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Resenha documentário Lei da Água

Por:   •  11/11/2018  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  317 Visualizações

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feito um levantamento por pesquisadores que concluiu que uma porcentagem muito pequena da área utilizada por este tipo de produtor se situava em áreas que anteriormente seriam APP’s, refutando os ruralistas e mostrando, novamente, que faltou embasamento teórico na aprovação do projeto.

Em relação às matas de encostas, a nova lei mudou as regras sobre ocupação e desmatamento, o que acarreta em uma instabilidade geotécnica, levando a deslizamentos de terra, podendo causar mortes e prejuízos econômicos. Outra polêmica mudança no código foi a diminuição da distância obrigatória de áreas agrícolas em relação às matas ciliares. Com a proximidade de rios, agora é mais possível que agrotóxicos e solo revolvido cheguem aos corpos d’água, levando à eutrofização e consequente mortandade da vida aquática. As nascentes também foram prejudicadas, o que acarreta em menor qualidade da água e abundância. Além disso, se deve ressaltar que, quanto maior for o desmatamento em determinada área, menor será a formação de nuvens devido à escassa transpiração das plantas, o que leva a diminuição de chuvas em outros locais, dependendo de para onde os rios aéreos correm.

A comunidade científica não foi escutada graças ao interesse próprio de quem se favoreceria com a aprovação das medidas. Além dos fatores errados cientificamente citados anteriormente, o código aprovou reflorestamento das áreas que deveriam ser regeneradas com espécies exóticas, o que pode acarretar em diversas mudanças no ecossistema, da fauna à flora. Também não foram levados em consideração os animais já que, em áreas cada vez menores, diminui-se a biodiversidade.

Com déficit claro de embasamento científico, o novo código, antes de ser aprovado, gerou revolta em alguns cidadãos que discordaram com as atitudes flexíveis que favoreceriam poucos em detrimento de muitos. Ocorreram protestos e mobilizações para que a presidente Dilma vetasse o código, contudo, ela vetou alguns pontos que pouco interferiam na preservação dos recursos hídricos. Sem vontade política e atrelada ao interesse próprio, o novo código foi aprovado, quebrando o Art. 225. da Constituição Federal que diz que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

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