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Transformações no mundo do trabalho

Por:   •  14/12/2017  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  360 Visualizações

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- Os CCQ (Círculo de Controle de Qualidade) podem ser definidos como um grupo de trabalhadores (operários de “chão de fábrica”, líderes de seção e técnicos) que se reúnem periodicamente. A participação dos trabalhadores nos CCQ é teoricamente voluntária, uma vez que são oferecidos tratamentos especiais por parte das indústrias àqueles que participarem desses círculos (evita-se demiti-los em época de recessão; são convidados a fazerem treinamentos profissionais exclusivos; possuem maiores possibilidades de serem promovidos, etc.).

Os CCQ buscam, através dessas reuniões, identificar problemas de toda a ordem na produção (desde o problema em alguma máquina até uma discussão ou indisposição entre operários) e apresentar sugestões para a solução desses problemas.

- Outro princípio utilizado no toyotismo chama-se kaisen (princípio do melhoramento contínuo), que almeja o maior grau de eficiência possível de produtividade, delega aos trabalhadores a responsabilidade de contribuírem com sugestões e participações que possam melhorar continuamente a produtividade e a qualidade.

Taylorismo/fordismo ainda são praticados em diversos locais de produção e podem conviver com alguns princípios do toyotismo.

- A simplificação do trabalho facilita a flexibilidade, uma vez que o trabalhador pode ser transferido com facilidade de uma seção a outra, graças ao caráter igual, homogêneo, simplificado de suas tarefas. A maquinaria torna o trabalho adaptável a qualquer homem, pois possibilita o remanejamento entre eles.

- Uma das novidades do toyotismo consiste no envolvimento emocional e motivacional dos trabalhadores, ou seja, o toyotismo depende do envolvimento dos trabalhadores, um “vestir a camisa da empresa” como também um “pensar com a cabeça da empresa”.

O toyotismo se torna possível em fábricas com certo nível de automotização.

No mundo do trabalho atual, também observa-se um aumento dos terceirizados, subcontratados, part-time , entre tantas outras formas assemelhadas, que se expandem em escala global.

Observa-se também um aumento significativo do trabalho feminino, que atinge mais de 40% da força de trabalho em diversos países avançados, e que tem sido absorvido pelo capital, preferencialmente no universo do trabalho part-time, precarizado e desregulamentado. Níveis salariais e de direitos femininos desiguais aos dos homens.

Também se nota uma crescente exclusão dos jovens, que atingiram a idade de ingresso no mercado de trabalho e que, sem perspectiva de emprego, acabam muitas vezes engrossando as fileiras dos trabalhos precários, dos desempregados, sem perspectivas de trabalho, dada a vigência da sociedade do desemprego estrutural.

Paralelamente à exclusão dos jovens vem ocorrendo também a exclusão dos trabalhadores considerados “idosos” pelo capital, com idade próxima de 40 anos e que, uma vez excluídos do trabalho, dificilmente conseguem reingresso no mercado de trabalho. Somam-se, desse modo, aos contingentes do chamado trabalho informal, aos desempregados, aos “trabalhos voluntários” etc.

E, paralelamente a esta exclusão dos “idosos” e jovens em idade pós-escolar, o mundo do trabalho, nas mais diversas partes do mundo, no Norte e no Sul, tem se utilizado da inclusão precoce e criminosa de crianças no mercado de trabalho, nas mais diversas atividades produtivas.

Nota-se também uma expansão do trabalho em domicílio, permitida pela desconcentração do processo produtivo, pela expansão de pequenas e médias unidades produtivas.

O processo de mundialização produtiva desenvolve uma classe trabalhadora que mescla sua dimensão local, regional, nacional com a esfera internacional.

Assim como o capital dispõe de seus organismos internacionais, a ação dos trabalhadores deve ser cada vez mais internacionalizada.

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