os objetos, dando-lhes mais mobilidade e mais

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eficiência. Os blocos de impressão já eram usados há vários anos na China mas, por serem talhados em madeira, não possibilitavam o uso de muita pressão para marcar o papel. Quando, em 1455, Gutenberg decidiu melhorar os tipos móveis - introduzindo novos tipos de caracteres individuais de metal duro e desenvolvendo tintas à base de óleo, para que estes funcionassem mais eficazmente - deu-se uma reinvenção da impressão e foi essa a rampa de lançamento para o que hoje conhecemos como técnicas de impressão. Uma das principais técnicas foi a invenção de “prelos em aço em vez de madeira, movidos pela energia da máquina a vapor e a alimentação de papel em bobine, em conjunto, contribuíram para o vertiginoso aumento da eficiência da imprensa” (BACELAR, 1999, p. 5). Tamanho foi o seu contributo para o mundo da impressão, que Gutenberg detém, até hoje, a glória da criação da imprensa, tendo-se tornado o pioneiro que proporcionou o desenvolvimento das impressões gráficas. Para que as técnicas de impressão do alemão fossem exploradas ao seu máximo, vários eram os fatores determinantes, que ainda hoje se utilizam quando algo necessita de ser impresso, seja em papel, numa lona ou até numa t-shirt. Os tipos, a composição, a tinta, a impressão, o prelo e o produto são os cinco fatores determinantes para o sucesso da tipografia e da imprensa.

O fator determinante para que estas impressões começassem a ser feitas, foi o papel onde iriam ser gravadas. Antes do surgimento do papel, apenas o pergaminho e o velino (papel de couro de vitela) proporcionavam uma perfeita absorção da tinta, no entanto, estes materiais eram demasiadamente caros, e a sua impressão não compensava a nível monetário. “Desde a sua introdução na Europa, no século XII, o papel foi-se afirmando como alternativa viável ao velum [velino] e ao pergaminho, que constituíam à época os meios convencionais de para o registo e transporte da informação escrita.” (BACELAR, 1999, p. 2). O papel ganha o seu protagonismo nessa altura, apesar de há mais de 200 anos ser comercializado na China e na Arábia, mas sem grande alarido; com o surgimento da impressão em papel, generalizou-se o seu uso e a sua comercialização.

A Era do Telefone remonta ao século XX, tendo sido o substituto direto do telégrafo. Por ser mais fácil de utilizar e de resposta mais imediata, teve um sucesso extremo, logo após a sua invenção. Apesar de muitos manuais afirmarem que a sua invenção foi em 1876, obra do cientista escocês Alexander Graham Bell, muitos discordam,

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tendo gerado bastante controvérsia em relação à sua autenticidade. Numa leitura de A Comunicação na Sociedade da Informação, de Marcelo Mendonça Teixeira, deparamo-nos com a opinião de Pampanelli (2004) onde este comenta que “Graham Bell e Elisha Gray descobriram, simultaneamente, que tons sonoros poderiam ser emitidos de uma só vez utilizando o fio telegráfico, em 1875, e descobrem que estão trabalhando no mesmo projeto” (TEIXEIRA, 2011, p. 15). Ambos

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