Transexualidade no Mundo do trabalho
Por: YdecRupolo • 27/6/2018 • 1.625 Palavras (7 Páginas) • 387 Visualizações
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e informal,
pressupõese
a correlação de preconceitos e estereótipos criados e praticados pela
sociedade.
Diante das mudanças do atual cenário social, ocorreu uma série de
transformações nas questões de gênero da sociedade, havendo a necessidade da
discussão mais ampla deste tema. Ou seja, compreendendo que, transexuais,
indivíduos ainda marginalizados pela sociedade precisam ter sua voz ouvida, e seus
direitos garantidos.
Muitos estigmas ainda são construídos e reproduzidos acerca das pessoas
transexuais, o que ocasiona o preconceito e exclusão destes. Embora alguns
direitos tenham sido conquistados para este público, como nome social e a cirurgia
de resignificação sexual realizada pelo SUS, ainda são inúmeros os desafios
enfrentados pela categoria, a exclusão familiar, social e no mercado de trabalho são
algumas delas.
Muitos dos transexuais brasileiros, vivem em situação de pobreza, ou não
estão inseridos no mercado de trabalho formal, de acordo com a Associação
Nacional de Travestis e Transexuais (Antra 2016),
cerca de 90% da população
transexual está se prostituindo no Brasil, estando vulnerável a todo tipo de violência.
Também segundo a Associação Nacional de Travestis, a baixa escolaridade é
tida como uma das consequências da exclusão que o jovem transexual sofre na
família, e com isso, acaba saindo mais cedo do ambiente escolar, acabando por não
conseguir se inserir no mercado de trabalho. Segundo estimativas da associação,
somam apenas 10% os transexuais inseridos formalmente no mercado de trabalho.
A proposta da pesquisa surgiu em meio a necessidade de analisar a situação
dos transexuais de Porto Alegre, em relação ao mercado de trabalho, se há ou não
desafios encontrados e quais são estes, quais as conquistas e direitos alcançados
ao longo dos tempos. Por ser um assunto ainda polêmico, possui pouco referencial
teórico, e as associações e grupos de defesa e representação desta minoria ainda
são pequenas. Com a presente pesquisa, buscamos analisar como o atual cenário
do trabalho recebe e trata pessoas transexuais, já inseridas neste mercado, e qual a
justificativa para que tantos transexuais ainda estejam fora do trabalho formal.
PROBLEMA
O maior desafio enfrentado pelo transexual para a inclusão no mundo do
trabalho advém de atitudes discriminatórias e preconceituosas por parte dos
empregadores/organizações.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A última classificação americana de transtornos mentais, retirou dos seus
diagnósticos, o termo transexualismo, pois o sufixo final denomina doença. Os
travestis e transexuais sofrem, pois ainda recebem a carga de um transtorno
psiquiátrico, no qual o seu diagnóstico, é a única possibilidade para a troca do nome
civil na documentação. Segundo o “Manual diagnóstico e estatístico das desordens
mentais 1994”,
a transexualidade é caracterizada como um transtorno de
identidade de gênero, o que é considerado menos ofensivo, mas não menos
taxativo quanto a rótulos.
É importante que se conheça a diferença entre transexual e travesti na questão
social, pois os significados destes termos são significativos em relação à aspectos
socioeconômicos e socioculturais. A mulher transexual branca e de classe média, já
tem maior visibilidade, e pode optar pela cirurgia de resignação sexual. Já a travesti,
na sua maioria, vive na periferia consequentemente está mais vulnerável a
violência, inserida no trabalho sexual, e não tem condições de pagar por uma
cirurgia.
Toda travesti é transexual, porém o que designa sua identificação e leitura são
os preconceitos e as discriminações como práticas sociais, envolvem multifatores
além do econômico, tais como: gênero, classe social, religião, étnicoracial
e
regionalidade. O mesmo vale para homens transexuais que se estiverem inseridos
numa situação socioeconômica mais baixa, não possuem condições de realizar
tratamentos hormonais e nem a cirurgia de resignação, sendo a maioria das vezes
lidos como mulheres lésbicas.
A orientação sexual ainda é discussão na inserção para o mundo do trabalho,
os transexuais em uma constante busca pelos seus direitos, em exercício de sua
cidadania, sofrem ainda diversos tipos de preconceitos e discriminações, a maioria
ainda está inserida em subempregos, e muitos se obrigam a entrar para o trabalho
sexual. Conforme a Constituição Federal de 1988, um dos objetivos da República
Federativa
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