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Transexualidade no Mundo do trabalho

Por:   •  27/6/2018  •  1.625 Palavras (7 Páginas)  •  376 Visualizações

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e informal,

pressupõese

a correlação de preconceitos e estereótipos criados e praticados pela

sociedade.

Diante das mudanças do atual cenário social, ocorreu uma série de

transformações nas questões de gênero da sociedade, havendo a necessidade da

discussão mais ampla deste tema. Ou seja, compreendendo que, transexuais,

indivíduos ainda marginalizados pela sociedade precisam ter sua voz ouvida, e seus

direitos garantidos.

Muitos estigmas ainda são construídos e reproduzidos acerca das pessoas

transexuais, o que ocasiona o preconceito e exclusão destes. Embora alguns

direitos tenham sido conquistados para este público, como nome social e a cirurgia

de resignificação sexual realizada pelo SUS, ainda são inúmeros os desafios

enfrentados pela categoria, a exclusão familiar, social e no mercado de trabalho são

algumas delas.

Muitos dos transexuais brasileiros, vivem em situação de pobreza, ou não

estão inseridos no mercado de trabalho formal, de acordo com a Associação

Nacional de Travestis e Transexuais (Antra 2016),

cerca de 90% da população

transexual está se prostituindo no Brasil, estando vulnerável a todo tipo de violência.

Também segundo a Associação Nacional de Travestis, a baixa escolaridade é

tida como uma das consequências da exclusão que o jovem transexual sofre na

família, e com isso, acaba saindo mais cedo do ambiente escolar, acabando por não

conseguir se inserir no mercado de trabalho. Segundo estimativas da associação,

somam apenas 10% os transexuais inseridos formalmente no mercado de trabalho.

A proposta da pesquisa surgiu em meio a necessidade de analisar a situação

dos transexuais de Porto Alegre, em relação ao mercado de trabalho, se há ou não

desafios encontrados e quais são estes, quais as conquistas e direitos alcançados

ao longo dos tempos. Por ser um assunto ainda polêmico, possui pouco referencial

teórico, e as associações e grupos de defesa e representação desta minoria ainda

são pequenas. Com a presente pesquisa, buscamos analisar como o atual cenário

do trabalho recebe e trata pessoas transexuais, já inseridas neste mercado, e qual a

justificativa para que tantos transexuais ainda estejam fora do trabalho formal.

PROBLEMA

O maior desafio enfrentado pelo transexual para a inclusão no mundo do

trabalho advém de atitudes discriminatórias e preconceituosas por parte dos

empregadores/organizações.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A última classificação americana de transtornos mentais, retirou dos seus

diagnósticos, o termo transexualismo, pois o sufixo final denomina doença. Os

travestis e transexuais sofrem, pois ainda recebem a carga de um transtorno

psiquiátrico, no qual o seu diagnóstico, é a única possibilidade para a troca do nome

civil na documentação. Segundo o “Manual diagnóstico e estatístico das desordens

mentais 1994”,

a transexualidade é caracterizada como um transtorno de

identidade de gênero, o que é considerado menos ofensivo, mas não menos

taxativo quanto a rótulos.

É importante que se conheça a diferença entre transexual e travesti na questão

social, pois os significados destes termos são significativos em relação à aspectos

socioeconômicos e socioculturais. A mulher transexual branca e de classe média, já

tem maior visibilidade, e pode optar pela cirurgia de resignação sexual. Já a travesti,

na sua maioria, vive na periferia consequentemente está mais vulnerável a

violência, inserida no trabalho sexual, e não tem condições de pagar por uma

cirurgia.

Toda travesti é transexual, porém o que designa sua identificação e leitura são

os preconceitos e as discriminações como práticas sociais, envolvem multifatores

além do econômico, tais como: gênero, classe social, religião, étnicoracial

e

regionalidade. O mesmo vale para homens transexuais que se estiverem inseridos

numa situação socioeconômica mais baixa, não possuem condições de realizar

tratamentos hormonais e nem a cirurgia de resignação, sendo a maioria das vezes

lidos como mulheres lésbicas.

A orientação sexual ainda é discussão na inserção para o mundo do trabalho,

os transexuais em uma constante busca pelos seus direitos, em exercício de sua

cidadania, sofrem ainda diversos tipos de preconceitos e discriminações, a maioria

ainda está inserida em subempregos, e muitos se obrigam a entrar para o trabalho

sexual. Conforme a Constituição Federal de 1988, um dos objetivos da República

Federativa

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