Geografia pequena história crítica
Por: SonSolimar • 20/10/2018 • 2.709 Palavras (11 Páginas) • 382 Visualizações
...
Este conjunto de teorias do destaque a explicação da evolução das espécies, a adaptação ao meio seria um dos processos fundamentais. Haeckel discípulo de Darwin desenvolveu a ideia de ecologia, isto é do estudo da interrelação de elementos que combinam um determinado espaço. A geografia é síntese das singularidades ocorridas pelo processo da transição feudal capitalista, onde surgiu o capitalismo.
A situação histórica da Alemanha, no inicio do século XIX, época em que se dá a eclosão da geografia, é de atraso na introdução do capitalismo neste país. O estado nacional não estava constituído, era um aglomerado de feudos, cuja ligação ainda reside alguns traços culturas comuns. O poder estava nas mãos dos proprietários de terras, a estrutura feudal estava cheia, neste momento é que ocorre a penetração das relações capitalistas, sem romper com a ordem vigente.
Com a sedimentação do capitalismo e com expansionalismo napoleônico, surge nas classes dominantes alemãs a ideia de unificação nacional, com congregado os principados alemães os reinos da Áustria e da Rússia. Temas como organização do espaço, apropriação do território, variação regional entre outros, eram discutidos palas classes dominantes da Alemanha.
As colocações iniciais do sentido da sistematização da geografia vão ser obras de autores prussianos ligados aristocracia: Alexandre Von Humboldt, conselheiro da Prússia e Kal Ritter, vindo de uma família de banqueiros. Eles vivenciaram a revolução francesa, e ocupando altos cargos da hierarquia universitária alemã. Alexandre Von Humboldt, possuía informações naturalista e realizou várias viagens. Entendia a geografia como uma síntese de todos os conhecimentos relativos a terra.
É de sua definição do objeto geográfico era: a contemplação de universidade das coisas, de tudo que consiste no espaço, concernente a substancia e forças, da simultaneidade dos seres materiais que consiste na terra. Assim a geografia seria uma disciplina sintética, preocupada com a conexão entre os elementos e buscando através destas conexões a causalidades existentes na natureza. Estes ajudam a manter aberta a discussão teórica do pensamento geográfico, na Alemanha, nos outros países da Europa, a geografia continuam com o levantamento exaustivo sob os diferentes lugares da terra.
Friedrich Ratzel também alemão e prussiano, publica as suas obras no último quartel do séc XIX. A vitória da Rússia formou o estado prussiano imprimindo suas características na nova nação, formando uma organização militarizada, a direção do estado estava nas mãos da aristocracia. A geografia colocada por Ratzel privilegia o elemento humano, valoriza a formação de territórios, as migrações, a distribuição dos povos e dar raças da superfície terrestre, os estudos monográficos das áreas habitadas.
Ellem Semple geógrafa americana, aluna de Ratzel, foi responsável pala divulgação de suas sustentações nos Estados Unidos, Uma das suas teorias foi a que relaciona a regiões e relevo, nas regiões assim acidentadas regiões politeístas. As teorias de geógrafo inglês Elsworth Huntington eram mais elaboradas, este ator coloca as condições naturais mais hostis seriam propícias ao maior desenvolvimento, e que a tropicalidade é fruto do subdesenvolvimento.
A ultima perspectiva das formulações de Ratzel foram a escola ambientalista, a qual propõe o estudo do homem e as relações aos elementos do meio em que ele de insere. A obra de Ratzel contribui em muito para a evolução do pensamento geográfico, a sua importância maior de trazer para o debate geográfico os temas políticos e econômicos colocados o homem no centro das análises.
No contexto do século XIX, em conjuntura da terceira república e o conflito de interesses na Alemanha. A França foi quem realizou de uma forma mais pura, a revolução burguesa, a burguesia deu afeição ao Estado que mais respondia a seus interesses. Napoleão Bonaparte completou esse processo do desenvolvimento capitalista, o qual teve sua ruptura na revolução francesa, no momento que a burguesia tomou uma postura revolucionária, e fizeram um projeto que atendia os interesses do conjunto da sociedade. Inicia-se, a luta de classes, por essa razão, a França foi o berço do socialismo militante, lugar onde o caráter classista da democracia burguesa se revelou.
As jornadas de 1848 e da Comuna de Paris revelaram a dominação burguesa, refletindo no fim da fase heróica desta classe, que era dominante e lutava para manter o poder sobre o Estado. A ciência acaba por cumprir um papel importante nesse movimento ideológico, foi posta distante dos interesses sociais, envolvida num manto de neutralidade. Havia choque de interesses entre França e Alemanha, uma disputa entre imperialismos, que acabou por gerar a guerra franco-prussiana, em 1870, na qual a Prússia saiu vencedora. Por terem sido diferenciadas as vias do desenvolvimento capitalista na Alemanha e França, forma diferentes as formas de dominações de conteúdo.
Nesse período o autor aponta para uma nova visão da Geografia, que ia além das enumerações exaustivas e dos relatos de viagem. A França seria berço de outra grande escola da Geografia inaugurada por Paul Vital de La Blache. Outro fator de mudança seria o crescimento populacional, que poderia impulsionar a busca por novos recursos, para dividir entre a comunidade existente e a criar novos núcleos, gerando assim um processo de colonização. As comunidades seriam “oficinas de civilização”, assim os gêneros se difundiriam pelo globo, num processo de enriquecimento mútuo, o que levaria ao fim dos localismos.
A Geografia estudaria os gêneros de vida e sua difusão, tendo em vista as obras humanas sobre o espaço, criadas pelas sociedades, na sua relação histórica e cumulativas com diferentes meios naturais. É possível observar o argumento que acaba por criticar o expansionismo germânico ao mesmo tempo que resguarda a ação colonial francesa. Vidal abriu a possibilidade de falar da “missão civilizadora” do europeu na África, assim legitimando a ação colonialista francesa. La Blache propõe a seguinte análise geográfica: observação de campo, indução a partir da paisagem, particularização da área enficada, o que acaba culminando numa tipologia.
Vidal fundou a corrente que se tornou majoritária no pensamento Geográfico: homem-natureza. Após suas formulações, o núcleo central da disciplina estava constituído. Outros geógrafos tomaram seus fundamentos e desenvolveram propostas próprias de definição do Objeto. Demangeon relevou a problemática econômica, dando ênfase nas instalações humanas
...