Fichamento de Citação Comentado
Por: Ednelso245 • 15/6/2018 • 1.913 Palavras (8 Páginas) • 548 Visualizações
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Comentário: Todo o acervo cultural dos negros é observado no modo como eles vivem seu cotidiano, no tipo de alimentação e até mesmo na maneira de se vestir.
MÚSICA NEGRA
“As identidades negras contempladas na música brasileira são, hoje, o resultado de muitas implicações históricas, entre elas a tradição da oralidade de inúmeras culturas africanas, que se destaca pela força do improviso, presente em muitas expressões musicais, como nos cantos do congado, jongo, capoeira e no próprio samba (no tradicional pagode ou partido alto). ” (Pág. 173)
Comentário: A música negra é um aparato de inúmeras tradições negras, reflexo de sua cultura e de toda sua trajetória, desde de sua descendência até os dias atuais. Por meio dela, suas tradições se perpetuam e não se dissolvem suas marcas históricas.
- CULTURA AFRO-BRASILEIRA E ESPAÇO
“Ao abordarmos a participação africana e afro-brasileira na cultura brasileira, não poderemos deixar de tratar dos referenciais espaciais atribuídos ou construídos. Inicialmente, destacamos os porões dos navios negreiros, com sua disposição degradante de pessoas tratadas como coisa e mercadoria, fato que marca a grande travessia do Atlântico e a desigualdade que estaria por se reconstituir em terra. ” (Pág.174)
“Logo em seguida, ressaltamos os locais de vendas de escravizados, como praças, largos e mercados, como exemplos o Largo da Memória em São Paulo, o mercado do Valongo no Rio de Janeiro ou o atual prédio do Centro de Cultura Negra no Maranhão. Separados por condição física, sexo e faixa etária, os africanos viveram nesses locais um outro espaço de segregação. Nessa linha, incluímos as partes de edifícios rurais e urbanos, como as senzalas e cafuas, verdadeiras prisões, das quais por todo o país temos registros arquitetônicos e urbanísticos. “ (Pág. 174)
Comentário: Podemos observar que negros realmente eram tratados como mercadoria, pois a forma como eram transportados e vendidos; de forma selecionada por gênero, tempo de vida e localidade, nos transporta aos mercados públicos, onde podemos comprar nossos alimentos e vestimentas, e naquela época podia-se comprar seu animal de trabalho de forma exploratória e desumana.
- ESTÉTICA E CORPOREIDADE AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS
“Para o homem e a mulher africanos o corpo também é visto como marca de identificação, portador de uma grande variedade de práticas culturais como penteados, turbantes e gorros, escarificações, panos-da-costa. ” (Pág. 175)
Comentário: É por meio de suas vestimentas que negros podem mostrar sua descendência e perpetuar sua cultura, pois ao não se deixar dominar por modismos pode mostrar a todos suas raízes e cultura de seus ancestrais.
O CORPO AFRICANO E NEGRO NO SISTEMA ESCRAVISTA
“Entre os elementos de violência que atingia o corpo africano estava a imposição de andar descalço, que indicava a condição de escravizado, marcas de proprietários como se faz com o gado e cicatrizes de açoites. ” (Pág. 176)
Comentário: Podemos verificar a sujeição e submissão que negros sofriam nas senzalas, e como realmente eram tratados como animais. Muitas vezes castigados e humilhados em seu cotidiano.
A ESTÉTICA NEGRA INDIVIDUAL E COLETIVA
“O que estamos denominando de estética negra é uma recriação de elementos africanos e afro-brasileiros e compreende um vasto repertório de práticas: cabelos crespos e cacheados, tratados e penteados de várias maneiras, tranças do próprio cabelo ou complementadas com fibras artificiais, penteados “black power” ou “rastafari”; o uso de adornos (colares, pulseiras, etc.) de metal (especialmente dourados e prateados), madeira, fibras vegetais, búzios, “miçangas”. Podemos também destacar o “visual” mais ligado a outros universos negros estrangeiros ou globais: camisetas customizadas ou estampadas com ícones da cultura negra, correntes metálicas (como colares), gorros, lenços, calças largas, tênis, etc.” (Pág. 176)
Comentário: Verificamos que o que realmente o negro busca é a perpetuação de sua identidade e de sua cultura por meio de suas roupas, fugindo de padrões ocidentais impostos pela sociedade vigente.
- CULTURA NEGRA E PENSAMENTO
“A cultura e as práticas culturais são elaboradas cotidianamente, transformando o conhecimento em experiência de aprendizagem, do mesmo modo que a própria experiência vivida se transforma em conhecimento. Aprende-se por meio da socialização. Em todos os momentos da existência, na relação com o outro e nas ações vividas é que nos constituímos. Essa constituição é elaborada constantemente e se revela nas mínimas coisas. Assim, pormenores normalmente considerados sem importância e triviais carregam muitos elementos importantes que nos permitem captar a realidade. ” (Pág. 177)
Comentário: É de forma cotidiana, ou seja, no dia-a-dia, que negros podem disseminar seus pensamentos e experiências e dessa maneira mostrar sua capacidade intelectual e laborativa não braçal. Assim, mostrar toda sua capacidade de socialização e interação, mostrando que a cor da pele não determina a condição trabalho do ser social.
CULTURA NEGRA E TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTO
“As expressões culturais e religiosas de matriz africana trazem processos educativos que dizem respeito ao próprio exercício das apresentações no momento da festa e nos rituais religiosos. Esses processos se revelam na música, na dança, no toque dos instrumentos e nos gestos. São elementos impressos no corpo e expressos através da prática e da tradição oral. ” (Pág. 177)
Comentário: A cultura negra é transmitida por meio de suas tradições cotidianas, como dança, vestimentas, tipos de instrumentos. Há uma troca de experiências entre culturas de todos os povos, independentemente de sua nacionalidade.
2.4. ÁFRICAS RECRIADAS EM TERRAS BRASILEIRAS
“No caso da literatura brasileira, destacamos poetas, escritores e escritoras que fazem diferenciadas menções às Áfricas, à “terra-mãe”, à diáspora, ao mar, à escravidão e, sobretudo, à vida de negros e negras em terras brasileiras, “à dor e à delícia” de ser negro, ou seja, ao ônus e ao bônus de ser e de se identificar como negro no Brasil. ” (Pág. 178)
“... A literatura afro-brasileira
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