COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E GESTÃO DE PESSOAS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Por: Jose.Nascimento • 19/4/2018 • 3.287 Palavras (14 Páginas) • 519 Visualizações
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De forma larga, o comportamento organizacional pode ser entendido como uma área de estudo que objetiva prognosticar, explicar e compreender o comportamento humano dentro das organizações.
Nesses termos, nossa abordagem:
- Mostra os comportamentos vistos em indivíduos de uma organização e também os atos interiores que eles realizam tais como: pensar, entender e decidir;
- Estuda o comportamento das pessoas como indivíduos e como membros de grupos e organizações;
- Analisa o comportamento das unidades sociais mais, como grupos e organizações, pois estes não se comportam da mesma maneira que os indivíduos.
Nesse contexto, podemos assinalar também os níveis de análise do comportamento organizacional, interagentes entre si: o micro, o médio e macro organizacional.
O comportamento micro organizacional foi desenvolvido a partir das várias subáreas da psicologia. Esse grau de análise estuda a conduta humana individual em meio a uma organização englobando questões sobre a desenvoltura individual, a motivação e a satisfação.
Segundo Lacombe, o estudo do “comportamento meso-organizacional” foi desenvolvido a partir das áreas de comunicação, de psicologia social e de sociologia interacionista. Por meio do comportamento meso-organizacional, os estudiosos buscaram entender o comportamento dos indivíduos que trabalham em equipes e coligações. Esse grau de análise aborda, portanto, temas como a liderança, a socialização e a dinâmica de grupo.
Temos ainda o “comportamento macro organizacional”, ampliado a partir da sociologia, economia, antropologia e ciência política. Esse nível de análise examina questões como a estrutura e o status social, o conflito, a negociação, a competição, a eficiência e as influências culturais e ambientais.
A abordagem do comportamento humano sob a perspectiva dos aspectos formais e informais delineadores de uma organização pública exige que consideremos, inicialmente, a localização e a natureza particular das relações entre as pessoas (agentes públicos) e a organização.
E é nessa relação entre o indivíduo (agente público) e a organização (agentes em interação) que destacamos o fenômeno da motivação. Para tal, devemos atentar para as especificidades da Administração Pública e seus traços constitutivos históricos, percebendo como eles influenciam fortemente o comportamento dos agentes públicos. Esse fato, por si só, nos remete a compreensão da expressão humana a uma posição de destaque na gestão das organizações públicas.
2.1.2 ABORDAGENS DO FENÔMENO MOTIVACIONAL;
De acordo com Sandro Trescastro Bergue, a motivação humana, especialmente no ambiente de trabalho, é suscetível à influência de diversos fatores, entre os quais temos as limitações culturais (crenças, valores etc.), os objetivos individuais e os métodos de diagnóstico e intervenção (variáveis de análise). Aliadas a esses fatores, as diferentes bases teóricas de orientação mecanicista, humanista, comportamental etc. permitem múltiplas perspectivas sobre o fenômeno da motivação humana.
A motivação das pessoas no ambiente do serviço público, a exemplo de outros fenômenos neste mesmo contexto, tomado em contraste com organismos da esfera privada, é revestida de especial complexidade decorrente de um número substancial de características de natureza cultural, política, econômica e legal que particularizam esse setor.
2.1.3 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO;
Para Robbins (2005), a motivação está associada a um processo responsável pela intensidade, pela direção e pela persistência dos esforços de uma pessoa orientados para o alcance de determinado propósito.
De forma ampla, a motivação pode ser definida como o interesse de uma pessoa para a ação. A motivação é um impulso constante e de intensidade variável orientado para o alcance de um objetivo, seja este decorrente de uma necessidade ou de um estado de satisfação.
2.1.4 MODELOS TEÓRICOS FUNDAMENTAIS;
Se o comportamento humano é complexo e não passível de determinismos sequer próximos do absoluto, o desenvolvimento de modelos conceituais capazes de auxiliar na sua compreensão se mostra mais do que necessário. A partir disso, é possível adotarmos medidas de intervenção mais compatíveis e com algum grau de segurança para nos auxiliar nesse intento. Para fins mais específicos, a ênfase analítica adotada nesta disciplina recai sobre o que ora convencionamos denominar de abordagem comportamental das teorias administrativas.
A evolução do pensamento administrativo também ocorreu a partir da formulação de diversas construções teóricas que pretendiam explicar a influência dos diferentes níveis de motivação no comportamento humano, especialmente, no ambiente organizacional. No âmbito do setor público, em que pese às limitações em termos de estudos produzidos nesta área, identificamos componentes bastante próprios para a análise do fenômeno motivacional, são eles: os condicionantes normativos das relações entre Administração Pública e agente público, a natureza do produto do setor público (bens e serviços públicos), a dinâmica das atividades internas ao ambiente de trabalho, as relações pessoais etc.
A “teoria comportamental”, ou “behaviorismo”, teve sua consolidação na década de 1950, assentando sua ênfase na dimensão humana das organizações. Advinda de uma evolução dos principais conceitos da escola das relações humanas, entre outras contribuições, esse corpo teórico concentra esforços na tentativa de explicar a dinâmica do comportamento humano nas organizações.
Elton Mayo evidenciou que as teorias que buscavam explicar a melhoria da eficiência do indivíduo careciam da análise do componente humano nas relações de trabalho.
2.1.5 PRINCIPAIS AUTORES E SUAS FORMULAÇÕES;
A hierarquia das necessidades humanas;
O comportamento humano é bastante complexo e a motivação é uma de suas determinantes, ou seja, o que motiva as pessoas são suas necessidades e estas podem ser hierarquizadas.
Para Maslow (2003), existe uma hierarquia de necessidades humanas, que orienta o comportamento das pessoas, cujos reflexos podem ser verificados inclusive no ambiente de trabalho. O autor sustenta que esse comportamento motivacional pode ser explicado
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