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A PARTICIPAÇÃO DO MOVIMENTO MULHERES DO CEARÁ COM DILMA NAS ELEIÇÕES DE 2014 PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DO BRASIL

Por:   •  3/5/2018  •  3.343 Palavras (14 Páginas)  •  305 Visualizações

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O engajamento no movimento possibilitou a criação de laços fortes entre essas mulheres que têm em comum a defesa da presidenta Dilma fazendo política nas redes sociais e nas ruas.

Dentre elas citamos: Ana Dantas Leite, Ana Valéria Escolástico Mendonça, Ana Lúcia Barros, Ângela Uchôa, Alba Cristina, Alexandrina Mota, Cineide Almeida, Edna Maria Teixeira, Elsi Oliveira, Elisabeth Menezes, Fátima Bandeira, Graça Costa, Iris Tavares, Izabel Melo, Janice Monteiro Pereira, Margarida Pinheiro, Maria Daciane Lycarião Barreto, Maria Eliane Silva de Almeida, Maria de Nazaré Coelho Antero, Maria Rejane Reinaldo, Maria Rodrigues Pinheiro, Maria Ronilda Oliveira, Martír Silva, Mônica Barroso, Nágyla Maria Galdino Drumond, Nilze Costa e Silva, Tereza Cavalcanti, Terezinha Braga, Silvia Arraes, Silvia Guimarães, Socorro Laudenia, Solange Carlos, Virgínia Parente e muitas outras que se agregaram posteriormente.

Comitê Mulheres do Ceará com Dilma

Conforme as dicas de Marcelo Branco, coordenador da campanha de Dilma na internet em 2010, para desenvolver ações virtuais de campanhas eficientes, é necessário produzir manifestações e espalhar pela rede, dando a impressão de que acontece uma grande mobilização popular em torno da candidata. É preciso, na concepção de Branco, “fazer barulho”, chamar a atenção e despertar a curiosidade dos internautas. (Revista Piauí, 2010)

A cada dia o movimento ganhava mais adeptas, seja nas redes sociais, no grupo do Facebook, ou nas reuniões presenciais no Restaurante Maria Bonita, em Fortaleza-Ce. O movimento de desagravo à presidenta Dilma transformou-se – após a convenção nacional do PT, dia 21 de junho de 2014, em Brasília que oficializou Dilma candidata para disputar a reeleição – em Comitê Mulheres do Ceará com Dilma conforme noticiado no Blog Mulheres do Ceará com Dilma.

O projeto político apresentado para a campanha de reeleição da presidenta Dilma unificou as mulheres do movimento que, em princípio se constituiu como uma ação de desagravo e em respeito à dignidade das mulheres e manteve-se firme na campanha eleitoral quando abraçou a candidatura à reeleição da Presidenta Dilma, por entender que ela representa o melhor projeto para o Brasil.

A campanha cujo jingle era “Dilma Coração Valente” empolgou as mulheres, que se sentiam representadas pela mulher de coração valente, de mãos limpas e firmes, que deposita a esperança de mais mudanças e mais futuro.

O movimento Mulheres do Ceará com Dilma, suprapartidário uniu-se ao Comitê Dilma Fortaleza, local onde passaram a acontecer às reuniões e planejamento de atividades.

A candidata Dilma defendeu as mulheres. No programa de governo, Dilma anunciou a implementação da Casa da Mulher Brasileira, encarada por ela e sua equipe de mulheres e homens como decisiva para atender as metas de promoção da igualdade de gênero. A Casa da Mulher Brasileira (CMB) reúne Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), juizados e varas, defensorias, promotorias, equipes de atendimento psicossocial e orientação para emprego e renda. Contarão também com transporte gratuito e serviços de acolhimento e de saúde, como hospitais de referência e unidades básicas. Ou seja, o que hoje muitas vezes está espalhado em vários locais, vai ficar concentrado em espaços feitos para isso. As CMBs, portanto, reduzirão a burocracia e o tempo de obtenção de informações pela mulher brasileira, além de ajudarem a combater e reduzir a violência contra as mulheres, tanto a doméstica quanto a sexual.

Esses compromissos já estavam evidenciados no PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES e essas conquistas não poderiam retroceder.

Material de Campanha

As mulheres do movimento resolveram produzir material de comunicação visual de cor lilás, que evidenciasse o apoio feminino a presidenta Dilma.

“É todo esse processo que dá unidade a campanha, por que tudo tem que ter o mesmo conceito. Quando você coloca lado a lado o adesivo, o cartaz, a bandeira, o outdoor e o jingle. você tem que sentir que eles fazem parte da mesma historia. Que falam a mesma linguagem. Que cantam a mesma alegria ou a mesma ponderação ou o que for. Então, a campanha esta ai. Todas as peças dialogam entre si, pertencem a um mesmo conjunto. O slogan que aparece escrito no outdoor cantado no jingle. De preferência, no refrão. Se o slogan é emocional, o próprio ritmo da música também vai ser mais emocional. O que não impede que o jingle venha a ter várias versões, a sofrer alterações em seu andamento rítmico, que pode ser acelerado ou retardado em resposta a atuações concretas.” (Duda Mendonça, 2001)

O resultado foi à confecção de camisas, bandeiras, bottons, adesivos para carros e faixas, com a logomarca criada para identificar o movimento nas atividades de rua, redes sociais e, ou em atividades fechadas que exigissem demarcar e expor a solidariedade e apoio eleitoral a reeleição da representante máxima da nação.

O esforço foi coletivo. As camisas produzidas foram adquiridas pelo preço de custo e as excedentes foram vendidas nas atividades de campanha. No material exclusivo das Mulheres do Ceará com Dilma constava adesivos para carro, bandeiras, bottons adesivos, banner’s, camisetas, folder’s, CD’s, faixas e matérias para as redes sociais.

Durante o tempo todo de campanha, as camisas lilases foram praticamente um uniforme para as Mulheres do Ceará com Dilma. O zelo a imagem das mulheres refletida na figura de Dilma, a qualidade das propostas, sobretudo o compromisso do programa de governo com “Mais empoderamento, autonomia e violência zero como diretrizes das políticas para as mulheres”, além da implementação da Casa da Mulher Brasileira decisiva para este objetivo, bem como as medidas de promoção da igualdade (Programa de governo – pag. 34) resultou em comprometimento total das integrantes do movimento.

Tal qual descrito por Cláudia Rejane no livro “Discurso político no folheto de cordel” a campanha de 2014 contou com a repetição do discurso religioso e do discurso sobre a mulher em especial a mulher candidata. (pag 16), “O discurso misógino” e o “discurso anticomunista”, relacionam-se entre si, clivam-se, cindem-se, traspassam-se, interpenetram-se, num processo ininterrupto de interdiscursividade (pag 73). Repete-se a construção de um anti-ethos feminino/comunista (pag 99). Associação a Cuba, ao “bolivarismo venezuelano”, desqualificação da candidata atribuindo características negativas

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