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ASSÉDIO E VIOLENCIA SEXUAL NO CAMPUS DA UFV - ESTUDO DE GÊNERO

Por:   •  19/10/2018  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  363 Visualizações

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“ O binômio dominação masculina/ submissão feminina tem sofrido uma série de questionamento quando se estudam relações de gênero. Muitos homens quando questionados a respeito da dominação masculina, costumam dizer que não tem poder em casa o que não deixa de ser verdade quando pensamos nas culturas marcadas por uma forte dicotomia entre casa e rua, entre público e privado”[6]

Se o homem não tem poder em casa, como e onde ele pode exercer seu poder? Na rua sendo machista, subjugando as mulheres? Seria essa uma explicação para tantos casos de violência contra a mulher?

Percebemos na sociedade brasileira muitos traços machistas que perpetuam de geração em geração, com muitos exemplos de violência contra a mulher. Todos conhecem algum relato de violência contra a mulher. Existem muitos tipos de violência contra a mulher, sendo o caso mais comum é o assédio seja nas ruas, trabalho, locais de lazer etc. Inúmeras vezes mulheres caminhando, indo para o trabalho, em supermercados, restaurantes, locais de trabalho, são assediadas por indivíduos que se acham no direito de chamá-las por palavras como “gostosa”, assoviar e até mesmo fazer gestos mais audaciosos como “passar a mão”.

Podemos dizer que a máxima violência contra a mulher seria o estupro, que deixa marcas para o resto da vida da mulher, marcas físicas e principalmente psicológicas.

E no Campus da UFV não é diferente. Por ser uma extensão da sociedade, temos vários relatos de mulheres que sofreram algum tipo de violência e casos mais graves de tentativas e mesmo de estupros ocorridos em espaços da universidade. Muitos desses casos correm e não são denunciados às autoridades.

Mas nas redes sociais é possível encontrar muitos relatos, anônimos muitas vezes, pela vergonha e pela errônea sensação de culpa da mulher, ou até mesmo da dificuldade de expor o fato.

Pesquisando nas redes sociais encontramos muitos grupos femininos, preocupados com a questão, que se organizam na tentativa de evitar situações de risco de violência. Um desses grupos é o “Vamos Juntas”, rede exclusivamente feminina, onde as participantes se organizam para não andarem sozinhas pelas ruas.

A sociedade como um todo tem que se informar e tomar providência sobre esse tema, exigindo um engajamento das autoridades seja por meio de mais policiamento, campanhas de conscientização, e é claro leis mais severas ou pelo menos cumprimento das leis atuais.

CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

No nosso trabalho propusemos analisar a vulnerabilidade de quatro grupos de mulheres frequentadoras do campus da Universidade Federal de Viçosa, mulheres que usam como forma de lazer, professoras, funcionarias terceirizadas e efetivadas e estudante. Para fazer essa analise propusemos um questionário de forma anônima, onde o publico alvo nos revelasse apenas a faixa etária e raça, com as seguintes perguntas:

- Você já sofreu algum tipo de assedio dentro do campus da UFV ?

- Se sofreu, qual o tipo de assedio ?

- Se não sofreu, sabe de algum que já sofreu?

- Você sabe se foi denunciado?

- Qual a medida que você toma para se prevenir do assedio ?

- Você conhece algum grupo ou organização nas redes sociais sobre o tema?

E para complementação do nosso trabalho, propomos ao delegado da Policia Civil da cidade de Viçosa(MG), o senhor Donizete a uma entrevista com o objetivo de saber mais informações sobre as estatísticas da violência contra a mulher na cidade de Viçosa, especificamente dentro do campus da UFV.

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